"Eu estou aqui, um ano e meio depois, falando mais do que
eu falava antes e já não tenho mais nada na minha garganta", disse o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em depoimento para a campanha "Voz
sobre câncer" da Sociedade Europeia de Câncer de Cabeça e Pescoço.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
OPOSIÇÃO, PIG, MIRIAM LEITÃO, MENINO MALUQUINHO, MERVAL. PIRAM ESPERNEIAM E DILMA TEM 54% DE APROVAÇÃO DOS BRASILEIROS (AS)
Entre os que desaprovam o governo atual, o índice
caiu de 49%, em julho – mês após onda de manifestações de rua, para 40% em
setembro; É o que mostra a pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta sexta-feira,
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI); a confiança na presidente também
cresceu e registra 52% ante aos 45% de julho; boa notícia também ao restante
da gestão: expectativa subiu 5 pontos percentuais entre os que consideram o
governo ótimo ou bom (39%).
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência
Brasil.
Brasília - O
percentual da população que aprova a maneira como a presidenta Dilma Rousseff
governa o país registrou um crescimento de nove pontos percentuais, ao passar
dos 45% registrados em julho para 54% em setembro. Em março, antes das
manifestações de junho, este índice chegou a seu ápice: 79%. Entre os que
desaprovam, o índice caiu de 49%, em julho, para 40% em setembro.
A confiança na presidenta também cresceu e registra
52% ante aos 45% de julho. O percentual dos que consideram seu governo ótimo ou
bom subiu de 31% em julho para 37% em setembro. Em março, este índice estava em
63%. É o que mostra a pesquisa CNI-Ibope, divulgada hoje (27) pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com a pesquisa, a expectativa com relação
ao restante da gestão subiu 5 pontos percentuais entre os que consideram o
governo ótimo ou bom (39%). Para 33%, a gestão é regular. Os que têm
expectativas negativas (ruim ou péssimo) caiu de 31% em julho para 23% em
setembro. Em março, 65% consideravam ótima ou boa a expectativa com o governo.
A pesquisa foi feita com 2.002 pessoas em 142
municípios, entre os dias 14 e 17 de setembro. Edição: Talita Cavalcante.
Quase 20 anos depois, o Estado é condenado a pagar erro do Governo Zeagripino

Por Fernando Mineiro.
Em 1994, o então Governador José Agripino (à época
do PFL, depois de ter sido da Arena, PDS e hoje DEM) impôs grandes perdas
salariais aos servidores estaduais. Através da Lei Estadual nº. 6.612/94, Jajá
fez “a conversão da remuneração dos servidores do Estado em Unidade Real de
Valor”, desrespeitando a Lei Federal nº 8.880/94 que criou o Plano Real e a URV
(Unidade Real de Valor).
Os servidores acionaram a justiça e ontem, quase 20
anos depois (deve ser por isso o ditado "a justiça
tarrrrrrrda....."), o STF condenou o Estado a pagar o que deve aos mesmos.
A conta é bilionária e praticamente impagável! Na verdade, justo seria se a
conta fosse paga pelo, hoje, nacionalmente falante e estadualmente calado,
senador Zeagripino.
Uma coincidência é que a decisão do STF foi tomada
no dia em que a governadora Rosalba anunciou o atraso do pagamento de
servidores.
Passados quase 20 vinte anos, o RN, e em especial
os servidores públicos, sofre de novo com o jeito DEM de governar. E a conta é
sempre paga pelas gerações futuras.
Que estas e outras dos que estão aí há décadas
massacrando o nosso povo sirvam de lição e alerta na hora da escolha dos
futuros governantes do nosso estado. A maldição da mesmice precisa ter um fim.
PS - Outra coincidência: o principal responsável
pela propaganda do mundo cor de rosa da #desastRosagestão do DEM,
nos dias de hoje, carrega o DNA de quem fez a famosa e também milionária
campanha do Ganhe Já, que pintou a propaganda governamental da cor laranja no
1º quadriênio dos anos 90. Em muitos aspectos o nosso Rio Grande do Norte é
muito pequeno!
Fátima foi a única Potiguar homenageada no Prêmio Congresso em Foco
Tapete vermelho para os parlamentares que, na avaliação da sociedade,
melhor representam a população no Legislativo. Em noite de festa foi realizada,
agora a pouco, no Unique Palace, em Brasília, a premiação da oitava edição do
Prêmio Congresso em Foco. A deputada federal Fátima Bezerra (PT) foi a única
Potiguar homenageada na solenidade. Votação que elegeu os melhores
parlamentares foi realizada pela internet entre 9 de julho e 9 de setembro de
2013.
Na votação, a deputada Fátima concorreu ao prêmio na categoria “Destaque
na Defesa da Educação”. Além disso, dos 513 deputados que compõem a Câmara
Federal, Fátima ficou na lista dos 40 mais bem avaliados.
"Quero inicialmente agradecer os jornalistas e internautas que
votaram no meu nome, a bancada do PT, meu partido e a minha equipe pelo empenho
e trabalho coletivo. Agradeço também os movimentos sociais, parceiros na
ousadia por manter acesa a esperança e o compromisso em prol da educação
pública. Recebo essa homenagem reafirmando meu compromisso de honrar cada voto
recebido e de incentivo para me esforçar mais ainda na luta em defesa da
educação do nosso Rio Grande do Norte e do nosso Brasil”, agradeceu a deputada.
