O deputado estadual Fernando Mineiro, que tenta renovar a cadeira
do PT na Assembleia Legislativa, atribuiu o baixo índice de desenvolvimento do
Rio Grande do Norte aos aliados do candidato do PMDB a governador, Henrique
Eduardo Alves. O petista disse que desde 1982, com os governos José Agripino
(DEM), Geraldo Melo (PMDB), Garibaldi Filho (PMDB) e Wilma de Faria (PSB), que
falta ao Estado um projeto de desenvolvimento.
“A característica desses
governos é a ausência de projetos de desenvolvimento do nosso estado”, afirmou.
O petista defendeu o candidato do PSD a governador, Robinson Faria, e a
candidata do PT ao Senado, Fátima Bezerra, como a real mudança.
Foto: Wellington Rocha/O Jornal de Hoje.
Depois do início do programa eleitoral, a eleição estadual está
numa nova fase. Então, vamos esperar para ver. Acho que a disputa, tanto pelo
governo como para o Senado, é muito dura. Mas sinto que o povo tem o desejo
muito grande de mudança, de renovar na política. Nesse sentido, estou muito
otimista com a campanha do Robinson e da Fátima, porque há uma boa aceitação.
Eu acho que, no contexto atual, Robinson e Fátima são a renovação”, afirmou o
petista, declarando que “a campanha de Robinson é portadora de uma mudança em
relação ao padrão da política que nós temos no estado, porque ele representa
algo que se contrapõe ao outro palanque, que é a síntese de administrações e
governos de 1982 para cá. E Robinson é possibilidade de fazer uma inflexão com
essa questão”, defendeu.
Como resultado dos últimos governos desde 1982, Mineiro cita “um
estado enfraquecido, em crise, sem desenvolvimento, frágil, que perdeu e que
perde grandes oportunidades, apesar do decantado peso político que se tem
organizado no outro lado”. “Responsabilizo os ex-governadores José Agripino,
Geraldo Melo, Garibaldi Filho e Wilma de Faria, de quem nós fomos, inclusive,
aliados. É só olhar a história. O governo de Agripino teve figurino da
exclusão, do autoritarismo, do distanciamento, sem projeto de desenvolvimento.
O de Geraldo Melo seguiu o mesmo padrão, com a mesma característica de ausência
de um pensar o Estado no contexto do Nordeste e do Brasil. Todos são políticos
que operaram e operam a renovação dos seus mandatos, e o círculo de domínio
político no estado”.
Com relação ao ex-governador Garibaldi Filho, Mineiro disse que
não diferiu dos anteriores. “Garibaldi, por exemplo, e a exemplo de todos esses
governos, culpabilizou o servidor público, fez uma ampla reforma
administrativa, que não deu nenhuma eficiência ao Estado, sendo os padrões de
governo caracterizados pelo imediatismo da política e da gestão”. Para Mineiro,
Wilma seguiu o mesmo padrão. “Nós inclusive fomos aliados dela, mas, a exemplo
dos demais ex-governadores, também nunca foi portadora de projetos de
desenvolvimento para o Estado. E eu dizia isso à época a ela”, afirmou,
criticando o governo Wilma, ainda, pela descontinuidade da gestão, com as
inúmeras mudanças de gestores, em varias em áreas do governo, como saúde e educação.
“Aécio é volta ao passado. Acho melhor enfrentar Marina no 2º
turno”
O petista Fernando Mineiro prefere que a presidente Dilma Rousseff
(PT) enfrente a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva num eventual segundo
turno, do que o candidato do PSDB, Aécio Neves. Segundo ele, a candidatura de
Marina “vai expor a falta de projetos para o Brasil, o fundamentalismo, a
mistura de messianismo com a política”. “Eu acho melhor enfrentar a Marina no
segundo turno, se tiver segundo turno. Porque eu acho que vai expor a falta de
projetos para o Brasil, o fundamentalismo, a mistura de messianismo com a
política”, declarou, em entrevista ao Jornal de Hoje.
Além disso, segundo o petista, existe uma tentativa de usar a
tragédia envolvendo Eduardo Campos (PSB). “O desaparecimento de Campos é muito
ruim para o Brasil, para a luta política brasileira, e existe o uso político
dessa tragédia. Aqueles que usam a urna funerária para influenciar na urna
eletrônica”, afirmou.
Mineiro declarou, entretanto, que ainda é cedo para ter alguma
avaliação sobre o impacto dessa mudança de cenário na eleição presidencial. “É
óbvio que haverá impacto, mas dimensionar isso ainda é cedo. Até porque ainda
existe uma emoção muito forte, pressão muito grande. Então, não dá para
dimensionar. Minha tese é que teremos um quadro mais definido lá para o dia 15
de setembro”, afirma.
Sobre a pesquisa Datafolha, que colocou Marina em empate técnico
com Aécio e derrotando Dilma no segundo turno, Mineiro disse que foi feita num
clima de muito bombardeio, em relação à questão da emoção. “Então tem que saber
o que é fora desse contexto, desse ambiente emocional”, frisou.
Sobre Aécio, que está em Natal fazendo campanha nesta quinta, não
é que, diferente de Marina, tem há projeto, até tem, segundo ele, só que é um
projeto do passado, afirmou. “Tem o projeto dele, o dos tucanos, o Aécio… É o
menos estado, da ausência das políticas públicas, da entrega das ações de
estado ao setor privado, o velho projeto, o moribundo projeto da concepção
mínima de estado”, disse.
“O Brasil já passou por esse tipo de projeto, o Aécio é a absoluta
volta ao passado. Eu acho de todo ruim, o Brasil negou, é passado da exclusão,
da ineficiência pública, da falta de transparência, do pensamento único”,
opinou. “Nós que conhecemos a história do Brasil, sabemos quanto esse passado
foi nocivo”.
*Fonte: O Jornal de Hoje.
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Marcos Imperial