
Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania
"A presidente da República bem que poderia
ter incorporado o espírito de Leonel Brizola e, após ter dito tudo que tantos
brasileiros têm a dizer sobre a Globo, deixado William Bonner e Patrícia Poeta
fazendo suas caras e bocas (de nojo) sozinhos. Se não fosse uma dama, poderia
ter dito que recebeu o Jornal Nacional para ser entrevistada, não para ser
agredida.
O que se viu na noite de terça-feira, 18 de
agosto de 2014, na TV Globo, não foi uma entrevista dura como foram – em alguma
medida – aquelas a que foram submetidos Aécio Neves e Eduardo Campos. Foi uma
agressão, um desrespeito.
E não só pelo tom dos entrevistadores, mas pelo
tempo que gastaram com suas perguntas. Bonner e Poeta gastaram um terço dos 15
minutos que durou a entrevista. Mais especificamente, 4 minutos e 48 segundos.
Isso sem contar o tempo das interrupções. Não houve nada igual nas entrevistas
com Aécio Neves e Eduardo Campos.
Aqui se poderia questionar o teor das perguntas.
No caso da pergunta sobre saúde, por exemplo, com Poeta fazendo caras e bocas
(de nojo), opinou que 12 anos seria “tempo demais” para Dilma não consertar
problemas que a saúde pública no Brasil ostenta há 500 anos.
Dilma poderia ter respondido isso, que os problemas da saúde do
país não têm 12 anos e que não serão solucionados completamente por governante
nenhum em um, dois ou três mandatos, mas preferiu se restringir às suas
responsabilidades em respeito ao público.
Sobre corrupção, Dilma também poderia ter
respondido à pergunta de Bonner com outra. Poderia ter perguntado que
governante brasileiro, entre prefeitos e governadores, não tem problemas de
corrupção entre seus comandados.
Dilma poderia, por exemplo, ter dito que o
escândalo dos trens em São Paulo envolve “módicos” 11 bilhões de reais e que
não houve nada sequer parecido em seu governo.
Mas Dilma é uma dama e uma mulher ciente de suas
responsabilidades. Não seria uma sessão de tortura psicológica levada a cabo
por aprendizes de torturadores que iria fazê-la perder a linha ou esmorecer.
Faltou competência ao casal de energúmenos até para exercer o poder dos
torturadores.
Mas se Dilma não cedeu nem à tortura física da
ditadura, não seriam um mauricinho e uma patricinha de quinta que iriam
dobrá-la.
Em 18 de agosto de 2014, com seu casalzinho de
torturadores perfumados, a Globo fez lembrar ao país que continua sendo aquela
mesma Globo que rastejou aos pés da ditadura para que esta lhe enchesse os
bolsos com dólares que os americanos aqui despejaram para destruir a nossa
democracia, para seviciar nosso povo durante mais de vinte anos.
A data dessa sessão de tortura midiática entra agora para a
história do jornalismo brasileiro como exemplo de falta de
compostura profissional.
Bonner e Poeta teriam feito papel menos odioso se
emulassem os energúmenos que, na abertura da Copa, vociferaram o infame “Dilma,
VTNC”. Só faltou berrarem isso diante da presidente da República." Via http://naodeunojornalnacional.blogspot.com.br/
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Marcos Imperial