Criado em 2006, o Prêmio Congresso em Foco tem como objetivo estimular a
sociedade a acompanhar de perto o desempenho dos congressistas e combater o
mito de que todos os políticos são iguais, reconhecendo e valorizando aqueles
que se destacam, de maneira positiva, no exercício do mandato.
A edição deste ano éfoi composta por duas categorias gerais (melhores
deputados e melhores senadores) e oito especiais. São elas: Parlamentares de
Futuro (deputados e senadores com menos de 45 anos), Destaque na Defesa da
Democracia, Destaque na Defesa dos Consumidores, Destaque na Defesa do
Desenvolvimento Econômico, Destaque na Defesa da Seguridade Social e dos
Servidores Públicos, Destaque na Defesa da Educação, Destaque na Defesa da
Gestão Pública e Destaque no Combate ao Crime Organizado (categorias especiais).
MUJICA DETONOU ORDEM INTERNACIONAL NA ONU
Em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, presidente do Uruguai continuou o puxão de orelha dado por Dilma Rousseff, mas em tom mais agressivo: “As instituições mundiais, particularmente hoje, vegetam à sombra consentida das dissidências das grandes nações que, obviamente, querem reter sua cota de poder”; ele não poupou a globalização e nem a China .
DCM - Dilma Rousseff puxou o orelhão de Obama. Pepe Mujica deu um soco no estômago do mundo inteiro.
Ela levantou a bola, ele cortou.
Se o discurso de Dilma foi considerado áspero,
contundente ou agressivo por jornais de vários países, o do presidente do
Uruguai foi demolidor de toda a ordem internacional vigente.
Foi pedra pra todo lado, sobrou pra todo mundo. Não
chegou a propor o socialismo global, mas deixou implícito.
Para mau entendedor, nenhuma palavra basta.
Só poupou os pobres. Poupou não, defendeu. Como
raramente se vê na ONU, além das declarações para as câmeras e dos releases
para os jornais. Não por acaso, o próprio release da ONU descreve o discurso
com um desdém digno de um mero papo cabeça de maconheiro. Ban Ki-Moon
reconheceu e agradeceu a intensa presença dos soldados uruguaios nas forças
internacionais de paz. E chega.
Por diversas vezes Mujica aludiu ao pequeno tamanho
do Uruguai. Isso pode se tornar um problema para os uruguaios, na medida em que
país vai se tornando, cada vez mais, a pátria dos 99%.
Não vai caber todo mundo que começa a sonhar em
viver num país onde o presidente não veste gravata e sonha com o mesmo mundo
que todos sonhamos.
Todos menos os restantes 1%, que tudo vêem, ouvem e
controlam, sem sequer admitir pitos.
Se fosse brasileiro, Pepe seria Zé. Pois, no fundo,
ele é importante por ser exatamente isso: o Zézinho, nosso vizinho, um cara que
a gente conhece e gosta, que vive como nós e entende o que a gente sente.
“Sou do sul, venho do sul. Moro ali na esquina do
Atlântico com o Prata”.
Foi assim que o Zé puxou o papo na ONU. Poderia ser
da avenida Atlântica com a rua da Prata, mas da zona norte.
Prosseguiu lembrando o dia que o time dele venceu o
nosso numa final de Copa no Maracanã.
“Quase 50 anos recordando o Maracanã, nossa façanha
esportiva. Hoje, ressurgimos no mundo globalizado, talvez aprendendo de nossa
dor”.
E que, como nós, também amava os Beatles e os
Rolling Stones.
“Minha história pessoal, a de um rapaz — por que,
uma vez, fui um rapaz — que, como outros, quis mudar seu tempo, seu mundo, o
sonho de uma sociedade libertária e sem classes.”
É ou não é nosso vizinho da esquina?
E, daí pra frente, o Zé não deixou pedra sobre
pedra.
“Carrego as culturas originais esmagadas, com os
restos de colonialismo nas Malvinas, com bloqueios inúteis a este jacaré sob o
sol do Caribe que se chama Cuba.”
Cortou a bola levantada pela vizinha Dilma, da rua
de cima…
“Carrego as consequências da vigilância eletrônica,
que não faz outra coisa que não despertar desconfiança. Desconfiança que nos
envenena inutilmente. Carrego uma gigantesca dívida social, com a necessidade
de defender a Amazônia, os mares, nossos grandes rios na América.”
Prometeu uma força pra galera da rua Colômbia, não
aquela dos Jardins.
“Carrego o
dever de lutar por pátria para todos…
Para que a
Colômbia possa encontrar o caminho da paz…”
“O combate à economia suja, ao narcotráfico, ao
roubo, à fraude e à corrupção, pragas contemporâneas, procriadas por esse
antivalor, esse que sustenta que somos felizes se enriquecemos, seja como seja.
Sacrificamos os velhos deuses imateriais. Ocupamos o templo com o deus mercado,
que nos organiza a economia, a política, os hábitos, a vida e até nos financia
em parcelas e cartões a aparência de felicidade.”
E botou toda a vizinhança na roda.
