sexta-feira, 23 de março de 2018

É HOJE. Audiência Pública na AL vai discutir execução de Marielle, Direitos Humanos e Democracia no Brasil

Um ato de solidariedade, resistência e chamamento à sociedade para se somar à luta contra a violência. É assim que o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) define a audiência pública que será realizada na próxima sexta-feira (23), a partir das 15h30, no auditório da Assembleia Legislativa, para discutir o tema “A execução de Marielle e a defesa dos Direitos Humanos e da Democracia no Brasil”.
Mineiro destacou que a audiência está sendo construída em parceria com o PSOL, além de outros partidos de esquerda, movimentos sociais e organizações que militam na defesa dos Direitos Humanos. A vereadora, socióloga e feminista Marielle Franco foi executada a tiros na noite de quarta-feira (14), juntamente com o motorista Anderson Gomes, na região do Centro do Rio de Janeiro.
Para Mineiro, além de prestar solidariedade ao PSOL e às famílias de Marielle e Anderson, a audiência será um ato de “repúdio à violência”. “Ao mesmo tempo, é um chamamento para que a gente enfrente esses tempos tão duros de forma unida, de frente, fazendo as denúncias desses abusos”, completou.
Para a militante do PSOL-RN/MAIS e do Setorial de Mulheres Rielda Alves a audiência “é uma oportunidade de dar espaço para manter a visibilidade da luta de Marielle, ao mesmo tempo em que cria todo um espectro de unidade importante dos movimentos sociais, organizações e partidos para seguir fazendo a defesa da democracia, das liberdades democráticas e fundamentalmente contra a intervenção militar no Rio de Janeiro”.
Rielda afirmou que a execução de Marielle “foi uma tentativa clara de silenciar sua luta, que também é nossa”. Ela destacou que a vereadora esteve à frente de inúmeros movimentos e iniciativas importantes que tinham como pauta a luta contra o genocídio e o extermínio da juventude negra no RJ.
“Mais recentemente, ela esteve à frente do enfrentamento contra a intervenção militar. A execução política dela é mais um capítulo do golpe que deu origem a esse governo ilegítimo que está aí no que diz respeito à tentativa de silenciar os movimentos. Neste sentido, toda manifestação, seja nas ruas ou nos espaços de poder, como a audiência pública, são importantes para seguir pautando a luta que ela travava”, pontuou.
A secretária de Mulheres do PT-RN, Divaneide Basílio, lembrou que, passada mais de uma semana da execução de Marielle e Anderson, “a militância e a resistência continuam”.
“A audiência é mais uma estratégia de manter esse debate aceso, principalmente porque a gente tem um histórico no país de não investigação, de banalização dos crimes”, disse.
Ela enfatizou que o assassinato de Marielle “simboliza a morte de muitas outras pessoas, não só da população negra, que vem sendo exterminada há muito tempo, mas de todos os que lutam pela democracia e justiça social”.
“É uma tentativa de nos calar, mas nós estamos fazendo o oposto disso: estamos falando, denunciando, exigindo justiça. Nesta sexta, não será só um ato de solidariedade, mas um processo educativo para a sociedade sobre o que está acontecendo no país”, sublinhou.

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Marcos Imperial

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