O ministro do Desenvolvimento
Agrário, Pepe Vargas, destacou hoje (27) o avanço da classe média rural, a
partir de políticas públicas implementadas pelos governos do PT e aliados nos
últimos dez anos. Em artigo publicado no jornal O Globo, lembrou que, com o Programa Luz
para Todos, “ evoluímos de 81% para 97% dos domicílios rurais com energia elétrica
entre 2004 e 2012 (segundo a Pnad/IBGE). No mesmo período saímos de 58% para
74% dos domicílios rurais com água encanada (Pnad/IBGE), graças ao Programa
Água para Todos”.
Ele lembrou que as políticas
públicas, associadas ao aumento do salário mínimo e às aposentadorias rurais, à
geração recorde de empregos formais, ao Bolsa Família e ao Brasil Sem Miséria,
‘’ permitiram um crescimento de 52% acima da inflação na renda dos domicílios
da agricultura familiar entre 2003 e 2011 (Pnad/IBGE). Com isso, 5,2 milhões de
pessoas ascenderam socialmente no meio rural e 3,7 milhões destas chegaram à
classe média (segundo a FGV).”
Leia a íntegra do artigo:
A formação de uma classe média rural
Através do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), o governo federal está doando equipamentos aos municípios
com até 50 mil habitantes, para prestarem serviços à população do meio rural.
Sem exigência de contrapartida, cada município recebe uma retroescavadeira, uma
motoniveladora e um caminhão-caçamba.
Investimento de cerca de R$ 1 milhão
por município a preços de mercado.
Municípios do semiárido e da área de
abrangência da Sudene, em situação de emergência devido à seca, recebem também
um caminhão-pipa e uma pá-carregadeira, investimento de R$ 1,4 milhão por
município com os cinco equipamentos. Os pequenos municípios respondem pela
maioria da produção agropecuária do Brasil, que contribui com 22% do PIB
nacional. Com este maquinário, as prefeituras poderão realizar melhorias e
conservar as estradas não pavimentadas do meio rural, bem como abrir e
conservar açudes, pequenas barragens, barreiros e outras pequenas obras
hídricas necessárias à população do nosso interior.
Além da produção agropecuária, nestas
estradas circulam os ônibus escolares, as ambulâncias do Samu e todos os bens e
mercadorias que suprem as necessidades da população rural. Sua melhor
conservação diminuirá perdas agrícolas, reduzirá custos de transporte e
permitirá maior conforto e rapidez nos deslocamentos.
Por meio do PAC, o governo federal
está investindo em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos. Também
está investindo em obras de mobilidade urbana nas grandes e médias cidades. Com
o PAC Equipamentos, faz um grande programa de mobilidade rural, inédito na
história do nosso país, em parceria com os pequenos municípios.
São 5.061 municípios atendidos,
beneficiando 24,7 milhões de pessoas que moram no meio rural (83 % da população
rural brasileira), através da doação de 18.073 máquinas. É, provavelmente, o
maior programa de compras públicas deste gênero em escala mundial, com
investimentos de cerca de R$ 5 bilhões.
Todas estas máquinas foram adquiridas
de indústrias situadas no Brasil, gerando mais empregos para os trabalhadores
brasileiros e estímulos para a nossa economia, graças à adoção de margens de
preferência para a indústria nacional nas licitações.
No ano safra 2013/2014, o governo
federal colocou à disposição de pequenos, médios e grandes produtores R$ 157
bilhões em crédito com juros abaixo da inflação. Pequenos e médios produtores
dispõem também de seguro agrícola, e os agricultores familiares contam com programas
de garantia de preços e de compras governamentais de parte da sua produção,
além de assistência técnica. Trabalhadores rurais sem terra podem se beneficiar
da Política Nacional de Reforma Agrária. Os que têm pouca terra podem usufruir
do Programa Nacional de Crédito Fundiário, que financia a aquisição de imóveis
rurais.
Com o PAC Equipamentos, o governo
federal reforça a integração de políticas públicas, visando ao desenvolvimento
rural sustentável, associando aos instrumentos da política agrícola e agrária
investimentos na infraestrutura e serviços necessários ao desenvolvimento dos
territórios rurais.
Com o Programa Luz para Todos,
evoluímos de 81% para 97% dos domicílios rurais com energia elétrica entre 2004
e 2012 (segundo a Pnad/IBGE). No mesmo período saímos de 58% para 74% dos
domicílios rurais com água encanada (Pnad/IBGE), graças ao Programa Água para
Todos. O Programa Nacional de Habitação Rural está permitindo, pela primeira
vez na história do país, que agricultores de baixa renda financiem a construção
de moradias. O Programa Mais Médicos está levando profissionais da medicina
para os pequenos municípios. As prefeituras podem acessar também recursos para
construir creches e escolas no interior. O Programa Nacional de Ensino Técnico
está oportunizando cursos de formação para agricultores e para a população residente
no meio rural.
Estas políticas, associadas ao
aumento do salário mínimo e às aposentadorias rurais, à geração recorde de
empregos formais, ao Bolsa Família e ao Brasil Sem Miséria, permitiram um
crescimento de 52% acima da inflação na renda dos domicílios da agricultura
familiar entre 2003 e 2011 (Pnad/IBGE). Com isso, 5,2 milhões de pessoas
ascenderam socialmente no meio rural e 3,7 milhões destas chegaram à classe
média (segundo a FGV).
A continuidade e o aperfeiçoamento
destas políticas públicas permitirá ao Brasil constituir uma grande classe
média rural, com capacidade de garantir a segurança alimentar e nutricional do
nosso povo e a geração de excedentes para exportação, consolidando o Brasil
como grande produtor de alimentos, em direção a um país rico e sem pobreza.
Pepe Vargas
- ministro do Desenvolvimento Agrário -
Artigo
publicado originalmente no jornal O Globo, edição do dia 27 de janeiro de 2014.
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Marcos Imperial