“Nossa civilização montou um desafio mentiroso e,
assim como vamos, não é possível satisfazer esse sentido de esbanjamento que se
deu à vida. Isso se massifica como uma cultura de nossa época, sempre dirigida pela
acumulação e pelo mercado.”
Mandou um recado para os donos do bairro.
“Arrasamos a selva, as selvas verdadeiras, e
implantamos selvas anônimas de cimento. Enfrentamos o sedentarismo com
esteiras, a insônia com comprimidos, a solidão com eletrônicos, porque somos
felizes longe da convivência humana.”
E para os donos do circo.
“Talvez nosso mundo necessite menos de organismos
mundiais, desses que organizam fóruns e conferências, que servem muito às
cadeias hoteleiras e às companhias aéreas e, no melhor dos casos, não reúne
ninguém e transforma em decisões…”
Para o general da banda também.
“Ouçam bem, queridos amigos: em cada minuto no
mundo se gastam US$ 2 milhões em ações militares nesta terra. Dois milhões de
dólares por minuto em inteligência militar!! Em investigação médica, de todas
as enfermidades que avançaram enormemente, cuja cura dá às pessoas uns anos a
mais de vida, a investigação cobre apenas a quinta parte da investigação
militar.”
E bota o dedo na ferida.
“As
instituições mundiais, particularmente hoje, vegetam à sombra consentida das
dissidências das grandes nações que, obviamente, querem reter sua cota de
poder.
Bloqueiam
esta ONU que foi criada com uma esperança e como um sonho de paz para a
humanidade. Mas, pior ainda, da democracia no sentido planetário, porque não
somos iguais. Não podemos ser iguais nesse mundo onde há mais fortes e mais
fracos. Portanto, é uma democracia ferida e está cerceando a história de um
possível acordo mundial de paz, militante, combativo e verdadeiramente
existente. E, então, remendamos doenças ali onde há eclosão, tudo como agrada a
algumas das grandes potências. Os demais olham de longe. Não existimos.”
Não poupou a globalização, nem a China.
“Paralelamente, devemos entender que os indigentes
do mundo não são da África ou da América Latina, mas da humanidade toda, e esta
deve, como tal, globalizada, empenhar-se em seu desenvolvimento, para que
possam viver com decência de maneira autônoma. Os recursos necessários existem,
estão neste depredador esbanjamento de nossa civilização.
Há pouco tempo, na Califórnia, o corpo de bombeiros
festejou uma lâmpada elétrica que está acesa há cem anos! Cem anos acesa,
amigos!! Quantos milhões de dólares nos tiraram dos bolsos fazendo
deliberadamente porcarias para que as pessoas comprem, comprem, comprem e
comprem?”
A solução? Incorporar a ciência à política.
“Há mais de 20 anos que discutimos a humilde taxa
Tobin. Impossível aplicá-la no tocante ao planeta. Todos os bancos do poder
financeiro se irrompem feridos em sua propriedade privada e sei lá quantas
coisas mais. Mas isso é paradoxal. Mas, com talento, com trabalho coletivo, com
ciência, o homem, passo a passo, é capaz de transformar o deserto em verde.
O homem pode levar a agricultura ao mar. O homem
pode criar vegetais que vivam na água salgada. A força da humanidade se
concentra no essencial. É incomensurável. Ali estão as mais portentosas fontes
de energia. O que sabemos da fotossíntese? Quase nada. A energia no mundo
sobra, se trabalharmos para usá-la bem. É possível arrancar tranquilamente toda
a indigência do planeta. É possível criar estabilidade e será possível para as
gerações vindouras, se conseguirem raciocinar como espécie e não só como
indivíduos, levar a vida à galáxia e seguir com esse sonho conquistador que
carregamos em nossa genética.”
E nós com isso?
“Mas, para que todos esses sonhos sejam possíveis,
precisamos governar a nos mesmos, ou sucumbiremos porque não somos capazes de
estar à altura da civilização que, de fato, nós criamos.
Este é nosso dilema. Não nos entretenhamos apenas
remendando consequências. Pensemos nas causas profundas, na civilização do
desperdício, na civilização do usar e jogar fora, que despreza tempo mal gasto
de vida humana, esbanjando coisas inúteis. Pensem que a vida humana é um
milagre. Que estamos vivos por um milagre e nada vale mais que a vida. E que
nosso dever biológico, acima de todas as coisas, é respeitar a vida e
impulsioná-la, cuidá-la, procriá-la e entender que a espécie somos nós.”
O discurso integral de Mujica pode ser
visto e lido aqui.
QUEM SERÁ O PALHAÇO NESSA HISTÓRIA, OS PROFESSORES DE ACARI NÃO SÃO. ACARI NÃO ELEGEM MAIS ESSE VEREADOR!
Destaque no Blog do Artur Santos: Na sessão realizada na terça-feira
(24),na Câmara de Acari, o vereador Wellington Júnior (Guelão) do PMDB tachou
os professores de “Palhaços”.
Tudo isso se deu porque na última sexta-feira
(20), um grupo de professores do município foi até a prefeitura de Acari a fim
de tratar de alguns assuntos, entre eles os salários atrasados deixados pela gestão
anterior.
“Os professores que foram sexta para a prefeitura são um bando de
palhaços! E os que fundaram o sindicato, são um bando de desocupados”,disse o
vereador em suas palavras. Ele completou a sua explanação dizendo.
