
SUPREMOCRACIA, Extraído do Blog Abre a Boca Cidadão.
"Na verdade, o Brasil está de olho no STF. A cada dia se acumulam
mais e mais sinais de irregularidades no julgamento ['mensalão'].
A cada momento os brasileiros conhecem melhor as deficiências colossais
dos juízes do Supremo. Escrevi uma vez e repito: se existe um efeito colateral
positivo para este circo jurídico, é que o Brasil teve a chance de ver o baixo
nível de sua corte mais alta."
O Brasil está de olho no Supremo
Paulo Nogueira,
Os brasileiros precisam ter certeza de que o julgamento do mensalão foi
justo.
O Brasil está de olho no STF, “O mundo está de olho no Brasil”, diz Joaquim Barbosa a Merval Pereira.
É uma conversa telefônica, informa Merval. JB está nos Estados Unidos
para receber uma homenagem da moribunda Time e para dar uma
palestra numa universidade. (Barbosa entrou numa lista daTime de
pessoas influentes ao lado de luminares como Mario Balotelli, Christina Aguillera
e Jay Z. Se a Time não acabar antes talvez até Merval entre um
dia na lista, para suplício de Ali Kamel.)
“De olho no Brasil” significa, pelo que entendi, que o mundo está
vigiando o país para que não se faça nada, no âmbito do direito internacional,
em relação ao mensalão.
Ou ficaremos, aspas, desmoralizados. Pausa para uma gargalhada.
Ora, o que existe aí é uma completa inversão.
Na verdade, o Brasil está de olho no STF. A cada dia se acumulam mais e
mais sinais de irregularidades no julgamento.
A cada momento os brasileiros conhecem melhor as deficiências colossais
dos juízes do Supremo. Escrevi uma vez e repito: se existe um efeito colateral
positivo para este circo jurídico, é que o Brasil teve a chance de ver o baixo
nível de sua corte mais alta.
Basta olhar Fux em sua relação com um dos advogados mais procurados do
Rio.
Parece que simplesmente não existe noção de ética no Judiciário
brasileiro, um manual de conduta que aponte claramente o que se pode e o que
não se pode fazer.
Está claro, absurdamente claro, que Fux não poderia julgar casos do
escritório de seu amigo, mas ainda assim ele julgou.
E nada acontece. Alguma palavra de Barbosa sobre isso, como presidente
do STF? Merval perguntou?
Barbosa, ele mesmo, não percebe que um juiz com seu cargo não pode ficar
passando recados por um jornalista de uma casa tão enviesada ideologicamente?
Fico pensando no que ocorreria aqui se o juiz Brian Leveson, chefe do comitê
que apurou os excessos da mídia britânica, telefonasse para um colunista de
Murdoch.
Bem, de volta ao julgamento.
Foi um acontecimento muito importante para que, alguns meses depois do
veredito, com o surgimento de novas informações que mostram tantas
fragilidades, não sejam revisadas as coisas.
Sabemos quem ficou feliz com o julgamento.
Mas quem ficou feliz com o julgamento sempre defendeu causas em que o
“Zé do Povo”, para usar a icônica expressão de Irineu Marinho, terminou se
estrepando.
O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor
editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo. Diário do Centro do
Mundo, postado por Marcos Imperial.
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