Fábio Hollanda. Para secretário de Justiça e Cidadania, o importante é que a sociedade perceba que o apenado saiu da prisão melhor do que entrou.

“O sistema prisional tem que ser repensado", destaca Fábio Hollanda.

A frente da pasta a pouco mais de uma semana, o secretário de Justiça e Cidadania, Fábio Hollanda, tem sido enfático em suas afirmações de que é preciso mudar o conceito do sistema carcerário do Estado. “O sistema prisional tem que ser repensado. Entendo que temos que ter as unidades prisionais mais próximas das diversas regiões porque se não o preso cumpre sua pena e a família cumpre junto, tendo além do impacto moral e da questão financeira, que se mudar de uma região para outra”.

De acordo com Hollanda é preciso ter um olhar mais amplo sobre o preso e sua família para que a estrutura social esteja equilibrada e as pessoas sintam que o Estado é forte, mas se preocupa com todos os aspectos de uma condenação. Para ele, o importante é que a sociedade perceba que o sistema carcerário faz o preso evoluir. “Eu quero ter um perfil do nosso apenado para poder decidir como atuar em cada grupo e depois analisar como está a evolução desse preso. A prisão não é empurrar a sujeira para debaixo do tapete, é tentar limpá-la”. “Temos exemplos notáveis em Minas Gerais, em Goiás, na Bahia, e nós vamos copiar o que há de bom e tentar melhorá-los”. Segundo o secretário, projetos como o “Novos Rumos”, “Caminhos da Justiça”, e Apac também farão parte deste processo de mudança de conceito.

Ainda segundo Fábio Holanda, o Governo está focado em resolver os problemas do sistema carcerário. “Com bons projetos, recursos não faltará. Tenho o sentimento de que há a vontade política e a determinação da governadora Rosalba Ciarlini”, pontuou. A secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) deverá apresentar os projetos para construção de cinco cadeias pública este ano, até o próximo dia 31. O convênio com o Governo Federal prevê um repasse de 47 milhões de reais ao Estado. Por Delma Lopes do Minuto.