Levantamento feito pelo jornal Valor Econômico aponta que a vitória de Michel Temer na sessão de ontem, no Congresso Nacional, custará pelo menos R$ 13,2 bilhões, entre emendas e outros favores concedidos aos setores que os parlamentares representam, como o ruralista; é mais do que os R$ 10 bilhões que serão arrecadados com o tarifaço na gasolina, que produziu o maior aumento dos combustíveis nos últimos 13 anos; a partir de agora, sempre que encher o tanque, lembre-se que você estará ajudando Temer, que conquistou o poder por meio de um golpe parlamentar, a pagar pelos deputados que comprou; embora o pretexto para o golpe fosse a questão fiscal, Temer já estourou a meta de rombo de R$ 139 bilhões e, provavelmente, terá que aumentar outros impostos.
247 – Sempre que parar para abastecer seu carro, lembre-se: você estará ajudando Michel Temer a pagar pela compra dos deputados que o salvaram na sessão de ontem no Congresso Nacional.
Um levantamento feito pelo jornal Valor Econômico aponta que a vitória de Temer custará pelo menos R$ 13,2 bilhões, entre emendas e outros favores concedidos aos setores que os parlamentares representam, como o ruralista.
É mais do que os R$ 10 bilhões que serão arrecadados com o tarifaço na gasolina, que produziu o maior aumento dos combustíveis nos últimos 13 anos.
Embora o pretexto para o golpe fosse a questão fiscal, Temer já estourou a meta de rombo de R$ 139 bilhões e, provavelmente, terá que aumentar outros impostos. É também possível que a meta seja revista para cerca de R$ 170 bilhões.
"A vitória obtida ontem pelo presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados teve um custo alto para os cofres públicos e doerá no bolso do setor privado. Apenas três iniciativas de um "pacote de bondades" recente para agradar aos parlamentares - a liberação de emendas, o refinanciamento de dívidas de produtores rurais e o aumento dos royalties da mineração - somam uma conta de R$ 13,2 bilhões. O enfraquecimento político do governo também pode gerar frustrações na arrecadação federal, com um atraso na reoneração da folha de pagamento e mudanças no projeto do Refis", diz a reportagem de Daniel Rittner e Fernando Torres.
"Mais de 95% dos R$ 4,15 bilhões dos empenhos de emendas parlamentares ocorreram entre junho e julho. O período coincide com as vésperas da votação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, logo em seguida, no plenário da Câmara. Nos primeiros dois dias de agosto, o valor empenhado supera toda a liberação de janeiro a março."
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Marcos Imperial