A candidata à presidência Dilma Rousseff cobrou do adversário do PSDB, José Serra, a tentativa do governo de São Paulo de barrar a compra, pela Petrobras, da Gas Brasiliano, fornecedora de gás natural no interior do estado.
No debate entre os presidenciáveis promovido hoje pela Rede TV e o jornal Folha de São Paulo, Dilma lamentou que o governo de São Paulo tenha feito oposição à compra, embora a Petrobras tenha oferecido o melhor preço na disputa.
Segundo ela, o governo paulista recorreu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a operação, o que poderia beneficiar uma empresa japonesa. Serra não respondeu à pergunta.
“Não entendo. O preço oferecido pela Petrobras era maior. E a Petrobras é uma empresa que todos os estados gostariam de receber seus investimentos. Preferem uma empresa estrangeira a Petrobras. E falam que gostam muito da Petrobras”, disse Dilma.
Ela lembrou a tentativa do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de mudar o nome da empresa para Petrobrax. “Queriam tirar o brás, que é a coisa mais brasileira, para agradar o mercado internacional.”
O candidato José Serra também não respondeu se manteria as estatais Eletrobras, Chesf, Furnas, Eletrosul e Eletronorte fora do processo de privatização. Como ministro do Planejamento do governo do PSDB, ele assinou o decreto que previa a venda dessas empresas. Segundo Dilma, o racionamento de energia vivido pelo Brasil nos anos 90 decorreu da falta de investimentos pela Eletrobras, que estava na fila da desestatização.
“Quando as empresas entravam no processo de desestatização, ficaram paralisadas. Como seriam vendidas, não podiam investir”, explicou Dilma.
Meu compromisso é livrar São Paulo do PCC”
Meu compromisso é livrar São Paulo do PCC, afirmou a candidata à presidência Dilma Rousseff, em referência à facção criminosa Primeiro Comando da Capital. No debate entre os presidenciáveis da Rede TV/Folha de São Paulo, Dilma ressaltou que a atuação do PCC decorre do “abandono da política de segurança pública” em São Paulo.
“Nós sabemos o que representou o abandono da política de segurança pública com o PCC dominando o tráfico a partir das prisões”, disse Dilma.
Segundo ela, além de manter os investimentos para fortalecer e reequipar a Polícia Federal, seu governo vai criar clínicas especializadas e credenciar as comunidades terapêuticas para o tratamento de dependentes em drogas. Dilma lembrou que há apenas 300 vagas nas clínicas de tratamento de São Paulo, para atender viciados que somam 300 mil.
“Se levar três meses para construir todas as vagas necessárias, vai levar um século para o candidato Serra tratar os viciados de São Paulo”, afirmou Dilma.
Ela alertou ainda que, como prefeito e governador de São Paulo, José Serra não resolveu o problema da Cracolândia, conhecido local no centro de São Paulo dominado por usuários de crack.
“A população de São Paulo conhece a Cracolândia. Não há uma política antidroga efetiva. Sabe onde colocamos o nosso dinheiro? Nós elevamos o gasto com a Polícia Federal que combate droga no Brasil fazendo apreensões sistemáticas”, disse Dilma.
Para a candidata, as administrações do candidato Serra são marcadas por programas pilotos, que atendem pouquíssimas pessoas. “Pouco para poucos. Nós fazemos muito para muitos.”
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Marcos Imperial