Em dura nota contra o anúncio de liquidação do patrimônio público pelo governo de Michel Temer, a Executiva Nacional do PT disse que o real motivo das privatizações é a realização de "grandes negociatas que enriquecerão golpistas e seus sócios"; "O golpe sempre teve com agenda principal fazer o país retroceder ao estágio de um Brasil colônia, país pequeno, dependente, tecnologicamente atrasado e submisso aos interesses do grande capital internacional. No país do golpe, as grandes decisões são tomadas em Washington e Wall Street. E a ordem é vender o Brasil. A ordem é pilhar o Brasil", diz o partido presidido pela senadora Gleisi Hoffmann; PT conclama a população e as forças nacionais a resistirem de todas as formas a "esses crimes contra a Nação".
247 - O Partido dos Trabalhadores divulgou nesta quinta-feira, 24, dura nota contra o anúncio do pacote de privatizações de 57 empresas e ativos públicos, para tentar fechar o rombo histórico de R$ 159 bilhões nas contas (leia mais).
Segundo a Executiva Nacional do PT, o golpe parlamentar de 2016 contra a presidente legítima Dilma Rousseff foi feito para entregar o patrimônio nacional. "Essas novas medidas dão continuidade a um processo acelerado e irrestrito do governo golpista e antibrasileiro de vender o patrimônio do povo do Brasil a preços irrisórios e de destruir todos os mecanismos de que o Estado dispõe para alavancar o desenvolvimento nacional", diz o partido presidido pela senadora Gleisi Hoffmann.
O PT chamou os brasileiros a reagirem contra as privatizações. "O PT conclama a população que ama o Brasil e a todas as forças nacionais a resistirem de todas as formas a esses crimes contra a Nação, que envergonham os brasileiros e condenam o país e as futuras gerações à desigualdade, à dependência, ao atraso e à submissão.
Leia, abaixo, a nota do PT na íntegra:
O Golpe foi para vender o Brasil
O Partido dos Trabalhadores recebe com indignação as anunciadas medidas que visam privatizar, a preços inteiramente aviltados, o patrimônio público do Brasil, inclusive a estratégica Eletrobras, uma das maiores geradoras de energia elétrica do mundo, e até mesmo a Casa da Moeda, responsável pela impressão das cédulas do real.
Essas novas medidas dão continuidade a um processo acelerado e irrestrito do governo golpista e antibrasileiro de vender o patrimônio do povo do Brasil a preços irrisórios e de destruir todos os mecanismos de que o Estado dispõe para alavancar o desenvolvimento nacional.
Nesse sentido, as novas medidas somam-se ao desmonte da Petrobras e de sua política de conteúdo local, ao asfixiamento do nosso único banco de desenvolvimento, o BNDES, à venda de terras a estrangeiros, à abertura da mineração ao capital internacional na Amazônia, à venda do único satélite nacional, à abertura do capital das empresas aéreas a firmas estrangeiras e a uma séria de outras iniciativas já em andamento ou em estudo.
As justificativas esfarrapadas para esses crimes contra o patrimônio público e a economia nacional são as mesmas apresentadas na época do ex-presidente FHC: reduzir déficits, diminuir custos para o consumidor e aumentar a eficiência econômica. Como na época, nenhuma delas se sustenta. Os déficits continuarão a aumentar, pois os preços das vendas dos ativos estratégicos mal pagam a conta da compra de parlamentares, os custos para o consumidor, especialmente os de energia elétrica, aumentarão muito e o Brasil perderá eficiência econômica e a capacidade de investir.
Na realidade, o verdadeiro motivo para a implantação dessas medidas antibrasileiras é a realização de grandes negociatas que enriquecerão golpistas e seus sócios, em detrimento dos interesses nacionais.
O golpe sempre teve com agenda principal fazer o país retroceder ao estágio de um Brasil colônia, país pequeno, dependente, tecnologicamente atrasado e submisso aos interesses do grande capital internacional. No país do golpe, as grandes decisões são tomadas em Washington e Wall Street. E a ordem é vender o Brasil. A ordem é pilhar o Brasil.
O PT conclama a população que ama o Brasil e a todas as forças nacionais a resistirem de todas as formas a esses crimes contra a Nação, que envergonham os brasileiros e condenam o país e as futuras gerações à desigualdade, à dependência, ao atraso e à submissão.
Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores
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Marcos Imperial