'' Não estou falando dos que foram, não são todos”.
Depois pelo Facebook o parlamentar tentou justificar sua atitude. Ele
reconheceu ter chamado de “palhaços” alguns dos profissionais, mas disse
que não quis generalizar.
CONFIRA
Dilma no RN dia 2 de outubro
Presidenta vai inaugurar três unidades do IFRN e entregar os diplomas de 4 mil formandos do Pronatec. Assecom/Presidência da República.
Em vez do dia 1º de outubro (terça-feira), ela virá no dia 2,
quarta-feira. A informação é da deputada federal Fátima Bezerra após
comunicação do Palácio do Planalto.
Dilma vai inaugurar três unidades do IFRN - Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia - nos municípios de Ceará-Mirim, São Paulo do
Potengi e Canguaretama. A solenidade pode acontecer no campus do IFRN em Natal,
na Avenida Salgado Filho, ou na sede do IFRN em Ceará-Mirim.
A presidenta Dilma também vai entregar os diplomas de 4 mil formandos
do Pronatec - Programa de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
CHORA PIG... "IBOPE" DILMA ABRE 22 PONTOS
No cenário que tem Aécio Neves como candidato do
PSDB, Dilma cresceu de 30% para 38% nos dois últimos meses; ao mesmo tempo,
Marina caiu de 22% para 16%. Aécio oscilou de 13% para 11%, enquanto Eduardo
Campos (PSB) foi de 5% para 4%; no cenário com Serra (12%), mudanças são
pequenas; Dilma tem mais intenções de voto do que soma de adversários, o que
pode lhe dar vitória em primeiro turno.
Via 247 – Pesquisa Ibope/Estadão
divulgada na noite desta quinta-feira (26) mostra que a presidente Dilma
Rousseff (PT) abriu 22 pontos sobre a segunda colocada, Marina Silva (sem
partido), na corrida presidencial. Em julho, a diferença entre elas era de apenas
oito pontos, após queda vertiginosa da petista, em decorrência dos protestos
que aconteceram em todo o país no mês anterior.A partir de então, a presidente
cresceu em ambos os cenários de primeiro turno estimulados pelo Ibope, enquanto
Marina perdeu seis pontos, se distanciando de Dilma e ficando mais ameaçada
pelos outros candidatos.
No cenário que tem Aécio Neves (o mais provável)
como candidato do PSDB, Dilma cresceu de 30% para 38% nos dois últimos meses.
Ao mesmo tempo, Marina caiu de 22% para 16%. O tucano oscilou de 13% para 11%,
enquanto Eduardo Campos (PSB) foi de 5% para 4%. A taxa de eleitores sem
candidato continua alta: 31% (dos quais, 15% dizem que votarão em branco ou
anularão, e 16% não sabem responder).
O cenário com José Serra como candidato do PSDB não
tem diferenças relevantes: Dilma tem 37%, contra 16% de Marina, 12% de Serra e
4% de Campos. Nessa hipótese, 30% não têm candidato: 14% de branco e nulo, e
16% de não sabe. Não há cenário idêntico a esse em pesquisa anterior do Ibope
para comparar.
VITÓRIA EM PRIMEIRO
TURNO
Nos dois cenários, Dilma tem intenção de voto
superior à soma de seus três adversários: 37% contra 32% (cenário Serra) e 38%
contra 31% (cenário Aécio). Isso indica chance de vitória no primeiro turno. No
entanto, destaca o Estadão, "convém lembrar que praticamente 1 em cada 3
eleitores não tem candidato e ainda falta um ano para a eleição".
SEGUNDO TURNO
Dilma se distanciou de Marina também na disputa
pelo segundo turno. A petista venceria a rival por 43% a 26%, se a eleição fosse
hoje. Em julho, logo depois dos protestos em massa que tomaram as ruas das
metrópoles, Dilma e Marina estavam tecnicamente empatadas: 35% a 34%,
respectivamente.
Segundo as simulações do Ibope, tanto faz se o
candidato do PSDB for Aécio ou Serra. Se a eleição fosse hoje, a presidente
venceria ambos por 45% a 21% num segundo turno. Contra Eduardo Campos, a
vitória seria mais fácil: 46% a 14%.
O Ibope fez a pesquisa entre os dias 12 e 16 de
setembro, em todas as regiões o Brasil. Foram entrevistados 2.002 eleitores,
face a face. A margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais, para mais ou
para menos, num intervalo de confiança de 95%.
PLENO EMPREGO NO BRASIL: TAXA CAI PARA 5,3%
IBGE acaba de divulgar a taxa de desemprego em
agosto: 5,3%, num dos menores níveis da série histórica; analistas de mercado
previam que a desocupação seria mantida nos mesmos níveis de julho (5,6%);
volta das contratações sinaliza retomada da confiança empresarial e dos
investimentos; renda do trabalhador também cresceu; boas notícias para a
presidente Dilma.
Via 247 - O IBGE acaba de divulgar uma grande notícia
para a presidente Dilma Rousseff: o nível de desemprego caiu de 5,6%, em julho,
para 5,3%, em agosto, num resultado melhor do que era esperado por analistas de
mercado. Ontem, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson
Andrade, já apontava uma melhora da confiança empresarial (leia aqui).
