Nunca as companhias brasileiras listadas na Bolsa
de Valores de São Paulo valeram tanto como agora; apuração é da respeitada
consultoria Economática, que acompanha desde 2002 o desempenho das empresas
nacionais; soma do valor de mercado de cada uma perfaz R$ 2,59 trilhões;
paradoxalmente, mercado experimenta hoje alta de 1%, com disparada das
estatais: Banco do Brasil (+2,5%), Petrobras (+4%) e Eletrobras (+6%); motivo
alegado é o resultado da pesquisa eleitoral Datafolha, da sexta-feira
29, com alta de Marina Silva, do PSB, contra presidente Dilma Rousseff, do PT,
e condutor da política econômica Guido Mantega, da Fazenda; empresários que
estão mesmo defendendo seus próprios interesses? Ou reclamação é de 'barriga
cheia?'
247 – Reclamar do dia a dia da
economia faz parte de qualquer democracia, especialmente quando há retração no
PIB, como a verificada no segundo bimestre, de 0,6%, de acordo com o IBGE. Mas
anotar resultados em série histórica dos grandes setores produtivos
também faz precisa fazer parte das análises mais profundas. Neste sentido, a
consultoria Economática elaborou um estudo sobre a evolução mensal do valor de
mercado das companhias brasileiras abertas – e apurou que elas nunca valeram
tanto como agora.
Perfazendo R$ 2,59 trilhões, o
valor de mercado somado das empresas nacionais listadas na Bolsa de Valores de
São Paulo nunca esteve tão alto desde dezembro de 2002. O cálculo considera um
número de empresas variável no tempo por que foi elaborado com todas as
companhias presentes em cada data analisada.
O resultado mostra que os
empresários, que têm feito coro contra a política econômica, podem se
arrepender de uma mudança brusca no rumo traçado no governo da presidente Dilma
Rousseff e executado pelo ministro Guido Mantega.
Nesta segunda-feira,
reafirmando a aposta contra o governo, o Ibovespa subia 1,06% às 12h43, com
disparada dos papeis da Petrobras (+4%) e Eletrobras (+6%). A alta seria uma
reação dos investidores à subida nas pesquisas da candidata do PSB, Marina
Silva, na pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira 1. O paradoxo está no
fato de Marina já ter se comprometido em esfriar a exploração do pré-sal, pela
Petrobras, o que, segundo os técnicos da companhia, tem tudo para prejudicar o
crescimento da estatal. O que está importando para o mercado, ao que se vê, é
mais a política, neste momento, do que a própria situação das empresas.
Abaixo, tabela elaborada pela
Economática sobre o recorde em valor de mercado das companhias dos mais
diferentes setores da economia e texto do site Infomoney, parceiro de 247,
sobre a manhã na Bolsa:
Ibovespa sobe mais de 1% após Datafolha; Petrobras dispara 4%
Por Lara Rizério
SÃO PAULO - Em dia de feriado
nos EUA por conta do Dia do Trabalho, o Ibovespa registra forças na sessão
desta segunda-feira (1), digerindo os números do Datafolha e o reajuste de
estimativas do mercado devido ao efeito-Marina. Às 10h27 (horário de Brasília),
o índice registrava ganhos de 1,23%, a 62.047 pontos, patamar máximo desde 24
de janeiro de 2013, com destaque para a nova alta das ações da Petrobras, que
sobem cerca de 4%.
No radar da companhia, além do
Datafolha, está a entrada dos papéis PETR3 no portfólio do BTG Pactual com o
novo cenário eleitoral: os analistas veem as ações chegarem a R$ 30,00 se
Marina Silva (PSB) for eleita.
As estatais, que vêm sendo as
protagonistas desse "rali eleitoral", acentuam os ganhos a cada
minuto de negociação e roubam a cena nesta sessão, sendo elas: Petrobras
(PETR3, R$ 23,04, +4,07%; PETR4, R$ 24,38, +4,41%) e Eletrobras (ELET3, R$
8,64, +6,01%; ELET6, R$ 12,82, +3,81%) e Banco da Brasil (BBAS3, R$ 35,84,
+2,43%).
Toda essa euforia deve-se a
pesquisa eleitoral Datafolha, que mostrou Marina Silva (PSB) 13 pontos
percentuais acima da última pesquisa do instituto, realizada em 18 de agosto, e
agora com 34% das intenções de voto, empatada com o mesmo percentual de Dilma
Rousseff (PT). Enquanto isso, o candidato do PSDB, Aécio Neves, apresentou
forte queda, indo dos 20% do dia 18 para atuais 15%.
Por outro lado, os papéis da
Vale, que chegaram a subir cerca de 1% em meio a possíveis novos estímulos na
China e com uma decisão favorável do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre o
imposto de renda de controladas, zeraram os ganhos. A primeira turma do STJ
negou, por unanimidade, recurso impetrado pela União e manteve decisão que
libera a mineradora de pagar impostos sobre lucro auferido por controladas no
exterior para evitar a bitributação, disse a empresa à Reuters na sexta-feira.
O recurso foi impetrado pela
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional após decisão favorável do STJ à Vale, em
abril. Na ocasião, a Justiça decidiu que o fisco brasileiro não pode tributar o
lucro de controladas da Vale em Luxemburgo, Bélgica e Dinamarca. Segundo a
Vale, a última decisão do STJ foi realizada na quarta-feira e o acórdão ainda
não foi publicado.
Em destaque no noticiário
econômico, está o Focus. Economistas de instituições financeiras revisaram as
suas estimativas para diversos aspectos da economia brasileira, de acordo com a
pesquisa Focus do Banco Central nesta segunda-feira. A expansão do PIB (Produto
Interno Bruto) em 2014 diminuiu para 0,52%, ante 0,70% da semana anterior - esta
é a 14ª semana consecutiva que os economistas diminuem as estimativas para o
crescimento da atividade econômica brasileira. Para 2015, os economistas também
diminuíram a projeção do PIB para 1,10%, ante 1,20%.
Enquanto isso, o PMI Brasil
revelado pelo HSBC mostrou um avanço na atividade industrial do Brasil, de 49,1
em julho para 50,2 em agosto.
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Marcos Imperial