quinta-feira, 6 de julho de 2017

Mais não é mesmo. O amor não é um app!

Qual a probabilidade de andarmos em um dia qualquer pela rua e, de repente, depararmos com o amor de nossas vidas?

Talvez, a resposta para esta pergunta seja pouco provável. Pois, apesar de termos um primeiro contato visual desta pessoa, criando estereótipos totalmente romantizados e fantasiosos (platônico), é quase impossível saber como a pessoa, de fato é, pelo simples gesto de observar, pois a única informação que você tem neste momento sobre a outra pessoa, é aquilo que os seus olhos estão lhe proporcionando.
A partir deste momento em que você se depara com esta pessoa, a qual lhe faça esquecer todo o resto da população mundial, (seja ao conhecê-la no ponto de ônibus, no café do trabalho, na faculdade ou até mesmo em uma viagem). O segundo passo é estimular um contato mais próximo, até o ponto em que você chegue a conversar/interagir com esse alguém e, talvez, começar a tirar suas próprias conclusões sobre o idealizado em sua cabeça e aquilo que, de fato, é.
O cenário acima seria ideal em um mundo perfeito, onde alguém se interessa por outro alguém e a partir daí descobrem juntos se aquilo será ou não um relacionamento, analisando os interesses similares, afinidade, amizade, atração, paixão, e uma série de outros fatores que fazem um relacionamento.
Porém, hoje em dia, é muito difícil chegarmos a essa segunda etapa da conversa/interação, pois, com a chegada da tecnologia e globalização, o mundo todo ficou mais rápido e acessível para todos nós (enxergo esses fatores com bons olhos), porém, junto com toda essa acessibilidade, foram desenvolvidos diversos aplicativos de relacionamentos para que as pessoas tivessem essa “facilidade e praticidade” no desenvolvimento de qualquer relação, sendo ela de baixa ou alta perspectiva.
No decorrer dos anos e do desenvolvimento das redes sociais, as pessoas criaram alguns comportamentos que são um padrão e dentre eles, surgiu uma enorme indiferença, já que os aplicativos nos dão a opção de escolher com quem falar através de algumas fotos que são disponibilizadas da outra pessoa, que também está à procura de outro alguém.
Porém, a liberdade de opções é tanta, que as pessoas se interessam e desinteressam com grande facilidade, justamente por terem opções infinitas nesse grande cardápio de pessoas, fazendo com que não se tenha tempo de conhecer, conversar, interagir e sentir, nada além de “dar match em outra foto “.
O grande impasse não está nos aplicativos de redes sociais, e sim nas pessoas que fazem uso dos aplicativos, pois toda aquela acessibilidade, praticidade e velocidade dos app’s, dá a todos a sensação de poder de escolha, onde se coloca o outro em uma posição de mercadoria, fazendo com que qualquer ação” indevida”, seja um motivo para descartar e partir para a próxima opção no “mercado do relacionamento”.
Existem histórias de pessoas que estão juntas, namoram e até mesmo se casam através desses aplicativos, porém, se analisarmos a população de usuários desses app’s, são pessoas, em sua grande maioria, insatisfeitas com suas vidas sentimentais. Porém, acredito que esses usuários insatisfeitos não deixam os aplicativos, justamente por terem essa série de “opções” para se relacionar, com a esperança de que um dia sejam correspondidos por alguém que lhes interessa.
Mas, e se não for?

É só dar mais um “like”aqui ou ali, não é mesmo?

Os únicos fatores que nos diferenciam das máquinas, são os sentimentos. Não deixe o amor virar um app!

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Direitos autorais da imagem de capa: nexusplexus / 123RF Imagens Via o segredo!

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Marcos Imperial

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