Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) retrata uma das mais duras realidades resultantes da política econômica do governo Michel Temer: o aumento do número de endividados; segundo o levantamento da CNC, 58,4% das famílias brasileiras acumulavam dívidas em setembro de 2017, uma alta de 0,4 ponto percentual na comparação com o mês anterior; em comparação com setembro de 2016, o indicador alcançava 58,2% do total de famílias, alta de 0,2 ponto percentual; discurso oficial de reaquecimento da economia não encontra eco na realidade de um país que registra mais de 13 milhões de desempregados e uma recessão que não dá mostras de arrefecimento.
247 - A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), retrata uma das mais duras realidades do governo Michel Temer: o aumento do número de endividados.
De acordo com o levantamento da CNC, 58,4% das famílias brasileiras acumulavam dívidas em setembro de 2017, uma alta de 0,4 ponto percentual na comparação com o mês anterior. Em comparação com setembro de 2016, o indicador alcançava 58,2% do total de famílias, o que resulta numa alta de 0,2 ponto percentual.
Ainda segundo a CNC, o percentual das famílias com contas ou dívidas em atraso também cresceu em setembro de 2017. Na comparação mensal, este índice passou de 24,6% para 25% das famílias, alcançando o maior patamar desde maio de 2010. Na comparação com setembro de 2016, também houve alta de 0,4 ponto percentual.
A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, apresentou alta em ambas as bases de comparação. Em setembro de 2017 atingiu 10,3% das famílias, o maior patamar da série histórica (iniciada em janeiro de 2010), ante 10,1% em agosto de 2017 e 9,6% em setembro de 2016.
Nível de endividamento
Embora a proporção de famílias que se declararam muito endividadas tenha crescido entre os meses de agosto e setembro – de 14,2% para 14,4% –, na comparação anual o índice manteve-se estável. Já a proporção de famílias que se consideraram pouco endividadas entre agosto e setembro também aumentou 0,5 ponto percentual. Na comparação anual, no entanto, teve decréscimo, saindo de 22,9% em setembro de 2016 para 22,5% no mesmo mês deste ano.
Prazo de endividamento
O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,3 dias em setembro de 2017, superior aos 63,2 dias de setembro de 2016. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,3 meses, sendo que 34,1% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 22,4% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
Para 76,4% das famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, seguido dos carnês (16,2%) e crédito pessoal (10,3%).
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.
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Marcos Imperial