
247 - O indigenista Bruno Araújo
Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o jornalista inglês Dom
Phillips, repórter freelancer do jornal The Guardian, desapareceram no Vale do
Javari, na Amazônia, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São
Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. De acordo com informações do jornal O
Globo, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Exército já foram
acionados para realizar as buscas. A informação foi confirmada pela União dos
Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).
Segundo a Univaja, quando
desapareceram, Bruno e Dom iam visitar uma equipe de Vigilância Indígena
chamada Lago do Jaburu, para que o jornalista entrevistasse indígenas que
faziam denúncias de invasores na região, pescadores, garimpeiros e madeireiros.
O indigenista, inclusive, era alvo de constantes ameaças em virtude do trabalho
de denúncia que exercia junto às comunidades.
Ainda de acordo com a reportagem,
os dois chegaram no Lago do Jaburu no dia 03 de junho de 2022, às 19h25. No dia
05, eles retornaram logo cedo para a cidade de Atalaia do Norte. “No entanto,
antes eles pararam na comunidade São Rafael, em uma visita previamente
agendada, para que o indigenista Bruno Pereira fizesse uma reunião com o comunitário
apelidado de 'Churrasco', com o objetivo de consolidar trabalhos conjuntos
entre ribeirinhos e indígenas na vigilância do território, bastante afetado
pelas intensas invasões”, diz a reportagem.
Apesar do Vale do Javari ser uma
região de difícil acesso, pois tem a maior concentração de povos isolados do
mundo, os líderes da Univaja acharam estranho a demora de Bruno, pois ele é
experiente e conhece bem a região, pois foi Coordenador Regional da Funai de
Atalaia do Norte por anos. Além disso, a embarcação que saiu com o jornalista
era nova e estava com 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem, além
de sete tambores vazios de combustível.
Um dos membros da Univaja relatou
que na última semana a equipe sofreu ameaças em campo e que Polícia Federal e
Ministério Público Federal em Tabatinga, já tinham conhecimento das denúncias.
De acordo com o The Guardian, Phillips
estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia
Patterson.
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Marcos Imperial