Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press.
A Coleção Cultura Potiguar, que reúne os mais diversos temas da literatura norte-riograndense terá mais uma obra entre seus títulos. Dessa vez, uma das mais ilustres: O Romanceiro Potiguar, que será lançado na quarta-feira, 18 de abril, no Palácio Potengi - Pinacoteca do Estado, a partir das 19h. O livro será adquirido ao preço de R$ 40. O Romanceiro Potiguar é uma obra inédita do folclorista e pesquisador, Deífilo Gurgel - falecido em fevereiro deste ano - fruto de uma pesquisa realizada entre as décadas de 1980 e 1990 e que reúne um dos mais ricos apanhados da oralidade dos romanceiros tanto de origem Ibérica, quanto brasileira. O livro conta com ilustrações do presidente do Conselho Estadual de Cultura, Iaperi Araújo.
De acordo com Alexandre Gurgel, que em algumas viagens ao longo dos dez anos de pesquisa acompanhou o pai, Deífilo Gurgel conversou com muitas pessoas para a elaboração d´O Romanceiro Potiguar, como por exemplo, seu Atanásio, detentor deste saber popular e pai de outra conhecida romanceira, Dona Militana, que também figura na pesquisa, dentre muitos outros. Com esse feito, andando de norte a sul pelo Estado, Deífilo Gurgel conseguiu compilar romances que fazem parte do cancioneiro popular, desde as origens Ibéricas (da Espanha e Portugal), passando pelos romances Religiosos, do Cangaço, da Caatinga e da Pecuária. "Ele viajou o Estado inteiro e conseguiu reunir uma obra que preserva pelo menos cinco origens de Romances. E o mais importante desse trabalho é que ele conseguiu colher versões inéditas de alguns romances", informa o filho.
O trabalho e pesquisa de Deífilo Gurgel foi realizado de maneira solitária, já que não conseguiu bolsistas ou outros interessados na pesquisa. E assim, aos 70 anos, Deífilo Gurgel de dispôs a "cansativas", porém "gratificantes" viagens pelo Rio Grande do Norte "à cata das últimas pepitas desse fabuloso tesouro, representadas pelas quase trezentas versões de romances, que coletamos nas mais diversas regiões do nosso Estado, dos romanceiros peninsular e brasileiro", escreve o próprio pesquisador em seu livro, agora póstumo.
Fonte: Com informações FJA.
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Marcos Imperial