Indígena, fruto da paridade e das cotas étnico-raciais e de juventude, Karolyne quer pensar a diversidade das mulheres do Brasil.
Anne Karolyne Moura foi eleita, neste domingo, a nova secretária de mulheres do PT. Karolyne ocupa o cargo que foi de Laisy Moriére por dois mandatos. “Tudo aquilo que já foi construído pavimenta o caminho para os próximos avanços”, disse ela, em discurso após o anúncio do resultado.
A eleição ocorreu durante o XII Encontro de Mulheres do PT, e contou com cinco candidatas. Karolyne obteve 57% dos 646 votos, totalizando 371 votos. Já Liliane Oliveira obteve 169 votos, Kátia Guimarães, 61 votos e Wilma, 39 votos. “Nós precisamos oxigenar o partido e isso será feito pelas mãos das mulheres”, afirmou.
Karolyne é de ascendência indígena, cresceu na periferia de Manaus, e é fruto da cotas étnico-raciais e de juventude e da paridade. Foi integrante da Executiva Nacional na última gestão e, agora, faz parte do Diretório Nacional do PT. Ela conta que entrou na política durante o movimento secundarista, e nunca mais saiu, tendo vivido toda a sua juventude dentro do PT.
Em seu discurso, Karolyne reforçou a necessidade de unidade de todas as mulheres. “As disputas se encerram hoje. A partir de amanhã é uma construção de todas nós, que fortaleça de fato as mulheres”, afirmou.
“Nós elegemos a primeira mulher presidenta deste país que foi golpeada em golpe machista e misógino e temos a primeira mulher presidenta do PT, e isso não é pouca coisa, temos que reforçar o legado das mulheres no partido”, disse.
Segundo Karolyne, o encontro de mulheres foi amparado por uma ampla mobilização, e encontros em todos os estados que elegeram as secretárias estaduais. A nova secretária aponta que um de seus objetivos é produzir uma pauta nacional, considerando a diversidade de todo o país e de todas suas regiões.
“A nossa vontade é fazer um planejamento para pensar o país como um todo, e principalmente por eu ser daAmazônia, sei da necessidade de olhar o país em sua diversidade”, disse ela.
Outra pauta é o empoderamento das mulheres, para que não apenas tenham os cargos da paridade, mas para que participem efetivamente dos processos de direção. “As mulheres têm que saber que têm condições de ter mandatos, de governar as cidades e os estados, e isso tem que ser construído de forma coletiva”, disse.
Também vai combater o machismo dentro do partido. “Lançamos, como parte da juventude, a campanha Partido Sem Machismo. As mulheres não querem mais se calar, o partido tem que ser sem machismo”, disse ela.
Deixando o cargo, a secretária Laisy Moriére também discursou ao anunciar os resultados. Laisy lembrou dosavanços da última gestão: a eleição da primeira presidenta do país, Dilma Rousseff, a conquista da paridade, a formação de um núcleo de mulheres do PT na Câmara, para poder colocar a pauta feminista, a eleição da primeira presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann.,
Moriére agradeceu a cada uma de suas companheiras da secretaria. “Quando as mulheres do partido têm unidade, o PT avança”, disse ela.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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Marcos Imperial