quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dirceu vai ao Roda Viva e enfrenta jornalistas



Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre.

O ex-ministro José Dirceu resume, em entrevista, o que aconteceu com ele e explica como se deu o seu linchamento público durante cinco anos realizado pelo PSDB e repercutido pela imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá? — Adoro este mantra!), que, sistematicamente, tratou de evidenciar sua imagem, a fim de, posteriormente, usá-la de forma negativa por interesse político e eleitoral.

O político militante da luta armada nas décadas de 1960/1970 foi acusado, julgado, setenciado e punido por órgãos de imprensa burgueses e reacionários, a exemplo da Folha de S. Paulo, Estadão, O Globo, TV Globo, TV Band, Veja, Época, Zero Hora e Correio Braziliense, somente para ficar nesses.


O jornalista bobalhão e cínico de cabelos brancos se chama Augusto Nunes, um dos mais ferozes adversários dos governos e dos políticos trabalhistas que militam na imprensa de negócios privados, no caso a Veja, a revista porcaria.

Debochado e intolerante, demonstra por meio de suas expressões faciais o desdém e o desprezo por seu adversário, sem sequer ponderar o que é lhe dito por José Dirceu. Nada que não seja "normal" para um dos "ases" do jornalismo de esgoto, que, nesses últimos dez anos, associou-se a criminosos "pauteiros" como o bicheiro Carlinhos Cachoeira para boicotar governos trabalhistas e derrubar autoridades constituídas, sem provas e culpabilidade formadas.

Augusto Nunes é realmente o fim da picada, pois é a essência da insensatez, o ego transformado em má-fé, a iniquidade em toda sua plenitude, a desonestidade intelectual em forma de jornalismo declaratório e a cara do seu patrão — o golpista Roberto Civita, que deveria, urgentemente, ser convocado para depor na CPI do Cachoeira/Veja/Época, e, consequentemente, ser chamado às falas.

Contudo, José Dirceu não se fez de rogado e respondeu à altura, não somente para o filhote de pitbull do Civita, bem como para todas as aves de mau agouro que formaram a bancada do programa de entrevistas. Dirceu o fez, no fim, ficar calado, porque, evidentemente, ele e seus colegas jornalistas não tiveram argumentos.

Escrever o que quer é fácil. Papel em branco aceita tudo. Mas debater e argumentar com o acusado e setenciado, no caso o Dirceu, é muito diferente, porque ser leviano na cara dura é muito difícil, pois é preciso ter uma total falta de caráter e de um mínimo de compromisso com o telespectador.

Agora, novamente o mantra que não quer calar: ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, cadê o projeto do jornalista Franklin Martins, que dispõe sobre o estabelecimento do marco regulatório das mídias, conforme reza a Constituição? Com a palavra, a gaveta onde se encontra o projeto todo empoeirado. É isso aí.

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Marcos Imperial

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