quinta-feira, 25 de maio de 2017

ESTADO DE EXCEÇÃO

'Povo foi recebido na sua capital com uma agressividade sem precedente'
Truculência da repressão de Temer a manifestantes e edição de decreto autorizando uso das Forças Armadas repercutiu no STF, onde ministro Marco Aurélio afirmou: "Espero que a notícia não seja verdadeira".
repressão
"Capital do Brasil precisa aprender a receber os brasileiros que para cá se dirijam em busca de seus direitos", diz advogada ativista
repressão do governo Michel Temer aos manifestantes hoje (24), em Brasília, levou muitas pessoas atingidas por balas de borracha e estilhaços de bomba, entre outros artefatos, a hospitais de Brasília. “Os hospitais estão lotados de jovens, senhores e senhoras. Tivemos bem mais de 100 mil pessoas, entre 150 mil e 170 mil pessoas, recebidas com balas, bombas, cassetetes. O povo deste país foi recebido na sua capital com uma agressividade e hostilidade sem precedente. Nunca vimos um caso tão sério como essa manifestação de hoje.” O relato é da advogada ativista Graça Pacheco.
Ao longo do dia foi divulgada a notícia de que Temer editou um decreto pelo qual “autoriza o emprego das Forças Armadas para a garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal”. A determinação é válida entre 24 a 31 de maio de 2017.
A informação repercutiu no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo relatos, pouco antes de proferir voto em um julgamento, o ministro Marco Aurélio Mello interrompeu a discussão e falou sobre a informação do decreto de Temer e da truculência contra manifestantes. “Presidente, voto um pouco preocupado com o contexto e eu espero que a notícia não seja verdadeira. O chefe do Poder Executivo teria editado um decreto autorizando o uso das Forças Armadas no Distrito Federal no período de 24  a 31 de maio”, teria dito Marco Aurélio, que pediu vista do processo em seguida.
A advogada Graça Pacheco descarta o eventual argumento de que as forças de repressão reagem contra grupos violentos de manifestantes agressores. “A questão não é essa. Pessoas pacificamente se manifestando foram atingidas por balas. São várias pessoas feridas, machucadas, até correndo risco de vida.”
A advogada ativista afirma que a Frente Brasil de Juristas presta assistência e faz acompanhamento das manifestações, na tentativa de que o manifestante abordado, detido ou que é conduzido à delegacia, seja tratado dentro da legalidade e tenha seus direitos respeitados. “A capital do Brasil precisa aprender a receber os brasileiros que para cá se dirijam em busca de seus direitos e para fazer uma manifestação legítima”, diz a advogada.
Segundo o relato do secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, a violência foi despropositada e “faz lembrar os piores tempos da ditadura”. "Mal a marcha chegou ao parlamento e já começou a ser reprimida com bombas em mulheres, crianças e trabalhadores que estão aqui só para defender seu direito de trabalhar livremente, ter seu direito trabalhista garantido, o acesso à Previdência”, disse o dirigente. Por Redação RBA

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Marcos Imperial

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