Após dois empréstimos no FMI, em 1998 e 2001, em
agosto de 2002 o governo FHC recorreu novamente ao FMI; ministro Pedro Malan,
da Fazenda, assinou acordo de US$ 30 bi; no ano seguinte, em abril, o recém
eleito Lula quitou dívida com US$ 4,2 bi; não houve mais tomdas de crédito;
Brasil até emprestou US$ 10 bi para o Fundo enfrentar crise mundial; hoje,
governo tem reservas internacionais de US$ 379 bilhões; "Eles quebraram o
Brasil, nós pagamos o FMI", disse ontem presidente Dilma Rousseff.
247 – Está fazendo aniversário de doze anos a última vez que o
Brasil precisou recorrer ao Fundo Monetário Internacional. Na gestão do
ministro Pedro Malan, na Fazenda, no governo Fernando Henrique, o País anunciou
oficialmente que havia acabado de assinar um pacote de US$ 30 bilhões de
empréstimo junto ao Fundo. Não fora a primeira vez naquela administração. Em 11
de novembro de 1998, também com FHC-Malan, o Brasil fechou um acordo para poder
sacar do Fundo US$ 20 bilhões nos três meses subsequentes à assinatura.
Outros US$ 32
bilhões ficaram disponíveis para serem sacados no ano de 1999, em novo acordo
assinado pelo Brasil. Marcado para ser encerrado em novembro de 2001, o
contrato anterior com o FMI foi prorrogado pelo governo às vésperas de seu
encerramento. Assim, o País tomou emprestados mais US$ 15 bilhões, pagando
juros de 4,5% ao por por 25% desse dinheiro e fortes 7,5% pelo restante. Àquela
altura, o Brasil já lançava mão de uma soma equivalente a 400% de sua cota no
próprio FMI.
Ainda assim,
todos os empréstimos do Fundo se mostraram, para a equipe econômica,
insuficientes para garantir estabilidade econômica ao País. Em junho de 2002,
por exemplo, houve um saque de US$ 10 bilhões junto ao Fundo, além de ser
estabelecida uma redução de garantias de reservas a serem apresentadas pelo
Brasil. O mínimo de US$ 20 bilhões em caixa para tomar empréstimos foi reduzido
para US$ 15 para facilitar novas operações. A dependência dos recursos do Fundo
estava explícita.
Em agosto de
2002, uma última linha de crédito foi tomada, de US$ 30 bilhões, completando a
terceira ida do País ao FMI na gestão tucana. A obtenção desse dinheiro, que
não totalmente sacado, ficou apresentada como uma necessidade em razão da
volatilidade ampliada pela disputa eleitoral daquele ano, entre Lula, do PT, e
José Serra, do PSDB. Logo após a assinatura, o Brasil precisou fazer um saque
de US$ 6 bilhões.
No governo
Lula, logo em abril, o Brasil pagou US$ 4,2 bilhões ao FMI, adiantando a
parcela de quitação dos recursos tomados no ano anterior. Depois desse
movimento, o País não precisou recorrer novamente ao Fundo. Bem ao contrário.
Em outubro de 2009, mais precisamente no dia 6, o ministro Mantega e o então
diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Khan, anunciaram uma importante
troca de posições.
Agora, era o
Brasil que emprestava US$ 10 bilhões ao Fundo. Àquela altura, as reservas
internacionais brasileiras já chegavam á casa dos US$ 220 bilhões. Em 2011, já
no governo Dilma Rousseff, mais uma vez o Brasil foi procurado pelo Fundo para
ficar de prontidão em relação à necessidade de um novo empréstimo. Outra vez,
por solicitação do FMI.
Doze anos
depois da última ida ao Fundo, o País tem uma posição considerada bastante
sólidas em termos de reservas internacionais. Com todas as obrigações pagas
junto ao FMI, o Brasil conta, em 6 de agosto, com um total de US$ 379,44
bilhões de dólares. Uma soma que descarta quaisquer ilações sobre um possível
pedido de ajuda para fechar contas, como acontecia às vésperas da derradeira
ida ao Fundo. Abaixo:
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Marcos Imperial