Diante da situação crítica e delicada em que o Estado se encontra, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) voltou a defender, na sessão plenária desta terça-feira (28), a união dos Poderes para pactuar saídas para a crise e também a luta legítima dos/as servidores/as públicos/as estaduais.
O parlamentar também registrou que esteve durante a manhã de hoje no protesto dos/as aposentados/as da Educação, no Centro Administrativo. “Talvez seja o setor que mais sofre com atrasos”, disse. “Estive com uma professora aposentada com câncer que precisou interromper aplicações e tratamento porque atrasou o pagamento do plano de saúde por causa do salário em atraso”, denunciou Mineiro. “Dá pra imaginar uma angústia dessa?”, questionou.
Luta dos/as servidores/as
Para o deputado, o Executivo precisa compreender o desespero dos/as trabalhadores/as. “É uma questão de sobrevivência”, afirmou. “Eles não acampam por dias e fazem greve porque gostam”, disse. O deputado esteve presente no ato da Saúde e professores/as da Universidade do Estado do RN (Uern) e também foi agredido pelas bombas de gás e sprays de pimenta jogados pela Polícia Militar na sexta-feira (24).
Os/as servidores/as estavam acampados há dias, tentando negociar com o governador, sem sucesso, e foram expulsos da sede da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan). “Os trabalhadores queriam apenas uma data para se reunir com o Governo, queriam ser ouvidos”, ressaltou Mineiro.
O parlamentar também registrou a ação truculenta da PM nesta segunda-feira (27), em frente à sede do Detran, quando três servidores/as da Saúde foram detidos de forma arbitrária.
Finanças do Estado
Mineiro lembrou, durante a sessão, que o atraso dos salários dos/as servidores/as afeta diretamente e de forma dura a economia do Estado, que é muito dependente da renda pública. “Nosso PIB é fortemente influenciado pelos recursos públicos pagos a servidores e a fornecedores”, destacou. “Não estamos falando apenas do impacto na vida dos funcionários públicos estaduais e municipais, o que já seria importante, mas sobre o conjunto da economia, o efeito dominó”.
Por fim, Mineiro reiterou que é um equívoco judicializar a questão do repasse dos duodécimos aos ´Poderes. “Digo e repito que precisamos pactuar e negociar saídas”, defendeu. “Não dá mais para continuar esse modelo de gestão falido que temos no Estado. E digo mais: com a Emenda do Teto dos Gastos, em vigor no próximo ano, teremos ainda menos repasses para os Estados e Municípios”.
Foto: João Gilberto/ALRN
Equipe Mineiro.
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Marcos Imperial