"A mídia privada esconde o Brasil e
se dedica a dar golpes políticos com o apoio de uma Procuradoria
Geral e de um Supremo extremamente reacionários e conservadores. O
momento é de judicialização da política, porque a direita brasileira sabe que
quando esteve no poder não fez nada para melhorar a vida dos cidadãos e com
isso proteger a cidadania. O PSDB e seus apoiadores apenas governaram para os
ricos. Por causa disso, rapidamente perceberam que, por intermédio do voto, vai
ser muito difícil vencer eleições contra candidatos trabalhistas. Não tem como
fugir dessa realidade, a não ser enfrentá-la, mesmo se for por meio de
expedientes desonestos, ilegais, manipulados e distorcidos."
"Os
índices de aprovação de Lula e de Dilma são altíssimos e por isso e por causa
disso se tornou imperativo apelar para o golpe aos moldes de Honduras e
Paraguai. É dessa forma cínica e desprezível que a banda toca por esses pagos.
Os barões da imprensa, os representantes mais atrasados e reacionários da
classe empresarial, não se conformam que os inquilinos da Casa Grande fiquem
fora do poder central no âmbito do Executivo. Estão há dez anos sem sentar à
mesa do gabinete da Presidência da República, o que lhes causa urticária e um
rancor à base de adrenalina e do fel da bílis."
"Contudo,
tal grupo empresarial é requisitado e bajulado por alguns seres mortais que
usam capas de Batman e realizam seus julgamentos como se fossem as novelas da
TV Globo, onde a falta de senso crítico mancomunada com a vaidade e o orgulho
levaram homens a serem condenados sem provas de terem cometido malfeitos, o que
não importa, porque é necessário para a direita brasileira criminalizar o PT,
derrubar, se conseguir, o governo trabalhista de Dilma Rousseff, mas,
sobretudo, calar o presidente mais popular da história do Brasil, se possível
algemá-lo, porque o que importa é que ele fique impedido de falar, de fazer
política e principalmente parar de eleger verdadeiros 'postes', a exemplo de
Dilma e Haddad. É a direita do fracasso eleitoral retumbante, que, sem voto,
aposta no golpe e com a cooperação de certos batmans da PGR e do STF."
"Incomoda
demais às perversas, preconceituosas e violentas elites brasileiras herdeiras
da escravidão ter de ver um operário metalúrgico se transformar em um pop
star de grandeza internacional, como bem demonstram as dezenas e
dezenas de homenagens recebidas por Lula no Brasil e no exterior e que são
devidamente boicotadas e escondidas pela imprensa burguesa de caráter bárbaro.
Dói na alma dos elitistas provincianos e de pensamentos colonizados ver o
estadista Lula ser protagonista da criação do Brics, do G-20, da Unasul, do fortalecimento
do Mercosul e do aterramento da Alca, que somente tinha o propósito de fazer
com que os produtos dos EUA entrassem nos países da América do Sul livre de
barreiras alfandegárias. São esses fatos que incomodam os barões da imprensa,
os seus sabujos 'especialistas' em coisa nenhuma, a não ser em distorcer e
manipular as realidades e até mentir se for preciso."
"A
luta pelo poder se dá no campo do sistema midiático privado, que pauta a vida
política brasileira. A direita não vence pelo voto. Vence por meio do golpe.
Historicamente é assim. O caminho que esses caras de direita encontraram é o da
judicialização e da criminalização da política e do partido que está no poder —
o Partido dos Trabalhadores. O resto é conversa para boi dormir. Urge calar o
operário. Se possível desmoralizá-lo, sangrá-lo e prendê-lo. A direita matou
Getúlio e Jango. Os trogloditas humilharam vergonhosamente o presidente
Juscelino Kubitschek. Ponto. O que interessa na verdade aos reacionários é a
caça ao Lula. Ele tem voto. É isso aí."
CAÇA AO LULA, GOLPE E CRIMINALIZAÇÃO DO PT
DAVIS
SENA FILHO
A
luta pelo poder se dá no campo do sistema midiático privado, que pauta a vida
política brasileira. A direita não vence pelo voto. Vence por meio do golpe.
Historicamente é assim
Somente acontece no Brasil. Pessoas sem um único voto, a exemplo de
colunistas, comentaristas, articulistas e ilusionistas de uma imprensa
reacionária e alienígena, a mando de seus patrões, pautarem o sistema
político brasileiro e a ordem democrática estabelecida pela Constituição e
pelos resultados das urnas. Apenas no Brasil, uma dezena de coronéis midiáticos
tem tanta influência no que diz respeito a controlar e a coordenar o processo
jurídico e partidário brasileiro, além de, inacreditavelmente, terem como
aliados também pautados por essa imprensa corporativa e de negócios
essencialmente privados a PGR e o STF [!!!].
