Pesquisador deixa pronto O romanceiro potiguar, tido por ele sua maior obra. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press.
Mesmo após notícia de que um dos maiores folcloristas do país havia morrido, estado de saúde de Deífilo Gurgel é grave Sérgio Vilar do diário de Natal.
Deífilo Gurgel ainda se encontrava em estado gravíssimo na UTI do Papi, até o fechamento desta edição. O poeta e um dos maiores folcloristas do país sofreu parada respiratória ontem e após ser reanimado pelos médicos, respira por aparelhos. Já foi constatada disfunção múltipla de órgãos e o óbito pode vir a qualquer momento. "Enquanto houver chance tentaremos o possível", disse o médico intensivista José Moreira Pinto.
O folclorista foi internado no dia 21 de janeiro com quadro grave de desnutrição e pneumonia. Na última sexta-feira ele apresentou quadro de melhora e pediu para voltar pra casa, segundo o filho Mário Sérgio. Mantido no hospital sob os cuidados médicos, o quadro se agravou no início da manhã de ontem com a parada respiratória. Deífilo ficou inconsciente desde então.
Informações confusas de familiares deram Deífilo como morto. A notícia foi divulgada nos principais meios de comunicação da cidade e nas redes sociais. A informação seguinte foi de morte cerebral, também infundada. A repercussão da notícia gerou notas de pesar de órgãos oficiais como Prefeitura de Natal e Fundação José Augusto, e elevou o nome do folclorista ao topo do Trending Topics do Twitter no Brasil, que mede os assuntos mais comentados.
O escritor e irmão de Deífilo, Tarcísio Gurgel, pediu desculpas a alguns veículos pela informação apressada. Segundo ele, a confusão partiu de uma má interpretação de um familiar a partir da explicação médica, replicada para outros familiares fora do hospital. A notícia rapidamente se espalhou entre outros familiares que não acompanhavam de perto o quadro e logo chegou à imprensa.
Agravamento
Para Tarcísio Gurgel, Deífilo nunca se recuperou da última cirurgia realizada em maio do ano passado, para retirada de um tumor benigno da próstata. "Ele ficou fragilizado desde então e o quadro foi se delineando. Ficou depressivo e vieram as consequências para uma pessoa de 84 anos: já não comia direito, já não reagia. É difícil dizer isso, mas ele já não demonstravavontade de viver e ficou ainda mais combalido", disse.
Poeta igual ao pai, Carlos Gurgel disse ter entrado ontem na UTI por volta das 10h30 para se despedir de Deífilo. "Ele já estava descansando (inconsciente). Se posso resumir papai em três palavras, seriam: humildade, honestidade e preciosidade", disse, no início da tarde de ontem, até então tomado pela notícia da morte cerebral do pai.
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Marcos Imperial