domingo, 30 de outubro de 2011

Na briga por cargos, Henrique Eduardo Alves tromba com o ministro do Turismo



Colunista política da Folha de S.Paulo, Renata Lo Prete conta hoje no Painel que o deputado potiguar Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara, está tiririca da vida com o correligionário e ministro Gastão Vieira - recentemente indicado para o Turismo.

Tudo por conta de cargos públicos.

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Objeto da penúltima troca ministerial, há pouco mais de um mês, o Turismo virou palco de disputa entre o atual titular, Gastão Vieira, e o PMDB, que ele supostamente representa. Nomeado sem apoio real da bancada na Câmara, o maranhense sofre uma série de contestações dos correligionários. Segundo eles, quem manda mesmo no ministério hoje é Walfrido dos Mares Guia, ex-ocupante da pasta e amigo do peito de Vieira.

Peemedebistas atribuem a Walfrido a indicação de Suzana Dieckmann para a Secretaria de Desenvolvimento, a mais importante do ministério, em detrimento de Fábio Rios Mota, respaldado pelo líder do partido.

À frente da bancada, Henrique Eduardo Alves (RN) diz que a troca de Dieckmann por Rios Mota, indicado pelo PMDB da Bahia, está assegurada. Gastão Vieira de fato prometeu rever a nomeação, mas, até ontem, a medida não havia saído no "Diário Oficial".

De todo modo, Suzana Dieckmann não ficará ao relento. Será transformada em assessora especial do ministro.

O contencioso no Turismo já leva setores no PMDB a defender que Gastão Vieira seja descartado na reforma ministerial prometida por Dilma para o início de 2012.

P.S. - Não é de hoje a fome descontrolada do parlamentar norte-rio-grandense por cargos públicos. Henrique tem apadrinhados políticos por todo o governo e sempre quer mais, mais e mais. Em seu blog, por exemplo, Radar On-Line, o jornalista Lauro Jardim conta que também no Ministério da Agricultura os longos braços do líder peemedebista estão postos. Leiam: Está prontinha na gaveta de Mendes Ribeiro, o ministro da Agricultura, a reestruturação da Companhia Nacional de Abastecimento. Entre outras mudanças, uma nova distribuição de diretorias e novos diretores. Embora a reorganização possa até melhorar o desempenho da Conab, pilhada por interesses partidários durante anos, uma chaga continuará solenemente inalterada: Romero Jucá, Henrique Eduardo Alves, José Sarney e tantos outros manterão os seus apadrinhados no órgão.

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Marcos Imperial

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