Submetidos aos ditames da imprensa burguesa, como no caso do “mensalão”,
que apesar do julgamento do STF ainda está por ser comprovado, essas
corporações estatais corresponderam aos seus anseios e, por sua vez, edificaram
uma frente política não oficializada; porém, poderosamente atuante nos
bastidores do único poder da República — o Judiciário — cujas lideranças com
cargos de mando e de chefia não são eleitas, e, portanto, divorciadas da
vontade e dos interesses do povo brasileiro, que lhe impinge derrotas em
sucessivas eleições, porque há 12 anos optou por votar em candidatos
trabalhistas, a exemplo do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff,
sendo que no passado os ancestrais desse mesmo povo votavam em políticos
trabalhistas como Getúlio Vargas e João Goulart — o Jango, que foram apeados do
poder conquistado nas urnas por meio de golpes de estado de direita.
Eis que a Polícia Federal no período do mandato de Lula realizou, doesse
a quem pudesse doer, 1.119 operações, praticamente sem ser questionada em sua
autonomia para investigar, reprimir e prender aqueles que se envolveram com
malfeitos. Além disso, até o início de 2003, quando Lula assumiu a Presidência,
a Polícia Federal tinha em seus quadros cinco mil servidores. Em janeiro de
2011, fim de seu mandato, o presidente trabalhista aumentou os quadros da PF
para 11 mil servidores públicos. No decorrer do Governo Lula, 3.200 pessoas
foram presas ou afastadas a bem do serviço público.
Em contrapartida, durante o governo do neoliberal FHC, o número relativo
ao pessoal da PF estava estagnado, porque o governante tucano “congelou” os
concursos públicos em âmbito federal, bem como o Ministério da Justiça e a
Polícia Federal efetuaram, em oito anos, apenas 28 operações, além de prenderem
o número ínfimo de 54 pessoas. Resumo da ópera: o governo FHC administrou uma
PF que não atuava de forma republicana, porque naquele período a corporação
policial se transformou em uma polícia de governo quando, sem sombra de dúvida,
deveria ser uma polícia de estado, independente e a serviço do cidadão e
contribuinte brasileiro. Realmente, um grande erro. Esperar o quê de um governo
tucano e de princípios e valores neoliberais. Realidade e conduta essas que não
aconteceram com a PF do Governo Lula e nem com a de Dilma.
Como podem acontecer em um período de alienação do patrimônio público
poucas prisões e quase nenhum afastamento de autoridades e servidores, afinal
foram vendidas estatais de grande porte e estratégicas para o País? Respondo:
pode. Porque, apesar de a imprensa de negócios privados ter publicado ou
veiculado notícias sobre os escândalos das privatizações na época, essa mesma
mídia conservadora e porta-voz da direita brasileira e estrangeira sempre
apoiou o governo tucano e seu programa de governo, bem como apregoou, por meio
de uma publicidade abrangente e sistemática, o que foi estabelecido pelos
economistas de instituições financeiras, que se convencionou chamar, a partir
de 1989, de Consenso de Washington.
A partir desse ano foi apresentada ao planeta a nova face do
colonialismo e do imperialismo, na forma de globalização, por intermédio de
diversas ferramentas tecnológicas e informatizadas. O “consenso” dos
financistas e monetaristas resultou no pensamento único midiático e acadêmico,
sem espaço para caber contestações. Quem não concordava com a pirataria, era
logo chamado de dinossauro e sumariamente calado nos meios de comunicação
corporativos e comercialmente hegemônicos, que efetivam e impõem até os dias de
hoje a censura e o linchamento moral daqueles que porventura não se deixam ser
pautados, não são cooptados pelo sistema de capitais ou que simplesmente
querem, por exemplo, um Brasil autônomo, livre, soberano, democrático e que
viabilize o que setores da classe média e as elites ricas herdeiras ideológicas
da escravidão não querem e ferrenhamente combatem com o ardor do ódio: a
emancipação social e econômica do povo brasileiro. Vide artigo da lady Danuza
Leão ou vídeo do gentleman Boris Casoy, que,
inquestionavelmente, agem como porta-vozes e colocam para fora o que as classes
dominantes pensam, sentem, querem e como se comportam em relação ao Brasil, aos
trabalhadores e aos pobres.
