Por Fernando Mineiro*
No último dia 5 de outubro, a exatos 365 dias das eleições de 2014, os
movimentos feitos pelo governador de Pernambuco Eduardo Campos e pela
ex-senadora Marina Silva mexeram com as peças do tabuleiro da sucessão
presidencial. De cara, as três principais candidaturas de oposição à presidenta
Dilma foram reduzidas a duas: Aécio Neves e Eduardo Campos ou Aécio e Marina.
Não ficarei surpreso se o José Serra for alçado candidato do PSDB caso a
candidatura do Aécio não decole.
A aliança Marina-Campos é uma tentativa de quebrar duas décadas de
polarização entre PT e PSDB nas disputas das eleições presidenciais. Por isso
mesmo o discurso da terceira via fará sucesso nos próximos dias e terá lugar
assegurado nas avaliações dos cenários de 2014. Neste sentido e em um primeiro
momento, penso que quem mais perderá com a aliança entre a messiânica Marina e
o socialista Campos será a candidatura Aécio. Até porque, para se viabilizar, a
nova dupla socialista deverá radicalizar no discurso oposicionista com o
objetivo de conquistar a confiança dos setores antipetistas da sociedade. No
vale tudo, o que cair na rede antiDilma é peixe mesmo sendo ave.Se terá
sustentabilidade ou não, saberemos nos próximos meses.
Para fazer frente a este novo cenário pouco adianta listar a falta de
coerência de quem até ontem era governo e hoje está na oposição. Afinal, aos
olhos da grande maioria da sociedade, situação e oposição é condição de quem se
propôs ao exercício da política.
A conjuntura inaugurada com a aliança Campos-Marina exige também que se
vá além da defesa do muito já feito pelos governos Lula e Dilma. A disputa
central em 2014, mais do que comparar o que foi com o que está sendo, exigirá
de nós o anúncio do que virá.
Se antes eu achava, agora tenho certeza: 2014 será mesmo muito animado. *Deputado Estadual
pelo PT-RN.
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Marcos Imperial