CHEGOU A HORA DO CIDADÃO SE MANIFESTAR CONTRA ESSE ABUSO.
O prefeito de São
Gonçalo do Amarante, Jaime Calado (PR), enviou um Projeto de Lei Complementar
(318/2015) à Câmara de Vereadores propondo a criação de 110 novos
cargos comissionados.
Se aprovada pelos
parlamentares, a proposta irá custar R$ 283.430,00 por mês (duzentos
e oitenta e três mil e quatrocentos e trinta reais), o equivalente a R$
3.401.165.00 milhões anuais (três milhões, quatrocentos e um mil e 165
reais).
Um aumento de,
aproximadamente, 12% na folha de pagamento que custa anualmente R$
29.253.000.00 (vinte e nove milhões, duzentos e cinqüenta e três
reais) ao erário. A proposta ainda nem foi votada e já vem causando polêmicas.
Os cargos criados pelo
Projeto de Lei Complementar foram distribuídos em várias secretárias:
- Secretaria de Educação: 27
- Secretaria de Comunicação: 3
- Secretaria de Finanças: 2
- Secretaria de Saúde: 52
- Secretaria de Esporte: 2
- Secretaria de Administração: 3
- Secretaria de Tributação: 6
- Secretaria de Turismo: 5
- Secretaria de Infraestrutura: 5
- Secretaria de Meio Ambiente: 5
Os salários dos
respectivos cargos oscilam entre R$ 600 até R$ 7 mil. Na saúde e educação onde
podem ocorrer o maior número de contratações há cargos com funções aleatórias
que podem até ser considerados desnecessários.
Em um momento em que
governos de vários estados e até mesmo o governo federal vêm cortando despesas
em razão da crise que se instalou no país, causa estranheza a proposta de Jaime
Calado em inchar ainda mais a folha de pagamento do município.
Por sinal, nos últimos
meses o prefeito vem vetando vários projetos, de autoria de Raimundo Nonato,
vereador da oposição, que beneficiam o cidadão sãogonçalense. Jaime alega que
as leis ou oneram os cofres públicos ou são inconstitucionais.
ELEIÇÕES E USO POLÍTICO
– Outro
ponto a ser observado é sobre a necessidade de se criar tantas funções de
confiança em ano pré-eleitoral, sem que se recorra a um concurso público para o
provimento de cargos efetivos.
Quando 110 novos cargos
são ocupados, não pelo mérito daqueles que vão exercê-los, mas sim pelas
ligações que possam ter com os detentores do poder, pode estar ocorrendo um
obscuro favorecimento político-partidário.
Cabe salientar que a
pavimentação de várias ruas está paralisada por falta de pagamento, diversas
obras estão inacabadas, escolas estão sucateadas (tanto que há um indicativo de
greve dos servidores da Educação para o próximo dia 29), concursados de várias
áreas aguardam ser chamados há anos e a assistência de saúde é deficitária.
INVESTIGAÇÕES – No inicio do ano
estouraram denúncias de irregularidades na distribuição e fornecimento da
merenda escolar. Além disso, o mandato de Jaime Calado é investigado pelo
Ministério Público Federal para supostas irregularidades em obras do Minha Casa
Minha Vida. Existem suspeitas de pagamento de “propina” e doação de imóveis
para servidores municipais ligados a secretaria de habitação.
Os outros inquéritos
apuram ilegalidades na educação, saúde, infraestrutura e outras pastas
municipais. A dor de cabeça do prefeito é adutora do rio Maxaranguape que
deveria ter sido inagurado no ano passado, mas apenas 40% do empreendimento
foram feitos. A Controladoria Geral da União do Rio Grande do Norte e do Paraná
já pediram informações sobre os contratos, aditivos de preço e licitação para
apurar se há prática de crime contra a administração pública.
O Ministério Público
Estadual apura ainda por meio de inquérito a criação de 25 cargos comissionados
no Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE. Para se ter uma ideia a
folha de pagamento com direitos trabalhistas e funções gratificadas saltou de
pouco mais de R$ 30 mil para R$ 85 mil por mês, ultrapassando R$ 1
milhão por ano.
A despesa do SAAE será
mantida pela arrecadação e fundos municipais. Impacta o orçamento
municipal em R$ 55 mil. Na folha de pagamento e nas contas do município
as despesas aumentaram 180%.
O MPE também já apura a
distribuição de cargos a esmo pela prefeitura e criação de autarquias.
No próximo dia 05 de
agosto, a Câmara de Vereadores fará audiência pública para discutir a criação
destes 110 cargos que vão gerar uma despesa de que R$ 3 milhões por mês aos
cofres públicos.
Os moradores e
movimentos sociais serão consultados se querem ou não que o projeto de Lei seja
levado para votação pelos vereadores, ou se é mais importante investir o
dinheiro que seria gasto com esses cargos em infraestrutura da cidade. Via
http://falarn.com
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Marcos Imperial