Na 1º imagem Dilma aparece quando veio no Aeroporto de Songa, onde aparece Vina e o braço de Zailto.
Depois de reduzir os
juros, as tarifas de energia e os impostos da cesta básica, presidente anuncia
hoje plano para reforçar os mecanismos de defesa nas relações de consumo;
compromisso já foi firmado com o presidente do Congresso, Renan Calheiros, para
colocar em votação todos os projetos que existam nessa direção; "a defesa
do cidadão é a agenda da presidente e do Congresso", disse Renan ao 247.
Via 247 – Após anunciar medidas em
benefício geral dos consumidores, como a redução dos juros nos bancos, da
tarifa de energia elétrica e dos impostos dos produtos da cesta básica, a
presidente Dilma Rousseff anuncia nesta sexta-feira 15, Dia Mundial dos
Direitos do Consumidor, um pacote de medidas nesse sentido. O comércio e os
prestadores de serviço são o principal foco do governo, que pretende ampliar a
fiscalização, fortalecer os Procons e tornar as punições mais rigorosas no
geral.
O compromisso já foi firmado com o presidente do
Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), para colocar em votação todos os projetos
que existam nessa direção. "A presidente Dilma tem o nosso compromisso e
vamos mapear e votar todos os projetos que tramitam nas duas casas para ampliar
a defesa do consumidor. A defesa do cidadão é a agenda da presidente e do Congresso",
disse Renan ao 247.
O senador participa do anúncio das medidas, ao lado de Dilma, no Palácio do
Planalto.
O modelo das
punições adotado pelo governo será o da Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações), que impõe pesadas multas às teles. O setor de telefonia
móvel é visto como um dos principais vilões quando o assunto é relacionamento
com os consumidores. No ano passado, a telefonia celular foi a campeã de
reclamações nos Procons do País, com 9,1% dos mais de 2 milhões de queixas
registradas. O governo quer que a ANS (Agência Nacional de Saúde) seja
igualmente dura em relação aos planos de saúde e hospitais.
Consciência
do consumidor brasileiro tem aumentado, diz coordenador do Idec.
Heloisa
Cristaldo, da Agência Brasil – Desde o pronunciamento do presidente
norte-americano John Kennedy, em 15 de março de 1962, a data tem sido
referência para os direitos do consumidor em todo o mundo. Na ocasião, Kennedy
defendeu quatro direitos fundamentais dos consumidores: à segurança, à
informação, à escolha e a ser ouvido. Vinte e três anos depois, a Assembleia
Geral das Nações Unidas (ONU) adotou os direitos do consumidor como diretrizes
das Nações Unidas, instituindo o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor,
comemorado nesta sexta-feira 15.
Em entrevista à
Agência Brasil, o coordenador executivo do Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor (Idec), Fulvio Gianella Júnior, disse que o nível de consciência do
brasileiro sobre os seus direitos como consumidor tem crescido nos últimos
anos. Hoje, além de buscar mais os institutos de defesa, ele tem procurado
diretamente os fornecedores.
"Podemos
reparar que aumentou o grau de pessoas reclamando seus direitos, como se vê nos
rankings do Procon, do Sindec [Sistema Nacional de Informações de Defesa do
Consumidor]. Essa situação mostra duas coisas: os consumidores estão mais
conscientes e reclamando mais seus direitos".
Em 2012, 2,03
milhões de consumidores foram atendidos nas unidades do Procon, distribuídos em
292 cidades do país. De acordo com o Sindec, essa quantidade representa um
aumento de 19,7% em relação a 2011, quando 1,6 milhão de consumidores
recorreram ao sistema.
A telefonia
celular foi o serviço com mais reclamações nos Procons (9,17%), seguido por
bancos comerciais (9,02%), pelos cartões de crédito (8,23%), pela telefonia
fixa (6,68%) e pelas financeiras (5,17%). O setor com maior demanda foi o
financeiro (banco comercial, cartão de crédito, financeiras e cartão de loja),
com 23,85%. Com o ranking dos procons, também foi possível constatar um aumento
de demandas no setor de telecomunicações (telefonia celular, telefonia fixa, TV
por assinatura e internet), que saltou de 17,46% em 2011, para 21,7% dos
registros em 2012.
Fulvio Gianella
Júnior destacou a preocupação das entidades de defesa do consumidor com a
ascensão de milhões de brasileiros à classe C, o que gerou maior possibilidade
de consumo. "Nos últimos dez anos, 30 a 40 milhões de pessoas aumentaram
sua capacidade de consumo. Essa é uma grande preocupação, porque são pessoas
que antes consumiam pouco e passaram a ter um poder aquisitivo maior".
Gianella Júnior
lembrou que esse novo consumidor vai ao mercado querendo consumir outros bens a
que não tinha acesso, o que pode levar a uma compra pouco consciente.
"Primeiro, porque elas não têm tantas informações a respeito de seus
direitos e são até vítimas de práticas abusivas pelo mercado", explicou.
Segundo o
coordenador, o brasileiro é o tempo todo bombardeado pela sociedade de consumo,
desde a infância. "'Compre isso', 'Isso é importante', 'Você só é cidadão
se consumir tal coisa'. Isso está sendo introjetado nas pessoas. A partir do
momento em que tem condições de alentar sua necessidade de consumo, muitas
vezes o faz sem nenhuma consciência crítica e aí causa uma série de problemas,
como o superendividamento e o comprometimento da renda familiar. Além disso,
crianças desde cedo já são submetidas [ao apelo para consumir]".
Entre as maiores
queixas dos consumidores estão as compras em comércio eletrônico. De acordo com
Gianella, muitos problemas enfrentados pelos cidadãos já estão previstos no
Código de Defesa do Consumidor, que completou 22 anos em setembro do ano
passado.
Dados do site Reclame Aqui mostram que até fevereiro
deste ano o sistema registrou 346.469 reclamações, um crescimento de 35% em
relação ao mesmo período do ano passado. Os setores com mais queixas foram os
das lojas virtuais,de telefonia, fabricantes de eletrodomésticos, compras
coletivas, TV e TV por assinatura, bancos e financeiras, cartão de crédito e
lojas de departamento.
"Recomendo
que sempre se verifique a idoneidade da loja virtual [na qual] você vai
comprar. Considere se ela tem uma loja física, veja se tem contatos para
resolver problemas. Verifique em redes sociais as reclamações feitas sobre a
loja para ter certeza se ela já teve problemas com outros consumidores. É
necessário tomar alguns cuidados", orienta Gianella. Postado por Marcos Imperial.
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Marcos Imperial