Denúncia aponta que mansão em Brasília comprada
pela ministra do STF por R$ 1,7 milhão está ligada ao doleiro Fayed Traboulsi,
envolvido no esquema investigado pela Operação Lava Jato; gabinete da
magistrada afirma que notícia "não tem pé nem cabeça" e que negócio
foi legitimado pela Caixa Econômica, que financiou o imóvel.
Brasília 247 – A compra de um imóvel em Brasília pela
ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, se tornou alvo de denúncia.
De acordo com o blog do jornalista Mino Pedrosa, o imóvel está
ligado ao doleiro Fayed Traboulsi, envolvido no esquema de corrupção
investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
A casa estava no nome de
Andréa Filipe Ramos, casada com Alexandre Chaves Ribeiro. Os dois, de acordo
com a denúncia, são laranjas de Fayed e o imóvel "deveria constar no rol
de apreensões e bloqueios de bens do doleiro". O valor, segundo o texto,
também é suspeito, uma vez que a casa seria avaliada por pouco mais de R$ 3
milhões no mercado imobiliário.
O próprio doleiro, segundo o
blog, admitiu em depoimento à PF ser proprietário do imóvel, que era usado como
"endereço de várias pessoas". Fayed foi preso em setembro de 2013 e
alvo de mandados de busca e apreensão em suas propriedades da capital federal
no âmbito da Operação Miqueias, que investigava fundos de previdência e pensão.
A chefe de gabinete da
ministra Cármen Lúcia, Maria Cristina Petcov, contesta todas as acusações, que
"não têm pé nem cabeça", e assegura que a ministra tem todos os
documentos da negociação, legitimada pela Caixa Econômica Federal, responsável
pelo financiamento do imóvel.
Ainda segundo informações do
gabinete, a casa já havia sido financiada anteriormente pela antiga
proprietária, no mesmo valor, o que reforça a legitimidade do banco pelo
negócio e desmente a tese de que a casa vale quase o dobro do preço que foi
pago pela ministra.
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Marcos Imperial