Gravação revela oportunismo de Marcos Prisco.
O cenário da greve dos Policiais Militares da Bahia promete ficar mais quente do que nunca. O ingrediente que colocou mais pimenta no caldeirão veio em uma matéria do Jornal Nacional que revelou conversas gravadas entre os chefes dos PMS grevistas na Bahia e mostram acertos para realização de ações de vandalismo na cidade. As gravações mostram ainda as articulações para que a paralisação se estenda ao Rio de Janeiro, a São Paulo e outros estados com o objetivo de inviabilizar a realização do Carnaval nas cidades e pressionar o governo federal a aprovar o segundo turno de votação da PEC 300, emenda que garantiria um piso salarial único para bombeiros e policiais de todo o Brasil.
No primeiro trecho das gravações, Marco Prisco, líder do movimento grevista na Bahia combina uma ação de vandalismo com um de seus liderados. Leia abaixo um dos trechos de conversa:
- Prisco: Alô, oi. Desce toda a tropa pra cá meu amigo. Caesg e você. Desce todo mundo para Salvador, meu irmão… Tou lhe pedindo pelo Amor de Deus, desce todo mundo para cá…
- David Salomão: Agora?
- Prisco: Agora, agora. Embarque…
- David Salomão: Eu vou queimar viatura… Eu vou queimar duas carretas agora na Rio/Bahia que não vai dar tempo…
- Prisco: fecha a BR aí meu irmão. Fecha a BR.
Projeto é espalhar movimento de greve pelo Brasil
Em uma outra gravação, uma conversa trata da expansão do movimento grevista pelo país e da intenção de segurar o fim da greve na Bahia enquanto o movimento grevista não começa no Rio de Janeiro. “Pergunta a pessoa importantíssima que está aí qual a possibilidade de nós passarmos em segundo turno na semana que vem?”, questiona o cabo carioca Benevenuto Daciolo, falando sobre uma possível votação da PEC 300. Nas gravações fica claro que o objetivo do movimento é prejudicar o carnaval nas maiores cidades do Brasil.
135 mortos
A greve dos Policiais Militares na Bahia completou nove dias nesta quarta-feira (8) e já possibilitou a morte de mais de 135 pessoas na Região Metropolitana de Salvador. O governo estadual se comprometeu a pagar as duas principais exigências dos grevistas, mas o movimento persiste com a justificativa de que a greve só chega ao fim quando for concedida anistia administrativa e criminal a todos os PMs envolvidos, Prisco aí incluído. E aí que começa o impasse, pois o governo estadual não aceita esta condição.
Brasil 247.
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