Pole Colunista Alex
Solnik do 274.
Lembra que Michel Temer "tem apoio de apenas 23% da bancada do PMDB
e 8,6% do PSDB, seus principais sustentáculos, na denúncia de corrupção passiva
que pode despejá-lo do Jaburu", segundo pesquisa da Folha; "O mínimo que
se constata é que não há dessa vez a favor de Temer a mesma união que a
verificada contra Dilma no ano passado. Prevalece, entre os aliados, o medo da
retaliação eleitoral e o pavor de ser acusado de ilícito quem votar com o
governo e uma certa prudência. Muitos esperam a melhor hora de pular fora antes
que a pinguela caia", diz ele.
A pesquisa da
Folha com todos os 513 deputados federais publicada hoje mostra que Temer
precisa colocar as barbas de molho e trabalhar duro para reverter o placar
adverso que está amargando hoje: ele tem apoio de apenas 23% da bancada do PMDB
e 8,6% do PSDB, seus principais sustentáculos, na denúncia de corrupção passiva
que pode despejá-lo do Jaburu; seus apoiadores convictos, no conjunto de todas
as bancadas (45) perdem de goleada para os convictos do lado contrário (130) e
o grupo de deputados que o apoiam está em último lugar dentre as cinco opções
apresentadas: 1) a favor da denúncia contra Temer; 2) contra a denúncia; 3) não
sabem; 4) não vão se pronunciar e 5) não responderam.
Dentre os 63
deputados do PMDB, 25 “não responderam”; 17 “não sabem” (inclusive,
surpreendentemente, Jarbas Vasconcelos); 15 são
“contra a denúncia”; dois “não vão se pronunciar e ninguém é “a favor da
denúncia”.
No PSDB, a
situação é ainda pior. Dos 46 deputados, 13 "não responderam"; 12
"não sabem"; 8 são "a favor da denúncia"; 8 "não vão
se pronunciar" e 5 são "contra a denúncia".
Tiririca (PR)
está no time dos 130 que querem investigar Temer; Maluf (PP) e Bolsonaro (PSC), “não vão se
pronunciar”.
Apenas os que se
declararam decididamente contra ou a favor não podem mudar de opinião, sob
risco de decepcionarem seus eleitores. Os demais podem futuramente entrar no
time pró ou contra Temer;
No placar geral
deu em primeiro lugar “não responderam” (168); em segundo, “a favor da
denúncia” (130), em terceiro, “não sabem” (112, em quarto “não vão se
pronunciar” (57) e na lanterninha “contra a denúncia” (45).
Deve ser em
homenagem aos tucanos.
É óbvio que os
“não sabem”, “não vão se pronunciar” e “não responderam” que formam o grupo
majoritário (337) podem, na hora H, tanto migrar para um lado ou outro e mudar,
ou não, o placar atual.
Mas o mínimo que
se constata é que não há dessa vez a favor de Temer a mesma união que a
verificada contra Dilma no ano passado.
Prevalece, entre
os aliados, o medo da retaliação eleitoral e o pavor de ser acusado de ilícito
quem votar com o governo e uma certa prudência.
Muitos esperam a
melhor hora de pular fora antes que a pinguela caia.
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Marcos Imperial