terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Dilma começa a mostrar que não é Lula

No Correio Braziliense de hoje, Tiago Pariz e Denise Rothenburg assinam uma longa reportagem sobre o estilo de governar da presidente eleita, Dilma Rousseff, mostrando que, ao contrário do que se pensava e se esperava, ela não repetirá e nem continuará a administração de Luiz Inácio Lula da Silva integralmente.

Segundo a reportagem, "em pelo menos cinco temas - segurança pública, política externa, ajuste fiscal, aumento para servidores e composição das agências reguladoras - a petista mostra que tem importantes discordâncias com o mentor."

Na segurança pública, por exemplo, "a proposta a ser executada pelo ministro da Justiça indicado, José Eduardo Cardozo, é fazer as áreas de inteligência da Polícia Federal e da Abin atuarem de maneira mais fina para combater o crime de lavagem de dinheiro."

Em relação às agências reguladoras, "Dilma sempre deixou claro ser contra as indicações políticas e agora "ela conseguirá imprimir a sua cara" vetando tais nomeações. "Os postos só serão ocupados por pessoas com currículo e experiência na área", garantem os jornalistas.

Sobre aumento ao funcionalismo público, escrevem Tiago e Denise: "Nesse cenário de mudança no viés econômico, a presidente eleita também não pretende manter a mesma orientação do presidente Lula para os servidores públicos. Depois de anos ganhando reajustes polpudos acima da inflação, a categoria terá tratamento diferenciado por Dilma Rousseff."

Na política externa, "Dilma quer promover um realinhamento da política brasileira em relação ao Oriente Médio, a começar pelo Irã. A presidente eleita não quer patrocinar uma postura permissiva com o país persa como foi feito no atual governo. Com os palestinos, a relação continuará na mesma pegada, mas a petista buscará reaproximar-se dos Estados Unidos, país do qual Lula acabou afastando-se, e da Europa. O canal com os europeus será sustentado pela França e ela usará a Alemanha e a Espanha como suportes."

E quanto à política fiscal, "a presidente eleita passou a pregar através de seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, maior austeridade para reorganizar as contas públicas. Nessa tesoura, sobrará até para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das bandeiras levantadas por Dilma na corrida eleitoral."

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Marcos Imperial

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