Antoine Segundo a proposta, um
calendário seria implementado para que, em 2038, seja realizada uma eleição
única
O deputado federal Vicente
Cândido, relator do projeto, apresentou nesta terça-feira (04/04) seu parecer
parcial à comissão especial que discute a reforma política na Câmara dos
Deputados.
Entre os principais pontos do
texto está o sistema de lista fechada nas eleições legislativas de 2018 e 2022.
A partir de 2026, valeria o sistema distrital misto, em que a metade das vagas
é preenchida por lista fechada e, a outra, pelo voto direto nos candidatos
distribuídos em distritos.
Na proposta não foi incluído o fim
do voto obrigatório e a tipificação específica do crime de caixa dois. "Já
existe previsão deste ponto no texto das dez medidas. Vamos deixar o Senado
analisar e votar essa questão", frisou.
Veja as principais propostas do
relator:
Vices:
As atuais funções de
vice-presidente da República, vice-governador e vice-prefeito não passariam
mais a existir.
Datas das eleições:
Atualmente, o país realiza
eleições a cada dois anos, uma delas para escolher presidente, governador,
senadores, deputados federais e estaduais. No outro pleito, são escolhidos os
prefeitos e vereadores.
Segundo a proposta, um calendário
seria implementado para que, em 2038, seja realizada uma eleição para todos os
cargos eletivos: no primeiro domingo de outubro, haveria o pleito para o Poder
Legislativo e, no último, para o Executivo. E, no último domingo de novembro, o
segundo turno, se houver.
Reeleição e duração do mandato:
Atualmente, presidente,
governadores e prefeitos têm mandato de quatro anos e podem ser reeleitos. Com
a nova proposta, após a fase de transição, os mandatos passariam a ser de cinco
anos. Já a reeleição ficaria proibida para os cargos de presidente, governador
e prefeito. Os deputados estaduais e federais continuariam a ter mandato de
quatro anos e, os senadores, de oito.
Sistema eleitoral:
Hoje em dia, de acordo com a
quantidade de votos dados a um partido ou candidato a vereador, deputados
federal e estadual, faz-se o cálculo do chamado coeficiente eleitoral. Com ele,
se estipula as vagas a que cada partido (ou coligação) tem direito. Os
candidatos do partido ou da coligação com mais votos ficam com as vagas.
Segundo a proposta, o sistema de
lista fechada seria implantado nas eleições legislativas de 2018 e 2022, e a
cada três candidatos às câmaras, uma deverá ser mulher. O sistema distrital
misto começaria a valer a partir de 2026. Nele, a metade das vagas é preenchida
por lista fechada, onde o eleitor vota em uma relação de nomes previamente
escolhidos pelos partidos. E a outra parte seria escolhida pelo voto direto nos
candidatos distribuídos em distritos a serem definidos.
Financiamento de campanha:
Atualmente, empresas não podem
mais doar para campanhas de candidatos ou partidos, que estão autorizados a
receber doações de pessoas físicas (até o limite de 10% dos seus rendimentos)
ou do Fundo Partidário.
A proposta do relator prevê a
adoção de um sistema de financiamento para campanhas de deputados em que 70%
dos recursos sejam públicos e 30% venham de contribuições de eleitores, no
limite de um salário mínimo e com proibição de autofinanciamento.
Coligações partidárias:
Partidos têm a liberdade de se
fechar em coligações para disputar os pleitos, mas não precisam mantê-las
durante o mandato. Assim, a coligação soma os recursos do fundo partidário
destinados para cada partido e, ainda, o tempo de propaganda gratuita na
televisão e rádio.
No modelo proposto pelo relator,
as coligações ficam proibidas nas eleições proporcionais (cargos de deputado
federal, estadual, distrital e vereador), mas permitidas nos pleitos majoritários
(cargos de presidente da República, governador, senador e prefeito, em que será
eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos).
FC/abr/ots
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá queridos leitores, bem vindo a pagina do Blog Imperial. Seu comentário é de extrema importância para nosso crescimento.
Marcos Imperial