Abaixo as notícias da Agência Brasil:
Desemprego em agosto cai para 5,3%,
segundo Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A taxa de desemprego caiu para 5,3% em agosto
deste ano, depois de ficar em 5,6% em julho. Em relação a agosto de 2012, no
entanto, a taxa manteve-se estável. O dado foi divulgado hoje (26) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua Pesquisa Mensal
de Emprego (PME).
Segundo
o IBGE, a população desocupada caiu 6% em relação a julho, alcançando 1,3
milhão de pessoas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas. Já a população
ocupada manteve-se estável em 23,2 milhões de pessoas, o que mostra que não
houve aumento na geração de postos de trabalho entre os dois meses. Em relação
a agosto de 2012, no entanto, foram criados 273 mil empregos.
O
número de trabalhadores com carteira assinada ficou em 11,7 milhões, o mesmo de
julho, e 3,1% maior do que agosto do ano passado.
Rendimento real do trabalhador cresce 1,7% entre
julho e agosto, diz IBGE.
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O rendimento médio real habitual do
trabalhador cresceu 1,7% em agosto deste ano na comparação com julho, chegando
a R$ 1.883. O valor também é superior, em 1,3%, ao observado em agosto do ano
passado. O dado é da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada hoje (26) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O
maior crescimento nos rendimentos, em relação a julho, foi observado na área de
construção (3,7%), seguido por serviços prestados a empresa, aluguéis,
atividades imobiliárias e intermediação financeira (2,7%) e educação, saúde,
serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (2,3%).
Foram observadas quedas nos setores de serviços domésticos (-1,4%) e comércio
(-0,2%).
Entre
as categorias de trabalho, o maior aumento foi percebido nas pessoas que
trabalham por conta própria (2%), seguido por empregados sem carteira no setor
privado (1,5%), empregados com carteira no setor privado (1,3%) e funcionários
públicos e militares (0,7%).
A
massa de rendimento real habitual dos ocupados chegou a R$ 44,2 bilhões, uma
alta de 2,3% em relação a julho e de 2,7% na comparação com agosto do ano
passado.
Abaixo, a notícia da Reuters sobre a
queda no desemprego:
RIO DE JANEIRO, 26 Set (Reuters) - A taxa de desemprego brasileira
caiu para 5,3 por cento em agosto, ante 5,6 por cento em julho, melhor resultado
desde dezembro (4,6%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana das
previsões de 24 analistas consultados, a taxa permaneceria em 5,6 por cento. As
estimativas variaram entre 5,5 e 5,8 por cento.
(Por Rodrigo Viga Gaier; Texto de
Camila Moreira; Edição de Alexandre Caverni).
SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DE NOVOS FILIADOS E FILIADAS

A Câmara de Recursos do Diretório Nacional entendeu
que os novos filiados e filiadas podem apresentar recurso ao Diretório
Nacional, que será analisado conforme determinados critérios.
A Câmara de Recursos do Diretório Nacional,
entendeu que os novos filiados e filiadas que tiveram seu nome lançado no
Sisfil no dia 30 de agosto e não receberam seu boleto para pagamento das
contribuição semestral, podem apresentar recurso ao Diretório Nacional, que será
analisado conforme os seguintes critérios:
• o pedido deve ser enviado individualmente pelo
filiado ou filiada através do seu e-mail pessoal até as 18:30 do dia 26/09/2013
para o endereço eletrônico boletos3008@pt.org.br
• somente serão considerados os pedidos de novos
filiados ou filiadas que tiveram a sua participação registrada através do
Sisfil no dia 30/08.
• somente serão analisados os pedidos em que o nome
completo do filiado ou filiada, o Estado e o Município de filiação estiverem
corretamente informados.
(Secretaria Nacional de Organização do PT).
DECANO CONDENA VEJA: MÍDIA QUIS "SUBJUGAR" O JUIZ
Uma semana depois de garantir aos réus da Ação
Penal 470 o direito aos embargos infringentes, o juiz Celso de Mello, do
Supremo Tribunal Federal, protesta contra a postura de alguns meios de
comunicação, especialmente de Veja, que ameaçou cruficificá-lo caso divergisse
da revista; "nunca a mídia foi tão ostensiva para subjugar um juiz",
disse ele à jornalista Mônica Bergamo e a um jornal de Tatuí (SP), sua cidade
natal; esse tipo de chantagem, diz ele, é "inaceitável", porque
coloca em risco "liberdades individuais" garantidas pela
Constituição; tiro disparado da Marginal Pinheiros contra o decano saiu pela
culatra.
Via 247 - O juiz Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal,
continua com um assunto entalado na garganta: a chantagem exercida por alguns
meios de comunicação – especialmente a revista Veja – em relação ao julgamento
da Ação Penal 470.
De acordo com o decano, "nunca a mídia
foi tão ostensiva para subjugar um juiz". No fim de semana que antecedeu a
votação decisiva sobre os embargos infringentes, a revista Veja, da Editora
Abril, produziu uma capa em que ameaçou crucificar o ministro Celso de Mello,
caso ele não votasse em linha com os interesses da revista da família Civita
(leia mais aqui).
