Especialista em pedofilia diz que o perigo pode estar na casa de qualquer pessoa

Via Minuto.com

"O combate à pedofilia precisa começar em casa. O pedófilo está muito mais próximo do que a gente imagina. Muitos imaginam que ele está na casa do vizinho. Ele pode estar na casa da gente", me disse hoje (9) a Subtenente Tânia Mara Guerreira, da Polícia Militar do Paraná.

Tânia é a única policial militar do Brasil capacitada em pedofilia. Na próxima sexta-feira (11), ela vai participar do IV Encontro de Segurança Escolar e do II Fórum de Segurança Pública para Educadores, a convite do Proerd (Programa Educacional de Resistência as Drogas e à Violência) do Rio grande do Norte.

A palestra da Subtenente Tânia Guerreiro será proferida no auditório do Colégio Nossa Senhora das Neves, a partir das 14h. Hoje, durante entrevista ao Jornal 96, a militar me adiantou algumas coisas que serão ditas a pais, educadores e policiais militares. O tema é extremamente polêmico e atual:

"Quem poupa o lobo sacrifica a ovelha. O pedófilo precisa ser denunciado. Seja familiar ou não. Seja pobre ou seja rico. Seja religioso ou não. O pedófilo tem de ser denunciado".

"O pedófilo não abusa uma criança. Ele abusa todas as crianças que ele puder tocar".

"A denúncia parte geralmente do vizinho. Apenas 5% das crianças do sexo feminino denunciam o agressor. O do sexo masculino, nem pensar".

"O pedófilo de Natal troca figuras com o pedófilo de Curitiba, de Manaus, do Líbano, da Ingraterra e de qualquer parte do mundo. É segundo crime mais organizado mundialmente e que dá mais dinheiro, perdendo apenas para o tráfico de drogas. O pedófilo se dedica ao comércio de fotos e vídeos. Eles se comunicam e trocam experiências numa linguagem própria".

"Os pais têm grande parte da culpa na facilitação do abuso realizado pelo pedófilo. É preciso redobrar o cuidado sobre os filhos".

"87% dos pedófilos são pais e padastros. Mas não é só o homem que abusa de menores. Mulher também abusa. Hoje é muito grande o número de mulheres, irmãs, mães, tias, avós que abusam de crianças. É preciso ficar de olho".

Confira minha entrevista com a Subtenente Tânia Guerreiro: