Presidente do STF
acolhe pedido da Associação Nacional de Procuradores Federais e suspende instalação
de cortes em Curitiba, BH, Salvador e Manaus. Procuradores alegam que, em seu
artigo 96, a Constituição Federal estabelece que projetos de lei, ou de emendas
constitucionais, que tratam da criação ou extinção de tribunais, bem como da
administração da Justiça, devem ser propostas ao Congresso pelo Supremo ou por
tribunais superiores. A proposta foi iniciativa do próprio Legislativo e alvo
de críticas anteriores de Barbosa, que qualificava a a aprovação como
"sorrateira".
Via 274 - Consultor Jurídico - O presidente do Supremo Tribunal
Federal, ministro Joaquim Barbosa, concedeu na noite desta quarta-feira (17/7)
liminar para suspender a Emenda Constitucional 73, que cria quatro tribunais
regionais federais. A decisão foi concedida na Ação Direta de Inconstitucionalidade
ajuizada na tarde desta quarta pela Associação Nacional de Procuradores
Federais (Anpaf) contra a criação dos TRFs. Com isso, a criação dos tribunais
fica suspensa até que seja julgado o mérito da ADI.
Na
ação, entre outros argumentos, a Anpaf reclama que a EC 73/2013 padece de vício
de iniciativa, pois foi proposta ao Congresso pelo próprio Legislativo. O que
os procuradores alegam é que, em seu artigo 96, inciso II, alíneas “a” e “b”, a
Constituição Federal estabelece que projetos de lei, ou de emendas
constitucionais, que tratam da criação ou extinção de tribunais, bem como da
administração da Justiça, devem ser propostas ao Congresso pelo Supremo ou por
tribunais superiores.
E foi
justamente esse o ponto abordado pelo ministro Joaquim Barbosa em sua liminar.
Ele afirma que há indícios que dão respaldo ao argumento do vício de
iniciativa, e por isso a questão, eminentemente constitucional, deve ser
analisada pelo Plenário do Supremo. O relator da ADI é o ministro Luiz Fux,
mas, como havia pedido de liminar e o Supremo está em recesso, a análise cabe
ao presidente do tribunal.
O
presidente da Anpaf, Rogerio Filomeno Machado, comemorou a decisão desta noite.
Disse que “agora é que aparece a oportunidade de apreciar se há a necessidade
de novos TRFs ou não”. “Nossa reclamação é que os outros ministros do STF não
foram ouvidos na questão, e aí o problema do vício de iniciativa. Agora vamos
ter tempo de esperar o retorno dos ministros e apreciar a questão com calma, de
maneira mais aprofundada”, afirmou o procurador à revista Consultor Jurídico. Postado por Marcos Imperial.
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Marcos Imperial