Por seu turno, no decorrer de quase quinze anos, a economia mundial foi
praticamente desregulamentada e aconteceu o que teria de acontecer: a crise
imobiliária e financeira (bancos) de 2008, que derreteu o capitalismo de
opulência e de consumo desenfreado dos europeus ocidentais, dos japoneses e dos
EUA. Tal crise fez o mundo novamente reviver e experimentar — resguardadas as
diferenças e a época na qual vivemos — o crash de 1929, sendo
que a crise socioeconômica atual é mais grave do que a antiga, conforme
consideram os economistas e os historiadores. Que o digam os povos de Espanha,
Irlanda, Grécia, Portugal, Itália e até mesmo Inglaterra e França, que saíram
às ruas, enfrentaram a polícia e contestaram seus governos e o empresariado
banqueiro, que levaram a economia desses países à bancarrota.
E fazer o quê quando país da importância e da força econômica do Brasil
salda suas dívidas com o FMI e o Clube de Paris. De onde amealhar ou sugar
recursos para sustentar seus altos padrões de vida, orgulho dessas sociedades
europeias e humilhação dos povos da América Latina, com a cumplicidade infame
de suas “elites” e de outros continentes onde vivem na mesma situação outros
povos oprimidos. É por isto e por causa disto que o rei Juan Carlos, de
Espanha, reportou-se, de forma “humilde”, à presidenta trabalhista Dilma
Rousseff e afirmou que a Espanha e outros países, como Portugal, precisam muito
da ajuda do gigante sul-americano cuja economia é a sexta maior do mundo e que
tem um mercado interno tão poderoso que permitiu que o Brasil não sentisse a
crise internacional de maneira tão dura como ocorre, inclusive e até hoje, com
os Estados Unidos, onde o índice de pobreza é o pior entre os países ricos,
apesar de o país yankee ter uma das maiores rendas per capita
do mundo.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), a Suécia, por exemplo, tem menos adultos analfabetos funcionais e menos
pobres que os EUA. As estatísticas indicam que 7,5% da população sueca entre 16
e 65 anos é analfabeta funcional, enquanto nos Estados Unidos este número
supera os 20%. Por sua vez, 6,3% do povo sueco vivem abaixo da linha de
pobreza, enquanto o governo estadunidense tem de cuidar ou ajudar a resolver os
problemas de 13,6% de seus cidadãos que têm muita dificuldade para sobreviver.
Atualmente, a população dos EUA é de quase 309 milhões de pessoas. Então a
conclusão é que 31 milhões de cidadãos norte-americanos são pobres ou se
encontram abaixo da linha de pobreza, o que se torna uma realidade trágica para
um país que consome 20% do petróleo que é produzido no mundo.
É visível a pobreza nos EUA. Todavia, tal realidade se torna invisível e
inexistente para o baronato da mídia brasileira, que se recusa a mostrar de
forma transparente a crise do poderoso país da América do Norte, bem como se
recusa a repercutir os avanços e as conquistas sociais do povo brasileiro nos
últimos dez anos de governos trabalhistas. A mídia privada esconde o
Brasil e se dedica a dar golpes políticos com o apoio de uma Procuradoria Geral
e de um Supremo extremamente reacionários e conservadores. O momento é de
judicialização da política, porque a direita brasileira sabe que quando esteve
no poder não fez nada para melhorar a vida dos cidadãos e com isso proteger a
cidadania. O PSDB e seus apoiadores apenas governaram para os ricos. Por causa
disso, rapidamente perceberam que, por intermédio do voto, vai ser muito
difícil vencer eleições contra candidatos trabalhistas. Não tem como fugir
dessa realidade, a não ser enfrentá-la, mesmo se for por meio de expedientes
desonestos, ilegais, manipulados e distorcidos.
Os índices de aprovação de Lula e de Dilma são altíssimos e por isso e
por causa disso se tornou imperativo apelar para o golpe aos moldes de Honduras
e Paraguai. É dessa forma cínica e desprezível que a banda toca por esses
pagos. Os barões da imprensa, os representantes mais atrasados e reacionários
da classe empresarial, não se conformam que os inquilinos da Casa Grande fiquem
fora do poder central no âmbito do Executivo. Estão há dez anos sem sentar à
mesa do gabinete da Presidência da República, o que lhes causa urticária e um
rancor à base de adrenalina e do fel da bílis.