O tiro disparado da Marginal Pinheiros,
sede da Abril, em São Paulo, contra o STF, no entanto, saiu pela
culatra. "Essa tentativa de subjugação midiática da consciência
crítica do juiz mostra-se extremamente grave e por isso mesmo insólita",
disse ele à jornalista Mônica Bergamo, da Folha, numa entrevista que também foi
reproduzida pelo jornal Integração, de Tatuí (SP), sua cidade natal (leia a entrevista a Mônica Bergamo aqui).
"Há alguns que ainda insistem em dizer
que não fui exposto a uma brutal pressão midiática. Basta ler, no entanto, os
artigos e editoriais publicados em diversos meios de comunicação social (os
'mass media') para se concluir diversamente! É de registrar-se que essa
pressão, além de inadequada e insólita, resultou absolutamente inútil",
afirmou ele, que também falou à própria Folha para confirmar o teor da
entrevista.
"Eu imaginava que isso [pressão da mídia
para que votasse contra o pedido dos réus] pudesse ocorrer e não me senti
pressionado. Mas foi insólito esse comportamento. Nada impede que você critique
ou expresse o seu pensamento. O que não tem sentido é pressionar o
juiz." "Foi algo incomum", segue. "Eu honestamente, em
45 anos de atuação na área jurídica, como membro do Ministério Público e juiz
do STF, nunca presenciei um comportamento tão ostensivo dos meios de
comunicação sociais buscando, na verdade, pressionar e virtualmente subjugar a
consciência de um juiz."
Segundo o decano, a postura de alguns meios de
comunicação colocou em risco a própria democracia e a preservação de direitos
individuais. "Essa tentativa de subjugação midiática da consciência
crítica do juiz mostra-se extremamente grave e por isso mesmo insólita",
afirma. "É muito perigoso qualquer ensaio que busque subjugar o
magistrado, sob pena de frustração das liberdades fundamentais reconhecidas
pela Constituição. É inaceitável, parta de onde partir. Sem magistrados
independentes jamais haverá cidadãos livres."
O ministro também afirmou que esse tema
desperta cada vez maior discussão. "É uma discussão que tem merecido
atenção e reflexão no âmbito acadêmico e no plano do direito brasileiro",
disse ele. "É preciso conciliar essas grandes liberdades
fundamentais, ou seja, o direito à informação e o direito a um julgamento
isento."
SEMPRE ELA , FÁTIMA NA LUTA PELA APROVAÇÃO JÁ DA REGULAMENTAÇÃO DO PISO DOS ACE E ACS
A deputada federal Fátima Bezerra (PT/RN) participou
nesta quarta-feira (25), do II Fórum Nacional sobre o Piso Salarial e Plano de
Carreira dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Saúde e Endemias,
realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília.
No encontro, Fátima falou da
importância da mobilização e da união da categoria pela aprovação do Projeto de
Lei 7495 de 2006, que regulamenta o piso dos Agentes Comunitários de Saúde
(ACS) e de Combates às Endemias (ACE). “O momento é de união, fé e esperança.
Quero aqui, mais uma vez, manifestar meu apoio e esperança de que está chegando
a hora de ver a aprovação desta importante matéria para iniciarmos uma política
pública de valorização e respeito aos agentes Comunitários de Saúde e Agentes
de Saúde e Endemia”, disse.
APOIO. PARA MP, DESTAQUE DEVERÁ CASTRAR OS GATOS DE RUA COMO COMPENSAÇÃO POR DANOS DO CARNATAL.

Os 22 anos de realização do Carnatal, maior
micareta do Brasil, causaram diversos danos ambientais na visão da Promotora de
Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Rossana Sudário.
Segundo ela, é
necessário que a degradação ambiental causada em detrimento do evento seja, de
alguma maneira, recompensada. Sem apresentar um valor liquidado a cerca dos
danos causados, a promotora vem tentando discutir com a empresa responsável
pelo evento, a Destaque Promoções, um meio de conciliação. Para ela, uma das
formas da empresa compensar os danos seria contribuindo com a castração de
gatos de rua.
Apesar de soar estranho, a proposta levantada pela Promotora do Meio Ambiente
visa garantir que os prejuízos causados possam ser compensados em algum
benefício para a população. De acordo com ela, um dos maiores problemas da
promotoria e de órgãos públicos relacionais à saúde e meio ambiente se dá na
extinção dos gatos de rua, transmissores de doenças.
“A minha proposta é de conciliação. São muitos anos do evento que geram
conseqüências ao meio ambiente. Como não se trata de um processo, não tenho
como mensurar o valor desse prejuízo, mas posso sugerir uma compensação. E é
isso que estou tentando negociar”, afirmou a promotora. “Nós temos muita
dificuldade em resolver os problemas dos animais. Acredito que essa seja uma
ótima maneira da Destaque compensar os prejuízos”, destacou.
O município de Natal não possui hospital público
para animais. Sob esse argumento, a promotora Rossana Sudário propôs que a
empresa venha a ceder uma de suas propriedades para construção de um hospital.
Essa proposta foi apresentada durante audiência de conciliação realizada na
manhã de hoje, no Ministério Público. “O representante da Destaque alegou que
está passando por crise financeira, mas sabemos que eles têm propriedades que
podem nos ajudar. Porém, nada ficou definido”, disse Rossana.
