A senadora Fátima Bezerra solicitou providências, por meio de ofício enviado ao ministro das Cidades, Bruno Araújo, a fim de que sejam liberadas as unidades habitacionais do Condomínio Village da Prata, no bairro Planalto, em Natal. Em pronunciamento na tribuna do Senado, a parlamentar afirmou que o pedido se dá em caráter de urgência em razão do incêndio de grandes proporções que desabrigou cerca de 90 famílias que viviam no Assentamento 8 de março, também no Planalto.
“Essa tragédia comoveu a todos nós, potiguares e, ao mesmo tempo, fez o infortúnio de alguns motivar a caridade, a compaixão e a ajuda mútua de outros. Me solidarizo com essas famílias”, afirmou ela. De acordo com Fátima, neste mesmo assentamento 250 famílias aguardam a liberação das unidades habitacionais que são parte do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, quando já se sabe que seis dos oito prédios do empreendimento estão concluídos e aptos à moradia.
No ofício ao ministro, a senadora assinalou que “diante da gravidade do fato, e para restabelecer a dignidade de moradias das famílias que perderam tudo e estão abrigadas de forma precária em escolas e outros prédios públicos”, solicita “agilidade para a entrega das unidades dos empreendimentos que já estão concluídas no Condomínio Village da Prata”.
Ao mesmo tempo, ela fez contato com a Caixa Econômica Federal, banco responsável pelos contratos e financiamento da obra, no intuito de inteirar-se sobre o andamento da obra. O superintendente da CEF/RN, Carlos Araújo, explicou que as pendências giram em torno da viabilização dos acessos ao local e da regularização do cadastramento das famílias aptas a ocuparem o empreendimento.
“Minha Casa, Minha Vida”
Em seu pronunciamento, a senadora fez um breve relato sobre a situação do ‘Minha Casa, Minha Vida’ sob Temer. Segundo ela, até 2016, 3,3 milhões de unidades habitacionais no programa haviam sido entregues à população e mais de 4,5 milhões haviam sido contratadas, com mais de 12 milhões de pessoas beneficiadas. “Para o próximo ano, de acordo com o projeto de lei orçamentária, enviado pelo Governo ao Congresso, os recursos para um programa de tamanha relevância se limitam a zero”, criticou.
“De forma escandalosa, o governo Temer promove cortes orçamentários sobre programas que auxiliam na geração de empregos, na melhoria da economia e da qualidade de vida do cidadão, revelando assim a faceta mais cruel da sua política econômica de arrocho. É um descaso, mas vamos resistir”, concluiu a senadora.
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Marcos Imperial