Presidente Estadual do PT Junior Souto: Fátima fará 2º mandato melhor em conexão com Lula.

Presidente do PT no Rio Grande do Norte e da Federação PT, PCdoB e PV, Júnior Souto - Foto: Reprodução.

O presidente do PT no Rio Grande do Norte e da Federação PT, PCdoB e PV, Júnior Souto, aposta em bons frutos para o Estado potiguar diante da coincidência dos mandatos da governadora Fátima Bezerra (PT) e do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar disso, ele acredita em um Governo Federal republicano, que trabalhará para todas as unidades da federação, sem privilegiar determinados estados ou cidades.

“De todo modo, o histórico de relacionamento político, de afinidade política que a governadora tem com o presidente deverá facilitar o processo de comunicação. Mas será um governo republicano”, disse o presidente do PT-RN, Júnior Souto, em entrevista ao AGORA RN.

Ele nutre a expectativa de que Fátima Bezerra fará um segundo mandato com mais realizações em relação ao primeiro. Para Souto, o trabalho desenvolvido pela gestora até o momento permitirá que o Rio Grande do Norte alcance níveis mais elevados de investimentos, o que irá alavancar o desenvolvimento estadual, gerando mais oportunidades de trabalho e melhorando a infraestrutura local.

“Estamos otimistas de que nós haveremos de, durante os próximos quatros anos, cumprir aquilo que na campanha a governadora afirmou que seria ‘o melhor vai começar’. Então nós esperamos que ‘o melhor vai começar’ seja resultado do esforço interno que o Estado vem fazendo para se reorganizar financeiramente, orçamentariamente e da conexão com o Governo Federal para que a gente alcance esse objetivo”, ressaltou.

GOVERNO FÁTIMA

O presidente partidário avalia que faltou ao Brasil essa gestão republicana no governo Bolsonaro, o que acabou prejudicando o Rio Grande do Norte, em razão da governadora ter um perfil ideológico oposto ao do então presidente da República.

No entanto, na avaliação de Júnior Souto, a principal dificuldade de Fátima Bezerra em seu primeiro mandato foi o que ele chamou de “legado das gestões passadas”, principalmente no que diz respeito às folhas salariais em atraso deixadas pelo governo anterior.

“A gente fez o ajuste previdenciário, fez uma gestão cuidadosa, cautelosa com os gastos, conseguimos o comprometimento do setor tributário, que alcançou resultados positivos e isso nos alavancou. Além, naturalmente, dessas dificuldades internas, a gente teve um governo que não teve atenção efetiva conosco para trabalhar com o Governo do RN”, observa.

CARGOS FEDERAIS

A discussão em torno das nomeações para os órgãos federais do Rio Grande do Norte ainda não teve um pontapé inicial. Apesar disso, Júnior Souto afirmou integrar uma comissão formada pelos mandatos federais e o governo, a fim de consensualizar os nomes que irão ocupar essas cadeiras da administração pública federal em âmbito potiguar.

“Estamos analisando e conversando, de modo que o mais amplo consenso possível a gente alcance entre nós, que somos federados (PCdoB e PV) e os aliados, de modo equânime, de modo proporcional, fazendo aquilo que pode ser feito”, salienta.

A definição de nomes locais dependerá, primeiro, da observação do que está acontecendo em nível federal, o que Souto chamou de “partilha de espaços”. Esse cuidado prévio, segundo ele, é para que não haja nenhum tipo de choque entre o que for decidido em nível federal com o que vier a ser definido na esfera potiguar, o que passará também por uma “mediação com a governadora”.

ELEIÇÕES

A dois anos das eleições municipais, o presidente do PT-RN evita falar em possíveis nomes para a disputa da Prefeitura de Natal, embora o nome da deputada federal Natália Bonavides (PT) já seja ventilado nos bastidores como um forte quadro para tentar colocar o PT no topo do Poder Executivo municipal de Natal.

Júnior Souto, no entanto, defende que a discussão em torno desse assunto fique para um outro momento e que seja feita em comum acordo com o conjunto dos aliados, uma vez que o PT, agora como federação, não poderá decidir unilateralmente sobre a pauta.

“A gente entende que essas construções vão ter que ser partilhadas, consensualizadas, para que a gente tenha um candidato capaz de representar uma vontade do coletivo”, conclui. Via Agora RN.