A mídia oficial cubana criticou o site de microblog Twitter e os cubanos exilados por espalharem, mais uma vez, rumores na internet de que ex-presidente da ilha, Fidel Castro, teria morrido.
"O livro dos recordes Guinness incluiu há alguns dias o nome de Fidel Castro como a pessoa que mais vezes foi alvo de tentativas de assassinato, mas também poderia ter incluído os inimigos da Revolução Cubana como os mais frustrados assassinos da história. E, aparentemente, a frustração no mundo real tem levado alguns a tentar matá-lo no mundo virtual, com a esperança de conseguirem aquilo que mais de meio século de tentativas criminosas não pode alcançar", começa o texto publicado pelo site CubaDebate.
O website afirma que os rumores surgiram na segunda-feira (2) e, de imediato, foram crescendo, alimentados pela "necrofilia contrarrevolucionária", com o apoio de algumas mídias.
O texto recorda que, no último mês de agosto, os mesmos boatos foram espalhados nas redes sociais e, claro, desmentidos. Segundo CubaDebate, a nova farsa foi espalhada, entre outros, "por um robô com um nome primário (@Naroh, um usuário com esse nome existe no Twitter e não necessariamente tem que estar ciente do que aconteceu com as derivações da sua conta) e diferentes secundários".
Ainda de acordo com o site, todas as mensagens tinha conteúdo idêntido e mesmo horário de saída e origem. "Um elemento interessante é que todas essas contas foram registradas na versão italiana do Twitter (http://it.twitter.com/ ) e depois desta ação foram desativadas", expõe o texto.
O veículo diz que a utilização destes robôs para espalhar spam viola pelo menos dois dos termos e condições de uso do Twitter. O primeiro estabelece que um usuário não pode criar várias contas para fins prejudiciais ou abusivos, sob pena de suspensão de todas as contas. A segunda afirma que o usuário não poderá usar os serviços do Twitter para fins de envio de spam.
CubaDebate avalia que e o Twitter intensificou os boatos sobre a morte de Fidel, por permitir que a hastag #FidelCastro se tornasse um dos assuntos mais comentados, chegando ao quarto lugar entre os trending topics. A colocação teria pavimentado o caminho para que jornais sensacionalistas fizessem eco às especulações.
"Uma comparação com a tag solidária #DireitosdeCuba, que em 9 e 10 de dezembro registrou uma grande atividade - e apesar disso não foi reconhecida como trending topic e terminou sendo censurada pelo Twitter - revela que o impacto dessa tag foi quatro vezes maior que o uso que os necrófilos fizeram da hashtag #FidelCastro, incluindo também as pessoas que a usaram para desmentir a manipulação", diz o texto.
Com CubaDebate
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Marcos Imperial