Manifestantes do Sinte/RN realizaram enterro simbólico da prefeita Micarla de Sousa na manhã de ontem. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press.
Os professores da rede municipal de Natal decidiram permanecer em greve
até que a Justiça analise o pedido de ilegalidade da paralisação pedido pela
prefeitura. A decisão foi tomada em uma assembleia realizada ontem de manhã. De
acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública
(Sinte/RN), Fátima Cardoso, a prefeitura não tem feito o necessário para acabar
com o movimento. "Ele estão arrumando um monte de desculpas. Que não podem
aceitar a proposta que nós estamos pedindo e outras coisas. Mas sabemos que
isso não é verdade. O município tem mostrado que não tem compromisso algum em
melhorar a educação em Natal", destacou.
Na quarta-feira passada, Sinte/RN e o Município de Natal já não tinham
chegado a um acordo na realização da terceira audiência de conciliação. A
expectativa é que a situação só seja normalizada com a posição da Justiça, que
deve ocorrer na semana que vem. "A reação da nossa categoria é normal, já
que sabemos que o município pode oferecer mais do que eles estão oferecendo e o
que a nossa categoria vem reivindicando é justo. O Ministério Público já se
pronunciou e falou para a prefeitura mostrar que, pelo menos, chegue perto do
que está sendo pedido. Mas infelizmente eles [prefeitura] não vêm tendo esse
pensamento", frisou Fátima.
Cardoso destacou também que o sindicato, de certa forma, decidiu assumir
a responsabilidade para melhorar a educação dentro de Natal, já que os
responsáveis não estariam tomando as providências necessárias. "O
sindicato decidiu falar a verdade e não deixar mais o município fazer o que
vinha fazendo com a educação. Nós iremos melhorar a educação em Natal no peito
e na raça".
O titular da Secretaria de Educação de Natal, Walter Fonseca, afirma que
o município não pode mais oferecer que vinha sendo negociado, cerca de 10% de
aumento. "Chegamos a oferecer o aumento e eles aceitaram. Depois voltaram
atrás e decidiram manter a greve. Hoje, não há mais condições de oferecer o que
vinha sendo negociado anteriormente, já que estamos chegando ao limite da Lei
de Responsabilidade Fiscal".
Com Informações Diário de Natal.
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Marcos Imperial