Entrevistada nesta quarta (29) pelo jornalista Kennedy Alencar, para o SBT Brasil, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha é uma "ameaça integral" para o presidente interino Michel Temer; "É uma ameça integral, em todos os sentidos", disse; ela também avisou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal, caso o resultado do julgamento no Senado seja pelo seu afastamento definitivo da Presidência da República; "A perícia feita pela comissão do Senado constata que não há minha participação no Plano Safra e não teve qualquer irregularidade minha nas pedaladas fiscais.
De fato, não se pode falar em crime de responsabilidade. Primeiro reforço o caminho para o Senado. Depois há outra batalha no Supremo, que é a última instância", ressaltou; sobre o plebiscito pela antecipação das eleições, Dilma disse que se os senadores propuserem isso, ela irá endossar; "Eu não vou tomar essa iniciativa, como sendo minha. Em qualquer hipótese, para se afirmar a democracia, passa por um requisito: a minha volta à Presidência da República, com plenos direitos", reforçou.
247 - Entrevistada nesta quarta-feira (29) pelo jornalista Kennedy Alencar, para o SBT Brasil, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha é uma "ameaça integral" para o presidente interino Michel Temer.
"É uma ameça integral, em todos os sentidos", diz ela.
Na entrevista, Dilma falou sobre a atual situação política e econômica do país, o seu governo, o processo de impeachment no Senado, uma possível volta ao cargo, entre outros assuntos.
Dilma avaliou ainda que, se Cunha tivesse sido afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) antes de 17 de abril, teria sido mais difícil Câmara aprovar pedido de impeachment. Ela avisa que irá recorrer ao Supremo, caso o impeachment seja aprovado e diz que apoia o projeto de plebiscito para antecipar as eleições.
Abaixo os principais trechos da entrevista:
"A batalha do impeachment não é só política. É também jurídica. A perícia feita pela comissão do Senado constata que não há minha participação no Plano Safra e não teve qualquer irregularidade minha nas pedaladas fiscais. A conclusão é que, de fato, não se pode falar em crime de responsabilidade. Primeiro reforço o caminho para o Senado. Estamos defendendo que há um golpe. Depois há outra batalha no Supremo, que é a última instância";
"Hoje está sendo discutido se haverá proposta de plebiscito. A proposta tem que ser de um terço da Câmara e do Senado. O que é importante para mim é manter a unidade dos que me apoiam. São parlamentares, movimentos sociais, intelectuais, que têm opiniões diferentes. Se os 27 senadores propuserem isso para mim vou endossar. Mas eu não vou tomar essa iniciativa, como sendo minha. Em qualquer hipótese, para se afirmar a democracia, passa por um requisito: a minha volta à Presidência da República, com plenos direitos";
"Tanto os senadores que me apoiam, a Frente Brasil Popular e o Movimento Povo Sem Medo e o meu staff, nós estamos avaliando uma carta de compromisso à Nação. Primeiro compromisso é com a democracia. O segundo compromisso é devolver os direitos que estão retirando. Um exemplo é o reajuste do Bolsa Família. Depois de muito insistirmos, eles deram hoje";
"Fotografia histórica do governo Dilma é tirar o Brasil do mapa da fome e ter tirado a população da miséria extrema"
"Eu gostaria de comparecer às Olimpíadas. Eu fiz as tratativas, os preparativos, depois as obras. Eu me sinto a mãe. E o Lula é o pai, ele arrancou as Olimpíadas de muitos países. Se eu fosse a presidente em exercício, Lula estaria";
"Quem é o informante de dentro do processo de delação de Marcelo Odebrecht? Eu paguei para o João Santana R$ 70 milhões. O meu adversário gastou a metade. Porque eu teria que pagar a mais por caixa 2?";
"Decisão do Supremo foi muito prudente e firme" (sobre a decisão de soltar Paulo Bernardo pelo ministro Dias Toffoli);
"Sérgio Moro cometeu uma grande irregularidade ao vazar o áudio da presidente"
"Pelo menos, criaria um clima muito ruim para este processo de impeachment. O Cunha aceitou este processo como uma vingança. Foi um claro desvio de poder" (se o julgamento de Cunha pelo Supremo tivesse sido antes do julgamento do impeachment pela Câmara)
"Cunha foi visitar o presidente interino, provisório. Não trataram de futebol, certamente";
"O Cunha é uma ameaça integral [ao governo Temer], em todos os sentidos".
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Marcos Imperial