sexta-feira, 1 de julho de 2011

Unidade de saúde é tomada por praga de insetos na ZN

Pacientes que vão ao posto ficam ameaçados por ratos, escorpiões e baratas, além do mofo que se espalha pelo lugar.




Mofo espalhado por paredes e teto e uma praga de insetos propagando ratos, escorpiões e baratas pelos cômodos. A descrição bem poderia ser de uma casa abandonada, mas se trata de um retrato da Unidade de Saúde da Família (USF) de Soledade I, na Zona Norte, que atende a aproximadamente 7 mil pessoas por mês. O imóvel de número 2852 da rua Santanópolis, onde funciona a USF há mais de oito anos, também sofre com problemas de infraestrutura, por não ser devidamente adaptado para funcionar como uma unidade de saúde. 

O problema mais grave, a peste de insetos, surgiu após a abertura de um buraco na cozinha do local, que é ligado à rede de esgotos, há cerca de três semanas. A situação é tão crítica que, segundo um dos servidores, até uma cobra-de-duas-cabeças já foi encontrada em um dos cômodos da USF. Servidores e usuários reclamam também da constantes falta de materiais, além do número insuficiente de médicos para atender à população.

A USF do Soledade I funciona em uma antiga residência do conjunto, com nove cômodos adaptados para funcionarem desde salas de enfermagem até consultório odontológico, passando por uma cozinha. Boa parte das salas estão repletas pelo mofo. "Tem uma sala que funciona para realizar teste do pezinho em recém-nascidos que é tomada de mofo. Isso é perigoso demais para a criança", disse uma enfermeira que atua na unidade e que não quis se identificar.

Segundo os servidores da USF, o buraco aberto na cozinha atinge parte da rede de esgotos da residência, o que faz com que inúmeros insetos adentrem pela cozinha. "Todo dia aqui aparece rato, escorpião e barata por esse buraco. Semana passada foi pega, por um dos servidores, uma cobra saindo dele", afirmou a odontóloga Teresa Dantas. Para ela, a situação precária da unidade, além de impedir um atendimento correto da população, traz perigos tanto para quem trabalha como para quem é atendido.

Para a dona de casa Enilza Gomes, moradora do Soledade I, as condições da unidade deveriam ser bem melhores do que as atuais. "A boa vontade de todos que trabalham aqui é que salva essa unidade. Porque aqui falta muita coisa, desde medicamentos até os próprios médicos", reclamou Enilza. A dona-de-casa ainda afirma que depender somente da USF do Soledade é muito complicado para os moradores, devido à falta de estrutura do local e deles não poderem recorrer a qualquer outro local. "Se este posto de saúde fechar, não vamos poder ir para nenhum outro, porque para ser atendido em outro local é preciso o encaminhamento", explicou a moradora.

Segundo Teresa, o Conselho Comunitário de Soledade doou um terreno próximo à atual USF para a construção de um prédio destinado a receber a unidade de saúde. "Nós já levamos este pleito para a secretaria há cerca de dois anos, mas até agora estamos sem resposta. Não há mais condições da USF do Soledade funcionar aqui", afirmou Teresa Dantas. A reportagem tentou entrar em contato por diversas vezes com a secretária de saúde de Natal, Maria do Perpétuo Socorro, mas a mesma não atendeu ou retornou as ligações. O secretário de comunicação Jean Valério também foi contactado, mas também não retornou as ligações da reportagem. Diario de Natal.

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Marcos Imperial

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