O nó do trânsito na zona norte Os engarrafamentos enfrentados diariamente por quem precisa se deslocar entre a Zona Norte

Trânsito caótico e sem perspectiva de melhora


Problemas no trânsito acompanham a vida das pessoas que residem ou precisam chegar na Zona Norte da capital potiguar há vários anos. E, pelo que parece, os usuários de duas das mais movimentadas avenidas da área - a João Medeiros Filho e a Tomaz Landin - terão que aprender a conviver com o atual caos todos os dias nos horários de pico. Isso porque não há projetos para melhorar a mobilidade destas vias. Segundo dados do Setor de Operações do Detran/RN, só na avenida João Medeiros Filho circulam por dia cerca de 23 mil veículos.

Os cerca de 400 mil habitantes da região são obrigados a conviver com o problema nas principais vias da ZN Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press

De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), o número de carros nas ruas é cada vez maior a cada mês, sendo isto apontado como um dos principais motivos para os permanentes congestionamentos. "Acredito que a ponte nova ajudou a melhorar muito o trânsito da Zona Norte. Mas continua engarrafado pela quantidade de carros e também porque absorve os veículos que se deslocam da região metropolitana", opinou a titular da Semob, Ana Freire.

Os cerca de 400 mil habitantes da região ficam, então, obrigados a conviver com os congestionamentos diários. "Isso é porque temos a Ponte Newton Navarro. A situação seria pior se nós contássemos apenas com a Ponte de Igapó. Mas, ainda assim, os dois acessos não estão dando conta", disse o motorista de ônibus Renato Barbosa, 34.

A situação piora com a existência dos sinais para pedestres localizados pouco antes da ponte e na avenida Felizardo Moura, ambos no sentido Zona Sul. Alguns passageiros de transportes públicos afirmam que existe a necessidade de terem que acordar bem mais cedo do que o previsto, para ver a possibilidade de chegarem a tempo no trabalho. "É quase como dormir e acordar logo de seguida, porque chego tarde em casa e preciso acordar cedo para ir para a batalha novamente", lamentou a lojista Nardine Góis, 26. 
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