O Rio Grande do Norte assiste a uma onda de violência contra os movimentos sociais, que é resultado do crescimento dos setores fascistas no Brasil. A denúncia foi feita pelo deputado estadual Fernando Mineiro (PT), nesta quarta-feira (2), em pronunciamento na sessão da Assembleia Legislativa (AL). Ele fez referência ao atentado a tiros na madrugada da última terça-feira (1º) contra um acampamento do MST em Mossoró.
O acampamento, batizado de “Comuna Urbana”, conta com 150 famílias e está localizado às margens da BR 304, ao lado da fábrica de cerâmica Porcelanati. Foi o segundo atentado, em uma semana, ocorrido contra a ocupação.
Para Mineiro, esses fatos comprovam que “o fascismo é uma realidade”. Ele atribuiu essa situação aos “setores trogloditas, violentos e assassinos da política”, que, na opinião do parlamentar, “vem cometendo atos criminosos contra os movimentos sociais”.
Famílias do acampamento Comuna Urbana em Mossoró. Foto: Cedida.
Mineiro disse entender que o atentado contra o MST em Mossoró está interligado “com os tiros que sofreram a caravana do Lula no Paraná e com os tiros contra o acampamento Marisa Letícia em Curitiba”.
“Todos esses episódios têm a ver com o contexto de violência e intolerância que está tomando conta do Brasil. Não é algo longe de nós, mas no dia a dia. É a mesma violência sofrida cotidianamente pelas comunidades pobres, periféricas e a população nos bairros. Quando essa população tem a coragem de se organizar, como fizeram as famílias de Mossoró, ela é alvo de violência”, constatou.
Mineiro fez um apelo por providências à Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed). Ele ressaltou que, no mês passado, se reuniu com representantes da pasta, juntamente com representações do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Arquidiocese de Natal e do próprio MST, a fim de cobrar ações para conter a violência contra os movimentos sociais, em especial o MST.
Foto: Eduardo Maia (AL-RN).
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Marcos Imperial