Dilma Rousseff, Temer com Bolsonaro e situação de fome no Brasil (Foto: Fernando Donasci | PR | ABr)
247 - As
economistas Tereza Campello e Sandra Brandão escrevem na Folha de S.Paulo desta
sexta-feira (3) artigo em que denunciam o golpe de 2016 como fator responsável
pela volta da fome ao Brasil. Tereza Campello foi ministra de Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, nos governos da ex-presidente Dilma Rousseff. Sandra
Brandão também atuou no governo Dilma, como chefe do Gabinete de Informações da
Presidência da República
"A fome
voltou ao Brasil a partir do golpe de 2016, que a um só tempo solapou a
democracia e deu fim a um auspicioso período de construção de políticas de
combate à fome e à pobreza e garantia de segurança alimentar", escrevem.
As autoras enfatizam que "em 2014, ao informar a saída do Brasil do Mapa
da Fome, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
(FAO) associou o feito histórico à estratégia que combinou aumento da oferta de
alimentos e da renda dos mais pobres, geração de emprego, programas Bolsa
Família e de merenda escolar à governança na área de segurança alimentar, com
transparência e participação da sociedade". Campello e Brandão denunciam:
"Todos os programas dessa estratégia foram progressivamente fragilizados
ou abandonados após o golpe de 2016".
"Com Michel Temer e a emenda constitucional 95, que congelou os gastos sociais, teve início o desmonte da estratégia reconhecida pela ONU. O desemprego passou para a casa dos dois dígitos desde 2016 e cresceu a parcela de trabalhadores sem direitos trabalhistas e com renda baixa e instável. A reforma trabalhista não produziu mais emprego, mas resultou em mais precariedade e insegurança. A não correção dos benefícios do Bolsa Família diminuiu sua capacidade de sustentar a renda dessa parcela de brasileiras e brasileiros"
"Com Jair
Bolsonaro, o desmonte foi aprofundado. Ele extinguiu o Conselho de Segurança
Alimentar e Nutricional (Consea), espaço de participação social e debate das
principais políticas de segurança alimentar do país. Não elaborou o Plano
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional para 2020-23 e paralisou a
instância federal coordenadora de ações em diferentes setores, deixando a área
acéfala".
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Marcos Imperial