Ministra Tereza Campello e o presidente do Ipea, Marcelo Neri, durante coletiva (Imagem: www.mds.gov.br) Estudo do Ipea mostra que cada real investido no
programa estimula um crescimento de R$ 1,78 no PIB e reverte em R$ 2,40 no
consumo final das famílias.
O
Bolsa Família é o programa de transferência de renda condicionada que consegue
o maior resultado, em termos de redução da pobreza e de retorno à economia, com
o menor custo para o governo segundo padrões internacionais. Cada real
investido no programa gera um retorno de R$ 1,78 para a economia e um efeito
multiplicador de R$ 2,40 sobre o consumo final das famílias. Os dados fazem
parte do estudo Efeitos macroeconômicos do Programa Bolsa Família - uma análise
comparativa das transferências sociais, do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), divulgados nesta terça-feira (15) pela ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e pelo presidente do
Ipea e ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República,
Marcelo Neri, em Brasília.
O
estudo comparou o programa Família a outras sete transferências públicas. Os
dados revelam que o impacto do Bolsa Família na redução das desigualdades é
369% maior em relação aos benefícios previdenciários em geral e 86% maior se
comparado ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é pago a idosos e
pessoas com deficiência. E tudo isso com o investimento de R$ 24 bilhões por
ano, que equivalem a apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Nos
seus dez anos de existência, o Bolsa Família reduziu em 28% a extrema pobreza
no Brasil.
“O
programa é o principal símbolo na busca da igualdade”, destacou Marcelo Neri.
“Sem ele, a pobreza subiria 36% no mesmo período e poderia ser maior por causa
do efeito multiplicador”, acrescentou Neri. De acordo com os dados
apresentados, entre 2002 e 2012, a proporção de brasileiros vivendo com menos
de R$ 70 – a preços de 2011, corrigidos pela inflação ao longo da série – caiu
de 8,8% para 3,6%. Sem a renda do Bolsa Família, a taxa de extrema pobreza em
2012 seria 4,9%.
A
ministra Tereza Campello alertou que o estudo do Ipea não contempla os
resultados de outras as ações do governo federal, como o Brasil Carinhoso,
lançado em maio de 2012, e o Plano Brasil Sem Miséria, que conseguiu retirar 22
milhões de pessoas da extrema pobreza em menos de dois anos. “Com o Brasil Sem
Miséria, expandimos, com aumento real de 55%, o valor do benefício recebido
pelas famílias”, afirmou a ministra. O estudo do Ipea integra um livro comemorativo
dos 10 anos do Bolsa Família, a ser lançado no final se outubro.
Prêmio
Durante
a coletiva de imprensa, Tereza Campello comemorou o anúncio de que o Bolsa
Família recebeu o I Prêmio por Desempenho Extraordinário em Seguridade Social
(Award for Outstanding Achievement in Social Security), concedido pela
Associação Internacional de Seguridade Social (em inglês, ISSA). Segundo a
ministra, a premiação reconhece ao sucesso no combate à pobreza e na promoção
dos direitos sociais da população mais vulnerável do Brasil. “Um prêmio fazendo
referência ao conjunto de êxitos do Bolsa Família é grato, porque mostra o
esforço do governo brasileiro em constituir uma rede de proteção social que
olha vários aspectos e encara a população pobre como merecedora de direitos”,
disse.
Tereza
Campello irá representar o Brasil na solenidade de entrega do prêmio, que
acontecerá durante o Fórum Mundial de Seguridade Social, entre 10 e 15 de
novembro, em Doha, no Qatar.
(Ascom/MDS)
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Marcos Imperial