Contudo, tal grupo empresarial é requisitado e bajulado por alguns seres
mortais que usam capas de Batman e realizam seus julgamentos como se fossem as
novelas da TV Globo, onde a falta de senso crítico mancomunada com a vaidade e
o orgulho levaram homens a serem condenados sem provas de terem cometido
malfeitos, o que não importa, porque é necessário para a direita brasileira
criminalizar o PT, derrubar, se conseguir, o governo trabalhista de Dilma
Rousseff, mas, sobretudo, calar o presidente mais popular da história do
Brasil, se possível algemá-lo, porque o que importa é que ele fique impedido de
falar, de fazer política e principalmente parar de eleger verdadeiros “postes”,
a exemplo de Dilma e Haddad. É a direita do fracasso eleitoral retumbante, que,
sem voto, aposta no golpe e com a cooperação de certos batmans da PGR e do STF.
Enquanto Lula tem seu nome mais uma vez ligado a um novo escândalo
midiático cujos personagens são os irmãos Vieira, além de uma funcionária de
terceiro escalão, lotada na Presidência da República em São Paulo, o fundador
do PT e da CUT vai à Índia e é comparado a Mahatma Gandhi. Entretanto, a
oligarquia midiática monopolista censura a consagração do ex-presidente no
exterior e, por conseguinte, não dá destaque à homenagem tão importante e
emblemática recebida por um político brasileiro, que, tal qual ao trabalhista
Getúlio Vargas, mudou o Brasil para melhor.
Mesquinha e provinciana; colonizada e perversa; ordinária e dona de um
incomensurável complexo de vira-lata, a mídia corporativa tupiniquim de
ideologia francamente fascista não reconhece o Prêmio Indira Gandhi,
o mais importante daquele histórico país, oferecido ao presidente operário por
ele ter sido considerado uma pessoa que “contribuiu à paz, ao desarmamento e ao
desenvolvimento”. Para o presidente indiano, Pranab Mukherjee, Lula merece
a homenagem por “defender os mesmos princípios de Indira e de Gandhi, o que
representa associá-lo à mais ilustre companhia possível”.
Lula é admirado no Brasil e no exterior. E muito. Porém, se algum
desavisado ler as publicações brasileiras ou assistir à televisão vai pensar,
sem quaisquer dúvidas, que Lula é irremediavelmente odiado. Contudo, parte da
classe média — aquela mesma que até hoje deita e rola com o “Bolsa Empréstimo
Consignado ou Facilitado”, bem como com o “Bolsa Casa Própria, Isenção do IPI e
Estudo no Exterior” — e o conjunto da imprensa burguesa, além de muitos
integrantes da classe economicamente dominante, o tratam de forma
desrespeitosa, preconceituosa e não reconhecem o desenvolvimento social e
econômico que aconteceu no Brasil e que impressionou os mandatários dos países
desenvolvidos, do Brics, do G-20 e do G-8. Isto é fato. Ponto. Se recusam
a reconhecer as conquistas de toda população deste País, porque são pessoas
incondicionalmente presunçosas, que se acham especiais e diferentes e por isso
consideram que precisam viver em um mundo VIP, para poucos beneficiados e
privilegiados, e que, indelevelmente, pensam que foram escolhidos a dedo, nada
mais e nada menos, por Deus.
São autoritários e arrogantes; perversos e egoístas; e por isso não
conseguem digerir a ascensão social de 40 milhões de brasileiros que hoje
dividem os aeroportos, os cinemas, os shoppings e talvez até alguns
restaurantes com esses provincianos de pensamento humanitário curto e maldade
vasta. São os que se acham apadrinhados pela pele branca e, obviamente, pela
reserva de mercado em que foram transformados o emprego público e as
universidades federais e estaduais para os filhos das classes média e rica,
lacerdistas, ressentidas, bem como contaminadas por valores venais, fúteis,
levianos e de “grandeza” sem razão e despida do que é humano e civilizado,
solidário e social.
