Ministros anunciam vetos
ao projeto de lei sobre distribuição dos royalties do petróleo. Foto: Edezio Junior/PR
A presidenta Dilma Rousseff vetou parcialmente o
projeto de lei aprovado pelo Congresso que modificava a distribuição dos
royalties do petróleo e decidiu que 100% dos royalties provenientes dos
contratos futuros de exploração de petróleo serão investidos em educação. Uma
medida provisória com as mudanças será enviada ao Congresso na próxima semana.
O anúncio foi
feito nesta sexta-feira (30), durante entrevista coletiva no Palácio do
Planalto, pelos ministros da Educação, Aloizio Mercadante; da Casa Civil, Gleisi
Hoffmann; de Minas e Energia, Edison Lobão; e de Relações Institucionais, Ideli
Salvatti. Mercadante explicou que, além de 100% dos royalties futuros, 50% dos
rendimentos do Fundo Social também serão voltados para a educação. Segundo ele,
o objetivo é deixar um legado para as gerações futuras.
“Só a educação
vai fazer do Brasil uma nação desenvolvida, ela é o alicerce do desenvolvimento
e se o pré-sal e petróleo são o passaporte para o futuro, não há futuro melhor
do que investir na educação dos nossos filhos, dos nossos netos, do conjunto do
povo brasileiro”, disse o ministro.
A ministra
Gleisi Hoffmann explicou que os vetos preservam os contratos já firmados e
mantêm a atual distribuição dos recursos provenientes do petróleo. Segundo ela,
os vetos tiveram como diretriz o respeito à Constituição e aos contratos
estabelecidos. Para os contratos futuros de exploração de petróleo, a
presidenta optou por manter as novas porcentagens de distribuição entre estados
e municípios produtores e não-produtores previstas na lei aprovada pelo
Congresso.
“O veto ao
artigo 3º resguarda exatamente os contratos estabelecidos e também tem o
objetivo de fazer a readequação, ou seja, a correção da distribuição dos
percentuais dos royalties ao longo do tempo (…) quanto às demais intervenções
na lei, a presidenta procurou conservar em sua grande maioria as deliberações
do Congresso Nacional, garantindo, contudo, as distribuição de recursos para a
educação brasileira”, afirmou. Via Blog do Planalto.
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Marcos Imperial