quinta-feira, 20 de julho de 2017

Ex-assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia morre aos 76 anos.

Fundación Para la Democracia.


Destacado líder na construção e execução da política externa brasileira durante a gestão do ex-presidente Lula, ele teve importante papel na construção dos Brics e na decisão dos governos petistas de priorizar as relações Sul-Sul. Foi um dos organizadores do Foro de São Paulo, entidade que reúne a esquerda da América Latina e do Caribe.

Um dos fundadores do PT, Garcia era professor aposentado do Departamento de História da Unicamp e historicamente ligado à esquerda. Lecionou ainda na Universidade do Chile, na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Chile) e nas Universidades de Paris-VIII e Paris-X (França).

Nos anos 60, foi vice-presidente da UNE e vereador na cidade de Porto Alegre. Entre 1970 e 1979, esteve exilado no Chile e na França. 

Foi ainda secretário de Cultura nos municípios de Campinas (1989-1990) e São Paulo (2001-2002), e vice-presidente do PT de outubro de 2005 a fevereiro de 2010.

Coordenou o Programa de Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 1994, 1998 e 2006, e o Programa de Governo da Presidente Dilma Rousseff na eleição de 2010.


Debatedor na mesa "Caminhos e alternativas para tirar o Brasil da crise e fazê-lo se reencontrar com a democracia, o Estado de Direito, o desenvolvimento e o progresso social", ele  avaliou que a atual reconfiguração do capitalismo brasileiro anula conquistas populares de muitas décadas e impõe “um programa autoritário e excludente”, rejeitado nas urnas.

“A democracia política, econômica e social não pode ver-se avassalada por uma coalizão empresarial, hegemonizada pelo capital financeiro, que busca impor ao país, contra a maioria da sociedade, legislações trabalhistas e previdenciárias regressivas, ao mesmo tempo em que fragiliza – quando não destrói – os componentes mais dinâmicos de seu sistema produtivo”, disse à ocasião. 

Garcia defendeu que precisam ser criadas as bases para que o país experimente um prolongado período de crescimento sustentável do ponto de vista social, capaz de produzir a redução constante da pobreza e da desigualdade e ao mesmo tempo conseguir equilíbrio do ponto de vista macroeconômico. Para isso, ele apontou que é necessário que o Estado tenha forte presença em setores estratégicos da economia.


 Do Portal Vermelho, com agência

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Marcos Imperial

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