Com liminar concedida nesta terça-feira pela
ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara não
pode decidir absolutamente nada relacionado ao impeachment da presidente Dilma
até que seja analisado no STF o mérito de um mandado de segurança apresentado à
corte, que não tem data prevista para ser julgado; depois, atendendo a um
pedido dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS), a
ministra concedeu uma terceira liminar contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ); com
isso, situação do deputado, denunciado por corrupção e vinculado a contas
secretas na Suíça, ficará insustentável na presidência da Câmara e a oposição
será pressionada a abandoná-lo de vez – não apenas em nota à imprensa, como fez
na semana passada.
247 - O sentimento de
vingança que motiva o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), a dar seguimento aos pedidos de impeachment da presidente Dilma
Rousseff no Legislativo não deve ser suficiente para realizar o tão sonhado
golpe da oposição. Pelo menos por ora.
Liminar concedida nesta terça-feira 13 pela ministra Rosa Weber,
do Supremo Tribunal Federal (STF), impede Cunha de tomar qualquer decisão sobre
o impedimento da presidente até que seja analisado no STF o mérito de um
mandado de segurança apresentado à corte, que sequer tem data para ser julgado.
A decisão da ministra deferiu um mandado de segurança do deputado Rubens
Pereira Jr. (PCdoB-MA).
Em outras palavras, até que o STF se manifeste em plenário, o
impeachment contra Dilma não prossegue na Câmara. Mesmo que Cunha dê
prosseguimento a um dos pedidos, por decisão monocrática, a tramitação seria
barrada pelas liminares concedidas tanto por Rosa Weber quanto pelo colega
Teori Zavascki.
Depois, atendendo a um pedido dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP)
e Paulo Pimenta (PT-RS), Rosa Weber concedeu uma terceira liminar contra Cunha.
Nesta decisão, a ministra concluiu que o presidente da Câmara desrespeitou
a súmula vinculante 46, do STF, que estabelece que o trâmite para processos por
crime de responsabilidade só pode seguir o que está fixado em lei.
"Se o ministro Teori Zavascki barrou manobra acertada entre
Eduardo Cunha e a oposição para viabilizar o impeachment, a colega Rosa Weber
travou a possibilidade de uma decisão do presidente da Câmara sobre impedimento
até que seja analisado o mérito de um mandado de segurança apresentado ao STF.
Em resumo, Zavascki concentrou poder nas mãos de Cunha, mas Weber atou as mãos
do presidente da Câmara", comentou o jornalista Kennedy Alencar, ao
comentar as decisões.
Com a decisão, a situação de Cunha, investigado por
corrupção e lavagem na Suíça e vinculado a contas secretas no país europeu, por
onde passaram pelo menos R$ 23 milhões, ficará insustentável na
presidência da Câmara e a oposição será pressionada a abandoná-lo. Desta vez,
para valer – não apenas com uma nota à imprensa, como fez na semana passada,
quando defendeu, simbolicamente, o afastamento do deputado.
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Marcos Imperial