Marcelo Zero
A tabela da FAO, exposta a
continuação, e que contém uma série histórica dos preços internacionais dos
principais grupos de alimentos, mostra tendência mundiais importantes sobre o
tema momentoso dos alimentos.
Antes pouco da pandemia, em 2019, o Índice de Preços dos
Alimentos da FAO, estava em 94,9.
Com a pandemia, contudo, os preços começaram a subir
bastante. A guerra na Ucrânia, que afetou muitos os preços alguns cereais, como
o trigo, bem como os preços dos fertilizantes, piorou bastante a situação.
Assim, em 2022, o índice da FAO chegou a 144,5, na média
anual.
Em 2023, houve uma redução
significativa dos preços. Isso, combinado com políticas internas apropriadas, diminuiu,
em algumas regiões o mundo, a fome e a insegurança alimentar.
Segundo a FAO, a região que
apresentou a melhoria mais intensa naquele ano foi justamente a América Latina
e o Caribe, graças, em grande parte, à evolução positiva do Brasil.
A edição de 2024 do Relatório
das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial revelou queda
de 85% na insegurança alimentar severa no Brasil. O índice corresponde à
redução ocorrida em 2023, em relação a 2022, quando o número de pessoas
afligidas pela fome era de 17 milhões e 200 mil, e passou para 2 milhões e meio
de brasileiros.
Os números nacionais corroboram as tendências do índice da
FAO.
Os preços da alimentação no
domicílio tiveram, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), altas de 18,15%, em
2020, de 8,24% em 2021 e de 13,23% em 2022. Segundo dados da Fipe, a inflação
de alimentos em todos os 4 anos (inclui 2019) de Bolsonaro foi de 57%. O
aumento da carne bovina, durante aquele governo, foi de 66, 6%. Isso tudo
combinado com grande desemprego, diminuição da renda do trabalho e nenhum
reajuste para o salário-mínimo. Mais de 33 milhões de brasileiros passavam fome.
Curiosamente, na época não se fazia
muito alarde com isso, como hoje se faz. A mídia tem memória curta e seletiva. Se
esqueceu, por exemplo, da tétrica “fila do osso”.
A redução de 0,52%, em 2023, já
no governo Lula, foi a primeira desde 2017 (-4,85%).
Entretando, os preços da
alimentação no domicílio fecharam o acumulado de 2024 com inflação de 8,23%,
segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
Segundo a FAO, embora o índice
geral dos preços dos alimentos tenha ficado, em 2024, um pouquinho abaixo de
2023, houve aumento considerável em alguns itens importantes, como carnes,
laticínios e óleos vegetais. Esses aumentos foram internacionais.
A carestia de alguns alimentos no ano passado no Brasil está
associada a diversos fatores.
As mudanças climáticas tendem a
desempenhar um papel cada vez mais relevante. Reduções de safras devido a
secas, inundações, tempestades, geadas fora de época etc. se tornarão mais frequentes.
Em 2024, lembre-se, o Brasil
amargou forte seca em diferentes regiões, além de enchentes de proporções bíblicas
no Rio Grande do Sul, um grande produtor agrícola.
Outro problema é o dólar demasiadamente
alto, fruto de especulações do mercado financeiro, que estimula as exportações,
muitas vezes em detrimento do abastecimento do mercado interno, que paga em
reais. Foi o que aconteceu com a carne
bovina, por exemplo. Em 2024, o Brasil bateu recorde nas exportações de carne
bovina, com 2,89 milhões de toneladas exportadas. O valor faturado foi de US$
12,8 bilhões, um aumento de 22% em relação ao ano anterior.
Além disso, o dólar
demasiadamente alto encarece muitos insumos importados que são essenciais para
a agricultura, como fertilizantes, por exemplo.
Outro problema, como está
revelado no último relatório da Conab, é a ausência de estoques públicos reguladores
de alimentos. Guedes e Bolsonaro acabaram com essa política pública essencial.
Outra política relevante que foi destruída
pelo antigo governo foi a do apoio a pequenos agricultores. Em 2019, o governo
federal repassou R$6 milhões para o apoio da agricultura familiar, menos de
0,2% do orçamento total do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
à época. Em 2020, o valor caiu para R$1,2 milhões, menos de 0,1% da verba total
naquele ano. Já em 2021 e até outubro de 2022, não houve nem um real sequer investido
no setor, de acordo com a plataforma do governo federal.
O governo Lula, porém, está muito
empenhado em reestabelecer essas e outras políticas.
Por exemplo, no Plano Safra da
Agricultura Familiar 2023-2024, foram destinados R$ 71,6 bilhões ao Pronaf,
montante 34% superior ao ano anterior e o maior da série histórica.
Graças a Deus, essa relativa
carestia em alguns alimentos veio, ao contrário do acontecido no governo
Bolsonaro, em um momento de redução drástica do desemprego, de aumento significativo
da renda do trabalho e de incremento real do salário-mínimo.
Assim, a fome não voltará ao
Brasil, como aconteceu no governo Bolsonaro. Ao contrário, deveremos retirar
completamente, de novo, o país do Mapa da Fome da ONU, até o final deste
terceiro governo Lula.
De acordo com o IBGE, a safra
agrícola brasileira de 2025 deve ser de 322,6 milhões de toneladas, o que
representa um aumento de 10,2%, em relação a 2024. Colheremos 30 milhões de
toneladas a mai.
Claro está que o aumento dos
preços de alguns alimentos incomoda. Mas o governo Lula está atento e tomando as
medidas necessárias. Ao contrário de
Bolsonaro, que tinha clara aversão ao trabalho, Lula não fica andando de moto e
jet ski por aí, como o antigo presidente fazia, enquanto as pessoas morriam de
Covid e passavam fome.
Lula trabalha. Tem compromisso
com o país e seu povo.
Vai ter churrasco, sim.
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Marcos Imperial