247 - O ex-presidente e pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prepara um novo ciclo de viagens pelo Brasil mirando as eleições de outubro. A iniciativa é defendida por setores do PT como método para que ele consolide sua dianteira nas pesquisas eleitorais.
Reportagem da Folha de São Paulo destaca que nesta terça-feira (8), completa um ano da decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que anulou as condenações de Lula na Lava Jato. A decisão permitiu a retomada da elegibilidade do petista, que desde então é extraoficialmente pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Nos últimos 12 meses Lula obteve uma série de vitórias na Justiça e tem consolidado sua imagem como líder político capaz de tirar o país da crise e recolocá-lo nos trilhos da democracia. Lula tem tomado iniciativas para lançar uma chapa ampla, capaz de atrair o eleitorado de centro.
A aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que deverá compor a chapa ao lado de Lula, é um dos indicativos do ex-presidente de que precisará estender as conversas para integrantes de outras correntes ideológicas além da esquerda, como tem defendido publicamente em entrevistas recentes. O próprio Lula tem repetido que não deseja ser candidato apenas do PT ou da esquerda, mas de "um movimento" mais amplo.
No último Datafolha, divulgado em dezembro, Lula marcou 48% ante 22% de Bolsonaro. A avaliação entre petistas é que é preciso que o ex-presidente comece um giro pelos estados para mostrar que será candidato neste ano e se consolidar como líder das pesquisas. Para isso, a sua presença física nas regiões do país seria importante.
Segundo a Folha, a ideia de fazer esse movimento partiu do próprio Lula, que vocalizou na semana passada o desejo de voltar a viajar pelo país.
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Marcos Imperial