sexta-feira, 19 de maio de 2017

Mídia internacional repercute denúncia explosiva contra Temer

A mídia internacional já fala da possibilidade de renúncia ou impeachment de Michel Temer após as graves denúncias divulgadas nesta quarta-feira (17) contra o presidente golpista. Ele foi flagrado em gravações participando diretamente da negociação de propina para comprar o silêncio do réu e ex-deputado Eduardo Cunha, atualmente preso. “Tem que manter isso, viu?”, disse Temer sobre o acordo, segundo gravação, informou o jornal “O Globo”.
Além disso, Temer teria indicado o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto ligado à empresa. Em outra gravação, Loures aparece, segundo a Globo, recebendo uma mala com R$ 500 mil que teria sido enviada pelo dono da JBS.
O site do jornal inglês The Guardian afirmou que “gravações explosivas implicam o presidente Michel Temer em suborno”. Segundo a matéria, “multidões irritadas e membros ultrajados do Congresso de Brasil exigiram o impeachment do presidente Michel Temer, após relatos de que ele foi gravado secretamente discutindo pagamentos silenciosos a um associado preso”.
Em referência à matéria do “Globo”, o jornal norte americano The New York Times diz que “o presidente do Brasil endossou suborno de empresário em fita secreta”. O jornal relembra que Temer já foi acusado de receber R$ 40 milhões em propina em 2010.
A matéria do NYT ainda diz que “o governo pulou de crise em crise desde que assumiu o poder, há cerca de um ano, depois de uma prolongada batalha para expulsar sua antecessora de esquerda, Dilma Rousseff”.
O jornal espanhol El País colocou em sua manchete que a gravação “estremece o Brasil”. A matéria diz que “um novo sobressalto político deixou o país de pernas para cima ” e que “se o informado pelo Globo se confirma, arrastaria o governo de Michel Temer à borda do abismo”. O jornal destaca que Temer só chegou ao poder porque admitiu o impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff.
A inglesa BBC colocou em seu site que “os políticos da oposição pediram eleições rápidas e processos de impeachment, enquanto protestos tomaram as ruas”. O site da BBC ainda lembrou que um terço do gabinete de Temer é alvo de denúncias de corrupção e que “esta foi uma enorme mudança no jogo – é a primeira vez que Temer é implicado diretamente no inquérito maciço de corrupção da Lava Jato”.
O site da rede Al Jazeera também noticiou que “Temer é gravado aprovando suborno a Eduardo Cunha”. O site falou do pedido de remoção de Temer por parte de políticos da oposição e manifestantes após os relatos das gravações do golpista discutindo pagamentos pelo silêncio de Eduardo Cunha. A matéria ainda destaca que “várias centenas de manifestantes anti-Temer se juntaram em São Paulo, enquanto em Brasília motoristas tocavam suas buzinas e gritavam Fora Temer”.
Na Itália, o jornal La Repubblica falou em “Tempestade política no Brasil“. De acordo com a matéria, “desta vez não se trata de uma das revelações habituais, que anunciam outros escândalos e novas prisões. Desta vez é diferente. O impacto político é reforçado pela presença de uma prova em áudio que registrou um claro ato corruptor. No nível institucional mais alto”. O jornal ainda lembra que “foi o mesmo Temer, à época vice-presidente, que liderou com Cunha a batalha pela destituição de Dilma Rousseff. O destino, zombando, agora prepara o caminho para sua renúncia. Voluntária ou forçada. Negar ou minimizar aquelas frases tomadas por uma caneta-gravador será difícil. Talvez impossível”.
Da Redação da Agência PT de Notícias

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Marcos Imperial

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