STF: judicialização da política, arrogância e tentativa de intervir no
Legislativo
Os financistas alienígenas, no que diz respeito à preservação e proteção
dos mercados internos nacionais, e os governantes traidores de seus povos e
adeptos do neoliberalismo implantaram um modelo econômico draconiano de
exploração e pirataria, pois estúpido e baseado nesses pontos: abertura
comercial (isenção ou diminuição de taxas e tarifas para os produtos
estrangeiros); desregulamentação (afrouxamento do rigor das leis trabalhistas e
econômicas); investimento estrangeiro direto (eliminação de restrições);
privatizações de estatais, além da diminuição dos investimentos públicos, o
que, sobremaneira, é uma lástima para a população carente, a exemplo da
brasileira, que necessita da presença do estado nacional, com o propósito de
essa camada desprotegida da sociedade ter acesso aos programas de inclusão
social, aos projetos que efetivam a busca pela igualdade regional e,
consequentemente, através de um tempo programado, tornar-se independente e apta
a competir no mercado de trabalho. Dessa forma, efetivamente, as pessoas
beneficiadas passam a ter maior facilidade para conquistar o emprego, além de
ter acesso à saúde, à educação e à segurança alimentar. Cidadania. Ponto.
Todo esse processo de independência do povo é combatido pelo sistema
midiático de caráter mercantilista. E é por isso que as conquistas sociais dos
brasileiros não são mostradas por uma dezena de famílias que receberam licença
do governo e, portanto, do povo brasileiro para, por exemplo, ganharem bilhões
com suas transmissões televisivas. Agora a pergunta que não quer calar: o que
essas questões têm a ver com o assunto sobre mais uma operação da PF ocorrida
em São Paulo. É que por trás desses casos — muitos inverídicos e manipulados e
outros verdadeiros e reais — está a luta pelo poder político que é renovado de
quatro em quatro anos, por intermédio das eleições.
A direita derrotada três vezes quer a volta do modelo neoliberal para a
economia, além de ficar imensamente inconformada com as políticas sociais
efetivadas pelos governos trabalhistas. Além disso, a direita midiática e
partidária e também a judiciária quer impor seus valores e seus princípios no
que concerne às políticas públicas de relações exteriores, que fez do Brasil um
País que se relaciona diplomaticamente e comercialmente com vários blocos
econômicos e políticos, eliminando dessa forma a subserviência aos países que
tradicionalmente foram sempre os principais parceiros e credores do Brasil e que
hoje enfrentam uma crise tão grave e profunda, que, enfraquecidos ou menos
poderosos, foram tratar de seus interesses internos e da insatisfação, muitas
vezes violenta, de seus povos.
Incomoda demais às perversas, preconceituosas e violentas elites brasileiras
herdeiras da escravidão ter de ver um operário metalúrgico se transformar em um
pop star de grandeza internacional, como bem demonstram as dezenas e dezenas de
homenagens recebidas por Lula no Brasil e no exterior e que são devidamente
boicotadas e escondidas pela imprensa burguesa de caráter bárbaro. Dói na alma
dos elitistas provincianos e de pensamentos colonizados ver o estadista Lula
ser protagonista da criação do Brics, do G-20, da Unasul, do fortalecimento do
Mercosul e do aterramento da Alca, que somente tinha o propósito de fazer com
que os produtos dos EUA entrassem nos países da América do Sul livre de
barreiras alfandegárias. São esses fatos que incomodam os barões da imprensa,
os seus sabujos “especialistas” em coisa nenhuma, a não ser em distorcer e
manipular as realidades e até mentir se for preciso.
A imprensa não é séria e muito menos se preocupa com escândalos,
roubalheiras ou qualquer coisa que aconteça. O sistema midiático que luta
somente pela liberdade de empresa e não de imprensa quer apenas apagar o fogo
com gasolina. Se a mídia que está aí se preocupasse com escândalos e com os
interesses do Brasil, certamente que o livro “A Privataria Tucana”, a compra
dos votos da reeleição do presidente tucano FHC — o Neoliberal —, o caso
Banestado, o maior escândalo do Brasil, e o Mensalão do PSDB estariam nas
manchetes sendo cobrados pelos colunistas ou comentaristas ou “especialistas”
de prateleira da Globo News.
A luta pelo poder se dá no campo do sistema midiático privado, que pauta
a vida política brasileira. A direita não vence pelo voto. Vence por meio do
golpe. Historicamente é assim. O caminho que esses caras de direita encontraram
é o da judicialização e da criminalização da política e do partido que está no
poder — o Partido dos Trabalhadores. O resto é conversa para boi dormir. Urge
calar o operário. Se possível desmoralizá-lo, sangrá-lo e prendê-lo. A direita
matou Getúlio e Jango. Os trogloditas humilharam vergonhosamente o presidente
Juscelino Kubitschek. Ponto. O que interessa na verdade aos reacionários é a
caça ao Lula. Ele tem voto. É isso aí. Brasil 247.
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