BEPE DAMASCO. A que ponto chegamos. O presidente do STF, com a
cumplicidade canina do monopólio midiático, debocha da justiça e age acima da
lei. Até quando Barbosa disporá dessa espécie de salvo conduto?
Acabo de ler que o juiz da Vara de Execuções Penais
de Cuiabá, no Mato Grosso, autorizou o deputado federal Pedro Henry (PP-MT),
condenado na Ação Penal 470, a trabalhar como médico num hospital da sua
cidade. O juiz nada mais fez do que cumprir a lei. É bom que fique claro que,
conforme vários juristas vêm repetindo, deixar o presídio para trabalhar
durante o dia não é uma mera possibilidade, a depender da boa vontade de um
juiz, mas sim um direito previsto em lei para os condenados pelo regime
semiaberto. O procedimento do presidente do STF, Joaquim Barbosa, trancafiando
na Papuda os petistas e negando-lhes o direito ao trabalho é uma flagrante
ilegalidade, uma afronta à Justiça aplaudida por quem de fato conduziu e conduz
todo o processo, a mídia golpista brasileira.
Não só o PIG se regozija com o sofrimento alheio,
mas também um sem número de pessoas que tiveram a alma envenenada pelo
bombardeio sem precedentes contra os "mensaleiros". Como escreveu
recentemente o Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, incontáveis
brasileiros de boa fé foram capturados pela pregação de ódio por parte do
capitão do mato que preside a mais alta corte do país. É preciso ter nervos de
aço para suportar tanta desfaçatez. Agora mesmo a mídia nada comentou
sobre mais um ato repugnante, ilegal e desumano de Barbosa. Os presos petistas
tiveram negado um direito de todo réu condenado no semiaberto : ter contato com
familiares durante as festas de fim de ano.
A que ponto chegamos. O presidente do STF, com a
cumplicidade canina do monopólio midiático, debocha da justiça e age acima da lei.
Até quando Barbosa disporá dessa espécie de salvo conduto para despejar
ressentimento e ódio sobre integrantes de um partido político? Da mídia do
nosso país sabemos que nada podemos esperar. Mas e o chamado mundo
jurídico? Além das notas oficiais de entidades de magistrados e manifestações
isoladas de juristas de renome, ninguém se dispõe a colocar o o guizo no gato?
Será que não há instrumentos legais que possam conter os desatinos de um juiz
celerado? Um processo, um pedido de impeachment, uma interpelação, uma ação
civil pública, sei lá. Sou leigo, mas que diabos, há de haver um caminho
jurídico para livrar o Brasil das garras do arbítrio.
Nesta quinta-feira, embora de forma envergonhada, a
Folha de São Paulo publica matéria dando conta do mal-estar criado entre os
ministros do STF pela forma seletiva, sem parâmetros e marcada por uma série de
decisões injustas e desrespeitosas para com os condenados, com que Barbosa vem
conduzindo as prisões . O problema é que todos os três ministros do Supremo ouvidos
pela Folha só se pronunciaram sob a condição do anonimato. Haja corporativismo
togado para impedir que um juiz do STF, protegido por toda sorte de
prerrogativas, mostre a cara e critique abertamente as barbaridades
cometidas por quem deveria dirigir a corte com equilíbrio e isenção.
Por tudo isso, a única luz no fim do túnel para que
os presos tenham, enfim, seus direitos respeitados e a lei seja cumprida é a
posse do ministro Ricardo Lewandowsk, na presidência do STF, no dia 1º de
março.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá queridos leitores, bem vindo a pagina do Blog Imperial. Seu comentário é de extrema importância para nosso crescimento.
Marcos Imperial