Outra
audiência de conciliação entre a promotora e a Destaque Promoções foi agendada
para o dia 22 de outubro, oportunidade em que a empresa deverá apresentar uma
contraproposta. “A Destaque quer contribuir, mas também não reconhece que deve
algo. Essa proposta foi um tanto inesperada para nós, mas ainda iremos avaliar
melhor. Veremos o que poderá ser apresentado na próxima audiência”, declarou
Francisco Canindé Alves, advogado da Destaque. Via JH
Motivos banais para ser feliz

Edival
Lourenço, RevistaBula.
“O
senso comum, os livros de auto-ajuda, a maioria das ciências sociais, como a
política e a psicologia, e até mesmo as religiões sustentam que o bicho humano
tem vocação para ser feliz. Talvez seja essa uma das superstições mais bem
disseminadas e sem contestação nos dias de hoje.
Na
verdade é muito cômodo, simpático e agradável concordar e agir como se todos
nós fôssemos dotados do temperamento de ser feliz. Além de que a crença de que
podemos alcançar um estado de felicidade na vida nos impulsiona a todos e
sustenta a grande indústria do mundo, nos seus aspectos mais vorazes de
produção e consumo.
Mas,
definitivamente, não somos capazes de nos apropriar da melhoria que o progresso
nos proporciona para desfrutar de um estado de alma mais feliz. O que o
progresso nos fomenta é apenas um estado de excitação. O que pode até ser
viciador. Mas não é propriamente a felicidade a que todos almejamos. O
progresso ocorrido de uma geração para outra não é visto nem apropriado pelos
usuários mais novos como um motivo de contentamento. O mais comum é que ocorra
uma sensação de que a vida poderia ser melhor do que realmente é. Ou que a
melhoria poderia ter sido maior do que a ocorrida.
Peguemos
alguns motivos triviais que nos poderiam fazer felizes. Num país de urbanização
retardatária, recentíssima e atabalhoada como o nosso, é muito comum encontrar
pessoas cujos pais viveram no campo e até mesmo alguns que ocupam posições de
destaque social que passaram a infância na roça e só na idade escolar se
mudaram para a cidade.
A
vida no campo era de uma precariedade franciscana. As pessoas moravam em casas
insalubres e desconfortáveis, com piso de chão, sem energia elétrica, sem
banheiro, sem água encanada. Sem médicos, sem remédios, sem escolas, sem
estradas. Para falar com alguém ausente era preciso mandar recados que
demoravam a chegar ou chegavam distorcidos, ou não chegavam nunca. As mulheres
buscavam água na fonte para beber. Levavam os talheres para lavar na bica,
passando normalmente por despenhadeiros. Levavam trouxas de roupa na cabeça
para lavar no rio, sujeitas a ataques de mosquitos, abelhas, répteis
peçonhentos, jacarés, sucuris e até onças famintas. Os homens iam para o
roçado, de sol a sol, todos os dias, no trabalho duro e sem fim. Comiam mal,
bebiam água morna de cabaça, sem tratamento. O Banho era de água fria, no rio,
na bica ou de cuia. Tinham que produzir quase tudo o que precisassem. Da roupa
ao remédio, da alimentação ao lazer. Para parte da população, nas regiões
periféricas das cidades, o acesso ao saneamento básico continua precário, e
pertence ao mundo dos sonhos e da utopia.
No
entanto, grande parte dessas pessoas já alcançou um padrão de vida em que elas
têm à mão uma gama de produtos e serviços colossal. Isso há pouco tempo soaria
como um milagre. Você apenas torce uma torneira e jorra água dentro de casa, em
vários pontos pré-estabelecidos, sem alagar o ambiente. Joga as roupas numa
centrífuga e em minutos estarão lavadas e secas. Faz suas necessidades
fisiológicas em bacias de louça e manda os dejetos embora para um reservatório
bem longe, que você nem sabe onde fica, com apenas o aperto de um botão,
deixando sua casa sem mau cheiro. Toma banho de água morna ou um copo de água
gelada, na hora que quiser, sem ter que carregar latas incômodas na cabeça, por
ladeiras e grotões. Não precisa carpir a terá para ter seu alimento ou sua
bebida de preferência, na temperatura que quiser. Não precisa pilar o arroz,
nem caçar para ter carne, nem matar a vaca com as próprias mãos. Não precisa
mandar recados tortuosos para ninguém. Você fala com alguém, como estou falando
agora com meu filho e vendo seu rosto e mostrando o meu. E ele está em
Zhu-zhou, do outro lado do mundo, no interior da China. Tudo isso
instantaneamente.
Agora
o que é mais incrível! Aposto todas as minhas fichas que quem desfruta desses
benefícios da vida moderna não se sente nem um triz mais felizardo do que seu
ancestral que carregou lata d’água da cabeça para matar a sede. Que fez cocô no
mato, entre mosquitos e porcos. Que dormiu em cama de taquaras, entre pulgas e
barbeiros. Hoje a gente se azucrina com os políticos desonestos, com a internet
que às vezes não nos dá a instantaneidade total, com o médico que nos deixa
esperando na fila, com o trânsito congestionado, com os amigos do alheio e a
polícia impotente, com a escola deficiente y otras cositas mas.
Não
estamos nem aí para as melhorias que conquistamos. Já as mazelas que nos
atingem são percebidas com as piores de todos os tempos. E nos julgamos pessoas
muito infelizes, mas com potencial para ser feliz um dia. Quando as mazelas
forem erradicadas de nossas vidas.” Edival Lourenço, RevistaBula
“O senso comum, os livros de auto-ajuda, a maioria
das ciências sociais, como a política e a psicologia, e até mesmo as religiões
sustentam que o bicho humano tem vocação para ser feliz. Talvez seja essa uma
das superstições mais bem disseminadas e sem contestação nos dias de hoje.
Na verdade é muito cômodo, simpático e agradável
concordar e agir como se todos nós fôssemos dotados do temperamento de ser
feliz. Além de que a crença de que podemos alcançar um estado de felicidade na
vida nos impulsiona a todos e sustenta a grande indústria do mundo, nos seus
aspectos mais vorazes de produção e consumo.
Mas, definitivamente, não somos capazes de nos
apropriar da melhoria que o progresso nos proporciona para desfrutar de um
estado de alma mais feliz. O que o progresso nos fomenta é apenas um estado de
excitação. O que pode até ser viciador. Mas não é propriamente a felicidade a
que todos almejamos. O progresso ocorrido de uma geração para outra não é visto
nem apropriado pelos usuários mais novos como um motivo de contentamento. O
mais comum é que ocorra uma sensação de que a vida poderia ser melhor do que
realmente é. Ou que a melhoria poderia ter sido maior do que a ocorrida.
Peguemos alguns motivos triviais que
nos poderiam fazer felizes. Num país de urbanização retardatária, recentíssima
e atabalhoada como o nosso, é muito comum encontrar pessoas cujos pais viveram
no campo e até mesmo alguns que ocupam posições de destaque social que passaram
a infância na roça e só na idade escolar se mudaram para a cidade.
A vida no campo era de uma precariedade
franciscana. As pessoas moravam emcasas insalubres e desconfortáveis, com
piso de chão, sem energia elétrica, sem banheiro, sem água encanada. Sem
médicos, sem remédios, sem escolas, sem estradas. Para falar com alguém ausente
era preciso mandar recados que demoravam a chegar ou chegavam distorcidos, ou não
chegavam nunca. As mulheres buscavam água na fonte para beber. Levavam os
talheres para lavar na bica, passando normalmente por despenhadeiros. Levavam
trouxas de roupa na cabeça para lavar no rio, sujeitas a ataques de mosquitos,
abelhas, répteis peçonhentos, jacarés, sucuris e até onças famintas. Os homens
iam para o roçado, de sol a sol, todos os dias, no trabalho duro e sem fim.
Comiam mal, bebiam água morna de cabaça, sem tratamento. O Banho era de água
fria, no rio, na bica ou de cuia. Tinham que produzir quase tudo o que
precisassem. Da roupa ao remédio, da alimentação ao lazer. Para parte da
população, nas regiões periféricas das cidades, o acesso ao saneamento básico
continua precário, e pertence ao mundo dos sonhos e da utopia.
No entanto, grande parte dessas pessoas já alcançou
um padrão de vida em que elas têm à mão uma gama de produtos e serviços
colossal. Isso há pouco tempo soaria como um milagre. Você apenas torce uma
torneira e jorra água dentro de casa, em vários pontos pré-estabelecidos,
sem alagar o ambiente. Joga as roupas numa centrífuga e em minutos estarão
lavadas e secas. Faz suas necessidades fisiológicas em bacias de louça e manda
os dejetos embora para um reservatório bem longe, que você nem sabe onde fica,
com apenas o aperto de um botão, deixando sua casa sem mau cheiro. Toma banho
de água morna ou um copo de água gelada, na hora que quiser, sem ter que
carregar latas incômodas na cabeça, por ladeiras e grotões. Não precisa carpir
a terá para ter seu alimento ou sua bebida de preferência, na temperatura que
quiser. Não precisa pilar o arroz, nem caçar para ter carne, nem matar a vaca
com as próprias mãos. Não precisa mandar recados tortuosos para ninguém. Você
fala com alguém, como estou falando agora com meu filho e vendo seu rosto e
mostrando o meu. E ele está em Zhu-zhou, do outro lado do mundo, no interior da
China. Tudo isso instantaneamente.
Agora o que é mais incrível! Aposto todas as minhas
fichas que quem desfruta desses benefícios da vida moderna não se sente nem um
triz mais felizardo do que seu ancestral que carregou lata d’água da cabeça
para matar a sede. Que fez cocô no mato, entre mosquitos e porcos. Que dormiu
em cama de taquaras, entre pulgas e barbeiros. Hoje a gente se azucrina com os
políticos desonestos, com a internet que às vezes não nos dá a instantaneidade
total, com o médico que nos deixa esperando na fila, com o trânsito
congestionado, com os amigos do alheio e a polícia impotente, com
a escola deficiente y otras cositas mas.
Não estamos nem aí para as melhorias que
conquistamos. Já as mazelas que nos atingem são percebidas com as piores de
todos os tempos. E nos julgamos pessoas muito infelizes, mas com potencial para
ser feliz um dia. Quando as mazelas forem erradicadas de nossas vidas.”
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